sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O AQUECIMENTO GLOBAL E AS PROFECIAS DO APOCALIPSE

Por Hernandes Dias Lopes
O futuro chegou e chegou desfraldando a bandeira do medo. O aquecimento global era um tema que circulava apenas nos meios acadêmicos; agora, ele é o assunto presente na imprensa, nas escolas, nas igrejas e nas ruas. O aquecimento global é um problema irremediável e irreversível. Não podemos mais neutralizar seus efeitos catastróficos; podemos, apenas, desacelerar seu avanço. As medidas para frear essa catástrofe são quase utópicas e os custos são elevadíssimos.

O aquecimento global é fruto da irresponsabilidade dos governantes e conseqüência da ganância insaciável que domina o mundo contemporâneo. Olhamos para a natureza não como mordomos, mas como exploradores. Deus constituiu o homem como mordomo da natureza e não como seu depredador. Tentamos tirar o máximo dela, sem dela cuidar. Despejamos milhões de toneladas de dióxido de carbono no ar todos os dias. As chaminés das grandes empresas ainda despejam sua mortífera poluição no ar, produzindo doença na população e aquecimento do planeta. Os nossos rios estão se transformando em feridas abertas, que em lugar de levar a vida por onde passam, transportam os sinais da morte. Nossas florestas são devastadas sem critério e sem fiscalização responsável. Estamos destruindo o nosso próprio habitat. Estamos exercendo uma administração criminosa e irresponsável, legando à futura geração um planeta doente, perigoso e nocivo à sobrevivência. Segundo a projeção dos especialistas, o nosso planeta deve aquecer de três a cinco graus nos próximos quarenta anos. Isso produzirá o derretimento das camadas de gelo dos pólos, uma elevação das águas dos oceanos, em alguns lugares, em até quarenta centímetros e, consequentemente, uma inundação de muitas cidades costeiras. Além disso, esse aquecimento implica em desarranjos da natureza, desembocando em secas severas em alguns lugares e inundações imensas e catastróficas em outras.

A vida estará em risco no planeta. O caos parece irremediável. Esse fenômeno mundial está estreitamente ligado às profecias do Apocalipse. O apóstolo João fala de sete selos (Apocalipse 4-7), que são a dolorosa perseguição do mundo contra o povo de Deus. Depois, fala das sete trombetas (Apocalipse 8- 11) que são o juízo de Deus contra o mundo hostil. Essas trombetas são juízos de Deus que caem sobre a terra, os rios, os mares, os astros e os homens. Essas trombetas são juízos misturados com a misericórdia. Elas são uma espécie de urgente e veemente chamado de Deus ao arrependimento. O sol vai aquecer e os homens serão atormentados pelo calor. Os rios e os mares serão portadores de morte e não de vida. A terra será assolada e os homens atormentados. Por não se arrependerem com o sonido das trombetas, eles sofrerão o juízo completo e final com o derramamento das taças da ira de Deus (Apocalipse 15-16).

Precisamos ter os olhos abertos para vermos as contorções da natureza não apenas como fenômenos naturais ou catástrofes desastrosas, mas como trombetas de Deus chamando os homens ao arrependimento. Deus deixa o homem colher o que semeia, mas no mesmo ato da sua disciplina, abre-lhe a porta da graça.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

COM A CHEGADA DE OBAMA À PRESIDÊNCIA DOS EUA, ISRAEL TEME QUE TENHA DE FICAR SOZINHO DIANTE DA AMEAÇA NUCLEAR CONTRA O IRÃ.

A cúpula militar de Israel propôs ao governo do país que prepare “com discrição planos de contingência para enfrentar um Irã nuclear”, que considera a maior “ameaça a sua sobrevivência”. A recomendação está em um documento — cujo conteúdo foi divulgado hoje (dia 23 de novembro) pelo jornal Há’aretz — que o exército entregará no próximo mês ao Conselho de Ministros, como parte da análise da situação para 2009, publicada anualmente pelo Conselho Nacional de Segurança. A cúpula militar adverte que Israel terá que enfrentar “quase sozinho” as diversas ameaças à sua sobrevivência se houver uma aproximação entre Washington, Teerã e o mundo árabe, após a chegada de Barack Obama à Casa Branca. Esses riscos são Irã, em primeiro lugar, e os mísseis de longo alcance de outros países da região, em segundo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

ACORDO POR DEBAIXO DOS PANOS

Por Alberto Dines, 17/11/08

A imprensa brasileira, mais uma vez, se irmana para ludibriar a sociedade. E desta vez com as bênçãos e o beneplácito de duas poderosas instituições: o governo federal e a igreja católica. Na quinta-feira (13/11), foi assinado em Roma um tratado entre o Estado brasileiro e o Vaticano. A imprensa estava toda lá acompanhando o presidente Lula e de comum acordo resolveu comer mosca. O tratado foi anunciado muito discretamente como simples “acordo administrativo”, dentro dos preceitos legais que determinam completa separação entre Estado e Igreja. Na sexta-feira (14), o assunto foi ostensivamente abafado por todos: o Estado de S. Paulo menciona um agradecimento do papa Bento XVI ao presidente Lula pela assinatura do acordo, mas omite o seu teor; a Folha reproduz declaração da CNBB negando qualquer privilégio, mas também não oferece detalhes sobre o que foi assinado; e o Globo situa o tratado no âmbito do ensino religioso.
Para evitar reações políticas, todos os jornalões enfatizaram a presença da ministra Dilma Rousseff na audiência com o papa e com isso o assunto ficou na esfera sucessória. Não é, trata-se de matéria constitucional.
Sábado e domingo silêncio total, tanto da parte dos jornalões como das revistas semanais. A verdade é que este acordo, tratado, concordata, capitulação ou que nome tenha, deveria ter sido amplamente divulgado antes de assinado. Não foi e, pelo visto, se depender da grande imprensa, dificilmente será.
Nem a poderosa mídia eletrônica evangélica protestará porque não está interessada no ensino religioso. O que ela deseja é continuar distribuindo aos seus deputados mais e mais concessões de radiodifusão. Esta é a forma com que o governo gerencia o seu laicismo: oferece vantagens às confissões majoritárias e não se importa em atropelar o espírito e a letra da Carta Magna.

Fonte: Observatório da imprensa.

