quarta-feira, 6 de agosto de 2008

“O Senhor levanta os abatidos” (Sl 146.7).



A graça de Deus na vida de George Friedrich Haendel (1685-1759)

Händel nasceu em Halle, na Alemanha, a 23 de fevereiro de 1685. Filho de um cirurgião-barbeiro começou a tocar cravo às escondidas do pai, que não queria vê-lo músico. Aos sete anos, aprendeu vários instrumentos, entre eles, violino e oboé; concomitantemente continuava seus estudos no ginásio luterano de sua cidade. Aos 12 anos fez sua estréia como músico na Corte de Berlim. Tocou nas orquestras de Hanover e Hamburgo. Atendendo às exigências paternas, Händel fez estudos jurídicos na universidade de Halle, doutorando-se em direito. Ma sua vocação era musical. Em 1706, aos 21 anos, saiu da Alemanha e foi para a Itália, onde aprofundou os seus estudos e se tornou amplamente conhecido em todo universo musical. Na Inglaterra, aonde viveu a maior parte de sua vida adulta, consolidou sua fama como brilhante músico, chegando a ser líder da Real Academia de Música. Ao todo escreveu cerca de 42 óperas, mundialmente conhecidas.


No ano de 1741, aos 56 anos de idade, Haendel enfrentou uma aguda crise. Depressivo e emocionalmente esgotado, viveu uma fase que muitos julgavam irreversível. Tudo começou a mudar quando Haendel entendeu que “o Senhor levanta os abatidos” (Sl 146.7). Durante 23 dias Haendel permaneceu isolado em sua casa. As refeições trazidas eram devolvidas sem sequer serem tocadas. Haendel estava na sala de cirurgia do Médico da alma. Seus amigos disseram que às vezes “era possível ouvi-lo soluçando, aos prantos – profundamente tocado pelos textos bíblicos e por seu amor a Jesus”. Foi nesse período que, pela graça de Deus, Haendel foi restaurado. Inspirado e cheio da alegria dos céus, ele compôs a sua mais bela e famosa obra: O Messias. Quanto à sua experiência naqueles dias, ele disse: “Eu sentia como se visse todo o céu diante de mim, bem como o próprio Deus”.


Todos nós estamos sujeitos as mesmas lutas. A questão é como reagimos a esses períodos de crise. Haendel buscou a cura em Deus e por isso pôde fazer coro com o salmista: “Tu me verás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente”. Sl 16.11

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