Detalhe. Para a professora Roseli Fischmann, da USP, em matéria publicada no Último Segundo , se o acordo for ratificado, o Brasil ficará de mãos amarradas. “Se o acordo passar no Congresso, o Brasil dá poder à Igreja [Católica] e veta a si mesmo”, afirma Roseli. A pesquisadora diz acreditar que todas as medidas representem um retrocesso na separação entre Igreja e Estado, conseguida há 119 anos.

O que vem por aí? Só Deus sabe!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

SEGURANÇA PÚBLICA E CIDADANIA

"O papel da Sociedade na luta contra a violência" - este sugestivo tema será amplamente debatido por um time de primeira. O movimento Rio de Paz, juntamente com outras organizações, irá promover esse importantíssimo Fórum. Divulgue e participe!

Dia: 24 de novembro.
Horário: Das 9:00h às 17:30h
Local: ABI- Associação Brasileira de ImprensaAuditório Oscar Guanabarino - 9º andarR. Araújo Porto Alegre, 71 Centro Rio de Janeiro
Capacidade do auditório: 500 lugares.
Evento gratuito

P R O G R A M A Ç Ã O
9:00h - Abertura
Jesus Chediak – Diretor de Cultura – ABI
Antônio Carlos Costa – Presidente do Rio de Paz

9:30h - Segurança Pública e Pacto Social
Jacqueline Muniz – Doutora em Ciência Política pela Sociedade Brasileira de Instrução - SBI/IUPERJ
Mário Sérgio de Brito Duarte – Coronel da PM-RJ e ex-Comandante do BOPE

11:00h – Os Números da Violência
Ana Paula Miranda – Professora do IUPOL-Universidade Cândido Mendes e Coordenadora do Instituto
Pereira Passos
Vinícius George - Secretário Geral do Sindicato dos Delegados de Polícia do Rio de Janeiro

12:00h – Intervalo

14:00h – A Segurança Pública no Estado do Rio de Janeiro nos Últimos 20 Anos
Jorge Antonio Barros - Jornalista e autor do blog Repórter de Crime, do Globonline
Ubiratan Ângelo - Coronel da PM-RJ

15:00h – As Principais Violações dos Direitos Humanos no Estado do Rio de Janeiro
João Tancredo – Advogado especialista em Responsabilidade Civil e ex-Presidente da Comissão dos Direitos
Humanos da OAB-RJ
Antônio Carlos Carballo - Sociólogo e Tenente-Coronel da PM-RJ

16:00h – Segurança e Fé – A Participação das Comunidades Religiosas no Combate à Violência
Antônio Carlos Costa – Teólogo e Presidente Rio de Paz
Robinson Cavalcanti – Bispo Anglicano da Diocese do Recife e Mestre em Ciência Política pelo IUPERJ -
Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro

17:00h – Encerramento
Maurício Azêdo - Jornalista e Presidente da Associação Brasileira de Imprensa

terça-feira, 18 de novembro de 2008

CRENTE FICA DOENTE?

Por Augustus Nicodemus Lopes

Creio em milagres. Creio que Deus cura hoje em resposta às orações de seu povo. Durante meu ministério pastoral, tenho orado por pessoas doentes que ficaram boas. Contudo, apesar de todas as orações, pedidos e súplicas que os crentes fazem a Deus quando ficam doentes, é um fato inegável que muitos continuam doentes e eventualmente, chegam a morrer acometidos de doenças e males terminais.

Uma breve consulta feita à Capelania Hospitalar de grandes hospitais de algumas capitais do nosso país revela que há números elevados de evangélicos hospitalizados por todos os tipos de doença que acometem as pessoas em geral. A proporção de evangélicos nos hospitais acompanha a proporção de evangélicos no país. As doenças não fazem distinção religiosa.
Para muitos evangélicos, os crentes só adoecem e não são curados porque lhes falta fé em Deus. Todavia, apesar do ensino popular que a fé nos cura de todas as enfermidades, os hospitais e clínicas especializadas estão cheias de evangélicos de todas as denominações – tradicionais, pentecostais e neopentecostais –, sofrendo dos mais diversos tipos de males. Será que poderemos dizer que todos eles – sem exceção – estão ali porque pecaram contra Deus, ficaram vulneráveis aos demônios e não têm fé suficiente para conseguir a cura?
É nesse ponto que muitos evangélicos que adoeceram, ou que têm parentes e amigos evangélicos que adoeceram, entram numa crise de fé. Muitos, decepcionados com a sua falta de melhora, ou com a morte de outros crentes fiéis, passam a não crer mais em nada e abandonam as suas igrejas e o próprio Evangelho. Outros permanecem, mas marcados pela dúvida e incerteza. Eu gostaria de mostrar nesse post, todavia, que mesmo homens de fé podem ficar doentes, conforme a Bíblia e a História nos ensinam.

1. Há diversos exemplos na Bíblia de homens de fé que adoeceram. Ao lermos a Bíblia como um todo, verificamos que homens de Deus, cheios de fé, ficaram doentes e até morreram dessas enfermidades. Um deles foi o próprio profeta Eliseu. A Bíblia diz que ele padeceu de uma enfermidade que finalmente o levou a morte: “Estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer” (2Re 13.14). Outro, foi Timóteo. Paulo recomendou-lhe um remédio caseiro por causa de problemas estomacais e enfermidades freqüentes: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1Tm 5.23).
Ao final do seu ministério, Paulo registra a doença de um amigo que ele mesmo não conseguiu curar: “Erasto ficou em Corinto. Quanto a Trófimo, deixei-o doente em Mileto” (2Tm 4.20).O próprio Paulo padecia do que chamou de “espinho na carne”. Apesar de suas orações e súplicas, Deus não o atendeu, e o apóstolo continuou a padecer desse mal (2Co 12.7-9). Alguns acham que se tratava da mesma enfermidade da qual Paulo padeceu quanto esteve entre os Gálatas: “a minha enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo nem desgosto” (Gl 4.14). Alguns acham que era uma doença nos olhos, pois logo em seguida Paulo diz: “dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar” (Gl 4.15). Também podemos mencionar Epafrodito, que ficou gravemente doente quando visitou o apóstolo Paulo: “[Epafrodito] estava angustiado porque ouvistes que adoeceu. Com efeito, adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza” (Fp 2.26-27).
Temos ainda o caso de Jó, que mesmo sendo justo, fiel e temente a Deus, foi afligido durante vários meses por uma enfermidade, que a Bíblia descreve como sendo infligida por Satanás com permissão de Deus: “Então, saiu Satanás da presença do Senhor e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se” (Jó 2.7-8). O grande servo de Deus, Isaque, sofria da vista quando envelheceu, a ponto de não saber distinguir entre Jacó e Esaú: “Tendo-se envelhecido Isaque e já não podendo ver, porque os olhos se lhe enfraqueciam” (Gn 27.1). Esses e outros exemplos poderiam ser citados para mostrar que homens de Deus, fiéis e santos, foram vitimados por doenças e enfermidades.

2. O mesmo ocorre na História da Igreja. Nem mesmo cristãos de destaque na história da Igreja escaparam das doenças e dos males. João Calvino era um homem acometido com freqüência de várias enfermidades. Mesmo aqueles que passaram a vida toda defendendo a cura pela fé também sofreram com as doenças. Alguns dos mais famosos acabaram morrendo de doenças e enfermidades. Um deles foi Edward Irving, chamado o pai do movimento carismático. Pregador brilhante, Irving acreditava que Deus estava restaurando na terra os dons apostólicos, inclusive o da cura divina. Ainda jovem, contraiu uma doença fatal. Morreu doente, sozinho, frustrado e decepcionado com Deus.
Um outro caso conhecido é o de Adoniran Gordon, um dos principais líderes do movimento de cura pela fé do século passado. Gordon morreu de bronquite, apesar da sua fé e da fé de seus amigos. A. B. Simpson, outro líder do movimento da cura pela fé, morreu de paralisia e arteriosclerose. Mais recentemente, morreu John Wimber, vitimado por um câncer de garganta. Wimber foi o fundador da igreja Vineyard Fellowship (“A Comunhão da Vinha ou Videira”) e do movimento moderno de “sinais e prodígios”. Ele, à semelhança de Gordon e Simpson, acreditava que pela fé em Cristo, o crente jamais ficaria doente. Líderes do movimento de cura pela fé no Brasil também têm ficado doentes. Não poucos deles usam óculos, para corrigir defeitos na vista e até têm defeito físico nas mãos.

O meu ponto aqui é que cristãos verdadeiros, pessoas de fé, eventualmente adoeceram e morreram de enfermidades, conforme a Bíblia e a História claramente demonstram. O significado disso é múltiplo, desde o conceito de que as doenças nem sempre representam falta de fé até o fato de que Deus se reserva o direito soberano de curar quem ele quiser.

domingo, 16 de novembro de 2008

A VERDADEIRA SAGA BATISTA

Por Pastor Chris Traffanstedt,
da Igreja Batista Reformada de Providence,
Estados Unidos da América.

Prefácio

A maioria dos cristãos de hoje não tem a menor idéia sobre a história da Igreja e quão importante é compreendê-la. Mesmo quando voltamo-nos especificamente para história de uma denominação, como dos batistas, as pessoas ainda são ignorantes. Esta é uma breve história da fundação do grupo chamado batista. A intenção é desafiá-lo a explorar ainda mais a história dos batistas assim como a história da Igreja por conta própria, para além do material aqui disponível.
Comecemos com a premissa básica sobre a história dos batistas: a moderna denominação batista começou na Inglaterra e na Holanda no início do século dezessete. Esta origem tem sido muito debatida através da história, mas nosso alvo aqui é mostrar que nossa premissa é mais próxima dos fatos históricos do que outras posições sustentadas. Desde o início dos anos 1600, vemos dois grupos principais emergindo na Inglaterra que podemos classificar como batistas: Batistas Particulares e Gerais. Antes de explorarmos estes dois grupos detalhadamente, porém, focalizemos primeiro a história que deu início a estes dois grupos.

A História que Culminou com a Fundação dos Batistas

A Reforma

O ano era 1517. Um monge desconhecido de nome Martinho Lutero fixou uma lista de problemas (95 para sermos exatos) sobre um dos novos programas da Igreja. Nesta lista difícil de pregar ele atacou a visão da Igreja sobre as indulgências, que eram o pagamento à Igreja para obter perdão de pecados. Lutero via estes pagamentos como uma abominação à obra expiatória de Cristo. "As Noventa e Cinco Teses" eram uma convocação para o debate, apesar de o debate nunca ter acontecido. Esta chamada, contudo, realmente sacudiu o povo da Alemanha. O desafio de Lutero continuou desprezado pela Igreja estabelecida durante algum tempo, mas o povo não o deixou morrer. Pela providência de Deus, a chamada para verem as Escrituras como a única autoridade para os cristãos, começou a soar por toda Alemanha e outras partes da Europa.

Este movimento, mais tarde chamado de Reforma, foi um movimento de retorno à Bíblia. O lema tornou-se Sola Scriptura e estes "rebeldes de Deus" começaram a espalhar a mensagem do Evangelho mais uma vez pelo mundo. Outros homens foram usados também para trazer esta mensagem do Deus Soberano dando a Seu povo Suas Escrituras. Homens como Ulrich Zwinglio, João Calvino, e João Knox sempre estiveram associados com este grande movimento de Deus.
Com a expansão da Reforma através da obra de Calvino e Knox, vemos o próximo grande impacto do Evangelho no século XVII. É aqui que começamos a ver o berço do movimento batista.

História Inglesa

A Inglaterra era um país em mudanças tanto política quanto religiosamente. Isto pode ser visto no rei Henrique VIII (1509-1547) e em seu Decreto de Supremacia (1534). Este decreto separou a Igreja da Inglaterra do controle de Roma, todavia mesmo com esta separação a Inglaterra continuou amplamente católica na prática e na doutrina.
Então, o rei Eduardo VI subiu ao trono em 1547. Apesar de ser apenas um garoto, ele conduziu seu país ao Protestantismo. Este movimento foi provavelmente devido ao fato de Eduardo ter sido treinado por conselheiros protestantes. Com seu zelo de jovem, Eduardo abriu a porta para a doutrina e a prática protestante fluir e crescer à medida que os anos se passavam.
Todavia, a morte prematura de Eduardo levou a uma radical e criminosa mudança na Inglaterra. Esta mudança trouxe a lume uma guerra pelo trono que foi finalmente tomado por Mary Tudor em 1553. Durante seu reino de cinco anos, ela ativamente restaurou o sistema católico e começou a livrar sistematicamente a Inglaterra dos protestantes. Esta atividade deu-lhe o renomado nome de "Maria Sanguinária".

Elizabeth Tudor sucedeu Mary e governou de 1559 a 1603. Apesar de não ser uma pessoa realmente religiosa, Elizabeth mantinha um catolicismo de aparências. Porém, movimentos políticos levaram-na a aceitar o protestantismo. Esse movimento político, ligado à reações do povo contra a antiga rainha Mary, guiaram a Inglaterra à posição protestante mais uma vez. Elizabeth, não querendo perder nenhum tipo de vantagem política, organizou um compromisso entre católicos e protestantes. Este decreto foi chamado de "Acordo Elizabetano" e com ele surgiu o pensamento de que as guerras religiosas da Inglaterra estavam "resolvidas". Mas isso só durou por um curto período. Mesmo com esta "paz", muitos na Inglaterra ainda clamavam por reformas maiores na Igreja. Este clamor por mais reformas originou um grupo de pessoas que viria a formar uma grande parte dos fundamentos batistas. Este grupo é chamado puritano.

Os Puritanos
Tristemente, a maioria das pessoas hoje não possui uma compreensão apropriada dos puritanos. Eles tendem a ser interpretados como velhos fanáticos que só queriam estragar o prazer de todo mundo. Contudo, a visão moderna dos puritanos está longe da verdade. Talvez a contribuição seguinte sobre os verdadeiros puritanos nos coloque no caminho para um entendimento correto:
A questão essencial em entender os puritanos é que eles eram pregadores antes de qualquer outra coisa… em seus esforços eles eram conduzidos por sua preocupação em reformar o mundo através da Igreja, e todavia estes esforços foram frustrados pelos líderes da Igreja. O que os manteve unidos, encorajou seus esforços, e deu-lhes a dinâmica para persistirem foi a sua consciência de que eram chamados para pregar o Evangelho.

Os puritanos queriam ver a verdadeira reforma bíblica alcançar a Igreja. Estes antigos puritanos foram conduzidos pelo Bispo Hooker e Thomas Cartwright e começaram a clamar por uma Igreja "pura". Contudo, a rainha e a Igreja da Inglaterra não estavam dispostas a discutir com estes puritanos e assim começaram a forçar a conformidade religiosa pela lei. Assim encerrou-se um breve período de paz religiosa.

Os Separatistas
Esta exigência de conformidade da parte da forças políticas e religiosas da Inglaterra originaram um grupo conhecido como os "Separatistas". Os princípios por trás deste movimento eram a liberdade da Igreja do domínio do Estado, doutrina pura ao invés de doutrina diluída ou comprometida, e reforma geral da Igreja. Os separatistas tomaram a Bíblia a sério e determinaram-se a conduzir suas vidas por seus ensinos. Eles enfatizavam que a Igreja era formada somente por aqueles que foram redimidos, não um corpo de oportunistas politicamente orientados. Eles se recusavam a crer que a Bíblia ensinasse um governo eclesiástico hierárquico (governo de cima para baixo), ao invés disso clamando por um governo eclesiástico que tivesse alguma participação do povo (governo a partir dos níveis mais rasteiros). Eles preferiam uma liturgia simples de adoração que enfatizasse o Deus Santo. Eles sentiam que os documentos estatais e os auxílios escritos da Igreja da Inglaterra levavam as pessoas a focalizarem sobre as formas e não sobre o Deus Soberano; por isso estes tipos de "auxílio" eram detestados.
Foi deste tipo de clamor por pureza na Igreja, tanto na adoração como na prática diária, que a "denominação batista", como é conhecida hoje, emergiu através do movimento separatista inglês. “A melhor evidência histórica confirma esta origem, e nenhum grande erudito se levantou nesta metade de século para desafiá-la." (McBeth) Conforme dissemos anteriormente, os batistas emergiram com dois grupos separados. Voltemos nossa atenção agora para o exame destes dois grupos diferentes:

Batistas Antigos ou Gerais
Este grupo veio a ser conhecido como "Batistas Gerais" porque acreditavam na expiação geral. Os Batistas Gerais também tinham uma crença distinta em que os cristãos podiam enfrentar a possibilidade de "cair da graça". Os dois principais fundadores do movimento dos Batistas Gerais foram John Smyth e Thomas Helwys.
Acredita-se que a primeira Igreja Batista Geral foi fundada por volta de 1608 ou 1609. Seu fundador foi John Smyth (1570-1612) e está localizada na Holanda. A história de Smyth começa na Inglaterra onde ele foi ordenado como sacerdote anglicano em 1594. Logo depois de sua ordenação, seu zelo levou-o à prisão por recusar-se a conformar-se aos ensinos e práticas da Igreja da Inglaterra. Ele foi um orador que era rápido em desafiar outros sobre suas crenças, mas era também tão rápido para mudar suas próprias posições à medida que sua própria teologia pessoal mudava. Smyth continuamente combateu a Igreja da Inglaterra até que começou a ficar óbvio que ele não podia mais ficar em comunhão com esta igreja. Assim, ele finalmente rompeu totalmente com ela e se tornou um "separatista".
Em 1609, Smyth, junto com um grupo na Holanda, veio a crer no batismo do crente (oposto ao batismo de crianças que era a norma da época) e eles se uniram para formar a igreja "batista". No início, Smyth concordava com a posição ortodoxa típica da igreja; mas à medida que o tempo passava, como era tão típico, ele começou a mudar suas posições.

Primeiro, Smyth insistiu que a verdadeira adoração era do coração e que qualquer forma de leitura a partir de um livro na adoração era uma invenção do homem pecador. Oração, cântico e pregação tinham que ser completamente espontâneos. Ele foi tão longe com esta mentalidade que não permitia a leitura da Bíblia durante a adoração "uma vez que ele considerava as traduções inglesas das Escrituras como algo menos do que a palavra direta de Deus" (McBeth, p 35).

Segundo, Smyth introduziu uma liderança eclesiástica de duas dobras, pastor e diácono. Isso estava em contraste com a liderança reformada de três dobras composta por presbítero-pastor, presbítero-leigo e diáconos.

Terceiro, com sua recém-descoberta posição sobre batismo, uma preocupação completamente nova surgiu para estes "batistas". Tendo sido batizados quando crianças, eles todos perceberam que tinham que ser rebatizados. Uma vez que não havia outro ministro para administrar o batismo, Smyth batizou-se a si mesmo e então continuou a batizar seu rebanho. Uma observação interessante neste ponto que deveria ser feita como fundamentação é que o modo do batismo usado era o da aspersão, pois a imersão não se tornaria o padrão durante mais uma geração. Antes de sua morte, como parece característica de Smyth, ele abandonou sua visão batista e começou a tentar trazer seu rebanho para a igreja menonita. Apesar de ter morrido antes que isso acontecesse, a maior parte da congregação uniu-se à igreja menonita depois de sua morte.

Agora voltamos nossa atenção para Thomas Helwys. Ele tinha um relacionamento meio agitado com Smyth, mas depois que Smyth começou a se afastar da fé dos batistas gerais, Helwys continuou com os primórdios batistas. Helwys levou seu pequeno grupo para a Inglaterra em 1611 e esta foi considerada a primeira igreja batista em solo inglês. Este grupo aferrado ao batismo do crente, rejeitou o calvinismo por uma posição favorável ao livre-arbítrio (o que incluía o cair da graça), e permitiu que cada igreja elegesse seus oficiais, tanto presbíteros como diáconos (ou diaconisas). Por volta de 1.624, havia cinco igrejas batistas gerais conhecidas e por volta de 1650 elas contavam pelo menos 47 (McBeth, p 39). Apesar de alguns poderem ver o movimento batista moderno neste grupo, temos que entender que as crenças deste grupo estão longe da herança reformada que modelou a fé dos batistas modernos.

Batistas Particulares
Diz-se freqüentemente que os batistas na Inglaterra se dividiram sobre a doutrina da expiação, mas isso não é reflexo de uma verdade histórica. Sim, é verdade que os dois grupos mantinham diferentes visões sobre a expiação e doutrina em geral, mas eles não se dividiram. Antes, eles emergiram como dois grupos separados. Como foi com os batistas gerais, os batistas particulares surgiram do movimento separatista. Este grupo emergiu nos anos 1630. Este grupo foi influenciado pelo grande reformador João Calvino e sustentava fortemente a expiação "particular". Acredita-se que a primeira igreja tenha sido fundada por volta de 1633 ou 1638, de acordo com alguns. Independentemente desta datação, porém, está claro que por volta de 1644 os batistas particulares contavam pelo menos sete igrejas. Um ponto impressionante sobre este pequeno e muito jovem grupo é que em 1644 estas igrejas atuaram juntas para redigir uma confissão de fé chamada de Primeira Confissão Batista de Londres. Esta confissão precedeu a amplamente conhecida Confissão de Fé de Westminster por dois anos. Conforme veremos, as atuais igrejas batistas podem recuar traçando uma linha até estes primeiros batistas.

Apesar da história batista típica ser atribuída mais ao movimento dos batistas gerais, é, na verdade, aos batistas particulares que a maioria dos batistas modernos devem sua doutrina e práticas. Como um historiador nos recorda, os batistas gerais sempre representaram uma pequena parte da vida batista na Inglaterra, e uma parte menor ainda na América. A influência deles sobre as principais correntes da vida batista em ambos os países parece ter sido muito pequena (McBeth, p 40).

A história do movimento batista particular começa com Henry Jacob (1563-1624). Apesar de Jacob nunca ter se tornado um batista, ele foi uma influência básica para o que seriam os batistas particulares. Poderíamos chamar Jacob um separatista moderado. Jacob não estava disposto a chamar a Igreja da Ingalterra de anticristo, portanto ele trabalhou continuamente para reformá-la. Em 1603, Jacob assinou um documento que clamava por reforma na Igreja da Inglaterra. Este documento deveria ser vetado pelo rei Tiago I. Apesar de Jacob não pedir separação, ele escreveu um tratado intitulado "Razões" tirado da Palavra de Deus e dos melhores testemunhos humanos para provar a necessidade de reformar as igrejas na Inglaterra. Com a publicação deste livro, Jacob foi lançado na prisão por um curto período. Quando de sua libertação, ele foi para o exílio na Holanda como fizera a maioria dos separatistas. Apesar de estar relutante em cair radicalmente sobre a Igreja da Inglaterra, ele veio a fazer uma distinção entre as verdadeiras e falsas igrejas da Igreja da Inglaterra. Esta nova abordagem fê-lo clamar por liberdade para formar diferentes tipos de igrejas com diversos tipos de adoração.

Em 1616, Jacob pôde retornar à Inglaterra e formou a Igreja JLJ, como é conhecida hoje (pelas iniciais de seus três primeiros pastores: Henry Jacob, John Lathrop, e Henry Jessey). Era essa igreja que daria mais tarde início aos batistas particulares. Esta igreja tinha vários debates surgindo em seu meio sobre batismo, debates que levaram a diferentes rompimentos na Igreja JLJ. Um rompimento aconteceu em 1.633 quando dezesseis pessoas pediram permissão para saírem da Igreja JLJ para formar uma igreja separada. As razões para esta divisão eram duplas. A primeira estava além da necessidade. A Igreja JLJ estava se tornando grande demais e corria perigo de ser "descoberta" (uma vez que era ilegal ficar fora da Igreja da Inglaterra). A segunda razão citada era a de que havia muita conformidade com a Igreja da Inglaterra. Em 1638, um outro rompimento aconteceu quando seis pessoas deixaram a igreja JLJ por causa da questão do batismo de crentes, que eles mantinham fortemente. Assim, a primeira Igreja Batista Particular pode ser vinculada a uma ou ambas as igrejas.

Panorama das Origens Batistas

Como tentamos esclarecer, a história destaca que as origens da vida batista surgiram do movimento separatista dos anos 1600 na Inglaterra. Todavia, esta não é a única visão que tem sido apresentada a respeito das origens dos batistas. Por amor à clareza histórica, precisamos explorar brevemente estas outras posições que tem sido declaradas a respeito da origem do movimento batista.

A Influência Anabatista
A maioria dos batistas engana-se ao pensar que vieram dos anabatistas só porque a palavra "batista" é encontrada no nome deles. Mas precisamos usar de muito cuidado aqui. Temos que explorar quem foram realmente os anabatistas e fazer uma pergunta de suma importância: São eles realmente representantes das crenças batistas?

Quem são estas pessoas chamadas "anabatistas"? Este grupo se refere a uma comunidade de rebeldes durante o período da Reforma; eles eram considerados a ala radical da Reforma. Mesmo dentro deste grupo havia várias visões e facções. Duas principais facções podem ser identificadas: os "anabatistas revolucionários" e os "anabatistas evangélicos." (NDT) Nós realmente não queremos gastar muito tempo sobre o grupo revolucionário, pois eles dificilmente refletem uma abordagem bíblica do cristianismo. Eles, na verdade, tomaram a forma de uma seita, sustentando uma visão experimental extremamente mística e crendo que seus líderes eram profetas. Eles estavam também prontos a usar a violência para abrir caminho.

Por outro lado, os anabatistas "evangélicos" foram um movimento diferente. E é deste grupo que muitos dizem que o movimento batista nasceu. Assim, precisamos tomar algum tempo para examiná-los. Este grupo, antes de tudo, rejeitava a visão ortodoxa cristã do pecado. Ao invés de sustentar que o pecado é uma cadeia tanto da natureza como das ações da humanidade, eles sustentavam que o pecado era "a perda da capacidade ou uma doença séria." (NDT) Os anabatistas, seguindo a visão de justificação de Roma, sustentavam que Deus nos justifica e então aceita com base em nossa justiça. Eles também acreditavam que Cristo não recebeu Seu corpo de Maria, mas sustentavam uma origem celestial para a Sua carne. Em tratando-se do mundo, os anabatistas acreditavam que devíamos nos separar totalmente do mundo (apesar de eles terem mergulhado num evangelismo zeloso na ocasião). Os anabatistas rejeitavam o batismo de crianças e sustentavam o batismo do crente, mas seu modo era em grande parte aspersão, não o derramar água ou o imergir. Sua visão de interpretação da Escritura era de estrita imitação, o que levou a grandes movimentos de legalismo.

Quando olhamos para os anabatistas temos que concordar que houve algumas similaridades com os antigos batistas gerais, mas de um modo geral estas semelhanças são leves e nem sempre relacionais. No final, temos que dizer que este grupo de Cristãos não reflete o ensino histórico dos batistas. A maior parte da história batista demonstra que os batistas sustentaram uma forte posição sobre o pecado, tanto em nossa natureza como em nossas ações, não apenas como uma simples doença. Os batistas também têm sustentado a crença no nascimento virginal e vêem que isso aponta para a doutrina do Deus-Homem, não somente como uma ilusão celestial. Da mesma forma, os batistas têm sustentado fortemente a recuperação da doutrina da justificação da Reforma que é baseada na justiça de Cristo somente e não na nossa justiça porque não temos nenhuma. E finalmente, os batistas tem sempre visto que as Escrituras devem ser estudadas e aplicadas à vida cotidiana através do poder do Espírito Santo e não seguidas em cega imitação ou por um salto de fé. Portanto, devemos claramente rejeitar, como o faz a história, que as origens dos batistas fluem dos anabatistas.

Continuação ou Sucessão do Ensino Batista
A próxima visão da origem batista não é fortemente defendida hoje mas ainda encontra expressão em alguns círculos batistas. Esta visão é conhecida como a Continuação ou visão Sucessivista. Ela declara que a igreja batista pode ser traçada através dos tempos numa sucessão ininterrupta de igrejas batistas organizadas (apesar de não terem o nome de batistas) até Jesus Cristo e João Batista. Temos que ter cuidado com o modo como refutamos esta posição, pois não queremos de modo algum dizer que nossa herança batista não veio de Cristo e das verdades estabelecidas nas Escrituras Sagradas. Mas temos que falar contra a posição que sustenta que nossa história é uma trilha de verdadeiras igrejas batistas que pode ser traçada desde o Novo Testamento até os dias atuais.

Esta visão sucessivista tem sido apresentada num livrete chamado "A Trilha de Sangue" por JM Carroll. Este livrete tenta mostrar que "de acordo com a História, os batistas têm uma linha ininterrupta de igrejas desde Cristo." Este livro e outros como ele têm enfatizado que João Batista representa o início da denominação e que Jesus formou-a e prometeu que ela nunca fracassaria. Eles fizeram declarações arrogantes como "a verdadeira igreja é batista" e "todos as comunidades cristãs durante os três primeiros séculos eram da denominação batista." Estes tipos de visão são mais baseados em fontes inadequadas e numa mentalidade polêmica do que numa base histórica. Eles fazem grandes suposições onde faltam evidências. Esta posição inflexível surgiu em um tempo (anos 1800) de intensa competição denominacional, quando as pessoas criam que a fé era algo que vinha de dentro deles e não um maravilhoso dom da graça de Deus. Muitos pensavam que este tipo de visão traria de volta a segurança que havia sido perdida com a emergência da sociedade moderna. (McBeth pp 58-61)

Precisamos também nos recordar que quase todos os batistas primitivos rejeitaram a visão sucessivista. John Smyth foi um destes, como pode ser visto em seus escritos: "Eu nego toda sucessão exceto na verdade" e "Não há sucessão na igreja exterior, mas que toda sucessão é do céu." (McBeth p 60). Thomas Helwys, falando contra a mentalidade sucessionista, disse: "Nenhum homem pode jamais prová-la… lance isso fora, visto que não há garantia na palavra de Deus para assegurar-lhe isso, que ele ou eles foram os primeiros." (McBeth pp 60-61). Também John Spilsbury, um pastor batista particular, declarou: "Não há sucessão sob o Novo Testamento, mas o que é espiritualmente pela fé e pela Palavra de Deus." (McBeth p 61) Esta última citação nos dá um modo apropriado de olhar para nós mesmos como batistas. Apesar de não termos sempre existido como denominação batista, é sobre a verdade eterna de Deus que fomos formados! Mais uma vez, somos recordados disso na Confissão Batista de Fé, cap. 26:3: "As igrejas mais puras sob o céu são sujeitas à mistura e ao erro; e algumas têm se degenerado de tal maneira que deixaram de ser igrejas de Cristo, mas sinagogas de Satanás; não obstante, Cristo sempre tem tido, e sempre há de ter um reino neste mundo, até o fim, daqueles que crêem nele, e fazem profissão do seu nome." Assim, o que devemos ver é que a denominação batista começou a partir da Reforma, especificamente dos separatistas da Inglaterra. Com isso em mente, nós como um grupo protestante devemos refletir nossos antecedentes reformados e manter, como nossos pais fizeram, as doutrinas da graça, justificação pela fé somente, autoridade da Escritura e sacerdócio de todos os crentes.


O Desenvolvimento da História Batista
Voltemos agora a ver como os batistas floresceram na Inglaterra e então como eles moveram-se para os Estados Unidos. Temos que prestar especial atenção ao movimento para o novo mundo, pois é aqui que nós batistas americanos descobrimos nossos pais batistas diretos.

Batistas na Inglaterra
Nós agora vemos que em meados dos anos 1600, ambos os grupos batistas estavam funcionando na Inglaterra. Mas o que, exatamente, aconteceu a estes dois grupos diferentes; o que aconteceu às suas igrejas? Os batistas gerais adentraram os anos 1600 com um movimento crescente, mas à medida em que os anos 1600 se encerravam e os 1700 começavam, este grupo estava confuso com problemas doutrinários. A deidade de Cristo começou a ser questionada. Os batistas gerais estavam morrendo rapidamente com esta mentalidade anti-bíblica. Todavia, em 1763, um convertido metodista chamado Dan Taylor reavivou os batistas gerais por um tempo, chamando-os de volta a uma abordagem bíblica. Mas uma vez mais, esta "Nova Conexão" (1770) somente durou por um tempo. A razão pela qual esta visão foi perdida rapidamente foi provavelmente devida ao fato de que os batistas gerais tinham alistado em suas patentes pastores e líderes pouco instruídos. Só levou uma geração mais para que os batistas gerais saíssem da história.
Os batistas particulares tiveram uma história diferente. Os anos 1600 trouxeram grande crescimento para eles mesmo em meio à perseguição religiosa grassando na Inglaterra. Em 1644, os batistas particulares publicaram a Primeira Confissão Batista. Esta confissão era calvinista em seu caráter e rejeitava todas as sugestões de que eles fossem anabatistas. Apesar desta Confissão não ser exaustiva, ela foi um forte documento que ajudou a unir os primitivos batistas particulares.

Então, em 1677, uma segunda confissão foi desenvolvida refletindo a Confissão de Westminster (1647) e a Declaração de Savoy (1658). Em sua maior parte, esta confissão seguiu a Confissão de Westminster mas em sua posição sobre o governo da igreja (o assunto crítico aqui era o poder da igreja) a Confissão Batista segue a Declaração de Savoy. Esta nova Confissão Batista saiu para lidar com assuntos como que tipo de poder as associações representativas nas igrejas tinham sobre as igrejas locais. Também, lidava com batismo estabelecendo uma posição sobre o batismo de crentes ao invés de manter o batismo infantil. Temos que manter em mente que não se chegou a esta distinção seguindo os "anabatistas", mas ela emergiu do intenso desejo de refletir a Escritura conforme ela nos foi dada.
Os batistas particulares na Inglaterra tiveram seu declínio também, mas o deles era um movimento para a direita e não para a esquerda. O começo do hiper-calvinismo.

Foi em 1707 que a Associação Batista Filadélfia foi fundada. Esta forte fraternidade batista particular teve um efeito duradouro sobre os batistas na América. Em 1.742, esta associação adotou a Confissão Batista de Londres de 1689 como sua confissão de fundação, e deu-lhe um novo nome: A Confissão de Fé de Filadélfia. Estes batistas foram ágeis em colocar sua fé em ação, e em 1770 eles fundaram uma Faculdade e começaram a enviar missionários regularmente por toda a América. Deste tempo em diante, os batistas particulares encobriram os fracassados batistas gerais. Mas mesmo com sua forte posição histórica e doutrinária, os batistas particulares também começaram a perder sua pureza doutrinária no Novo Mundo.

O Declínio dos Batistas Particulares
A questão com a qual vamos encerrar este estudo é: por que os batistas perderam sua herança reformada? Como essa perda de doutrina aconteceu?
Samuel E Waldron, em seu livro Raízes Batistas na América, nos dá várias razões para este grande declínio em nossa herança. É muito importante que entendamos estes fatores, pois, como é típico, nós batistas modernos estamos continuando nos mesmos erros de anos passados. Comecemos a explorar a avaliação de Waldron sobre este grande declínio.

Primeiro, Waldron chama a nossa atenção para o ethos democrático americano. Esta foi a mentalidade americana de absoluta liberdade que surgiu com a Revolução Americana. A América tinha uma forte mentalidade independente e esta cosmovisão começou a infiltrar-se na Igreja. Como qualquer cosmovisão independente e auto-centrada, o Deus Soberano foi colocado na prateleira, por assim dizer, por um Deus que não impedirá nossa independência. Este tipo de ethos foi o que levou ao começo do declínio das crenças dos batistas particulares.

Em segundo lugar, nós vemos outra causa para o declínio no "reavivalismo" dos batistas particulares que varreu o nosso país nos anos 1700 e 1800. Temos que evitar compreender mal este ponto; o problema não estava com o reavivamento, mas com as respostas ao reavivamento. Foram as duas respostas extremistas que causaram esta grande tragédia. Um extremismo para este reavivalismo começou com a idéia de que tem que haver ordem na igreja. Isso levou a um legalismo linha-dura que causou morte lenta naquelas igrejas que tomaram esta direção, e como os batistas particulares caíram nesta posição, começaram a declinar. O outro extremo era o da experiência segundo o coração do indivíduo. Isto levou a uma posição anti-tradicional e abriu as portas para o arminianismo. Este novo método de igreja era apelativo a muitos batistas, pois eles objetivavam sua sobrevivência; mas ao invés de sobrevivência isso produziu um vírus na igreja que atacou exatamente o cerne da herança reformada batista.

Em terceiro lugar, vemos o "sincretismo" como a próxima queda dos batistas particulares. O sincretismo está unindo duas posições em uma. Esta adaptação de teologia nos estágios iniciais de nosso país foi visto por alguns como uma necessidade de forma que o evangelho pudesse seguir sem impedimento. Mas este sincretismo levou a um desvio teológico que condenou a herança batista a uma versão fraca e diluída de suas raízes calvinistas. Como foi com os filhos de Israel no Velho Testamento, assim os batistas na América permitiram que o lume da cultura contemporânea os cegasse para as verdades que Deus revelou.

Em quarto lugar, quando há um movimento para diluir a teologia, há uma transferência para o outro extremo. Esta oscilação foi o "hiper-calvinismo". Muitos hoje precisam ser desafiados neste ponto, pois o que eles chamam calvinismo não é o verdadeiro calvinismo bíblico, mas a variação "hiper". Porque alguém não gosta de uma posição, ele não tem o direito de definí-la em sua formas extremistas. Todavia, é preciso dizer que o "hiper-calvinismo" não tem nada a ver com o verdadeiro calvinismo e temos que ser ágeis em dizer também que isso não tem parte no cristianismo. "Hiper-calvinismo" é uma negação da idéia de que a chamada do evangelho se destina àqueles que não são eleitos... isso é a negação da idéia de que a fé é o dever de cada um que ouve o evangelho (Waldron p 22). Como dissemos antes, quando uma posição extremista é tomada, uma morte lenta certamente se seguirá. Quando várias igrejas batistas particulares tornaram-se "hiper-calvinistas", seu colapso havia chegado. E com o seu colapso foram-se também aquelas igrejas que tinham sido rotuladas como "hiper-calvinistas", pois parece que quando o rótulo é colocado sobre alguém que lembra posição tão desastrosa, ele também é radicalmente afetado.

Em quinto lugar, o declínio foi também resultante do "liberalismo". Esta nova cosmovisão avassalou a América como uma tempestade e foi aceita de uma forma ou de outra. Quando este grupo começou a enfatizar o individualismo sobre tudo o mais, a forte visão sobre a soberania de Deus e os absolutos das Escrituras começou a ruir na igreja. Muitas igrejas começaram a aceitar esta posição depois da Guerra Civil e a influência dos batistas particulares estava em declínio como estava toda a fé ortodoxa.

Por último, vemos que o "Movimento Fundamentalista" foi outro grande fator no declínio dos batistas particulares na América. Os fundamentalistas, respondendo ao liberalismo, produziram um inesperado extremo oposto: o do legalismo. Esta nova mentalidade cristã clamava por uma visão geral da doutrina. Eles sustentavam que as verdades grandemente reclamadas pela Reforma não eram importantes, pois eles criam que a doutrina leva o indivíduo a descansar sobre o conhecimento somente, sem abrir a Bíblia. Eles sustentavam uma posição não-credal e enfatizavam as emoções mais do que as doutrinas. Isso levou ao que pode ser chamado ensurdecimento do conhecimento bíblico e doutrinário e eventualmente desembocou numa salvação de "fácil aceitação". Esta "nova" visão de salvação enfatizava a fé centrada no homem ao invés da fé centrada em Deus. Como acontece com qualquer posição antropocêntrica, a doutrina se perdeu. E quando a dourtina se perdeu, perdeu-se a nossa grande herança batista.

Uma Chamada para Reforma
Agora que vimos os fundamentos históricos da igreja batista e que eles podem ser alinhados de volta aos batistas particulares, precisamos reclamar nossa herança. Quanto mais ficarmos longe da doutrina reformada tanto mais veremos um declínio no conhecimento bíblico e espiritualidade. Temos que ver que a herança batista é fortemente enraizada na Reforma que resgatou a Escritura de uma igreja pragmática. Conforme olhamos à nossa volta hoje, observamos que a maioria das igrejas batistas (e neste assunto a igreja evangélica como um todo) estão sendo devoradas pelo pragmatismo. Se quisermos ver uma Reforma hoje, temos que voltar à nossa herança reformada. A teologia batista tem produzido uma das mais fortes influências no mundo desde 1.700. Mas não devemos permitir que uma versão diluída da teologia batista interrompa nossa influência contínua. Se vamos nos chamar batistas, temos que seguir nossos antecessores em sua busca pela pureza bíblica para com as doutrinas ortodoxas cristãs. Somos um povo de doutrina, um povo que tem vindo da Reforma para chamar o mundo a seguir o Soberano Deus que enviou Seu Filho para morrer na cruz por todo aquele que viria a crer! Comecemos esta Reforma hoje!

Notas
"Somente a Escritura", em latim.
Packer, JI, A Quest for Godliness.
McBeth, H Leon, The Baptist Heritage, Broadman Press: Nashville, 1.987, p 31.
Expiação geral é a crença de que Cristo morreu para salvar toda e qualquer pessoa que viveu e virá a viver, embora só receba a salvação quem O aceitar.
Expiação particular é a crença de que Cristo morreu por seu povo escolhido somente.
New Dictionary of Theology, "Anabaptist Theology", InterVarsity Press: Downers Grove, Illinois, 1988, p 18.
Legalismo: uma visão de estrita imitação na qual uma pessoa somente viverá as passagens diretamente da Escritura. Assim, se não obedecermos palavra por palavra da Escritura não temos parte em praticar ou pensar sobre ela. Não há lugar para princípios, nem para uma abordagem sistemática das Escrituras.
A doutrina do sacerdócio de todos os crentes tem sido historicamente ensinada como sendo que o Espírito Santo guia Seu povo individualmente através do "julgamento particular", "da comunidade atual dos santos" e da "herança cristã".
O arminianismo sustenta que a salvação está aberta a toda a humanidade e é baseada na decisão do homem em aceitar ou rejeitar a Cristo.
A Confissão de Savoy é congregacional e foi escrita por John Owen, Thomas Goodwin, Philip Nye, William Bridge, Joseph Caryl and William Greenhill (todos exceto Owen estiveram na Assembléia de Westminster).
Hiper-calvinismo é a crença de que Deus planejou o mundo de tal forma que causas secundárias (nossas ações) não são necessárias de modo algum, ou seja, se Deus já escolheu quem vai ser salvo, não é necessário pregar o Evangelho. Esta visão não reflete o calvinismo histó. Poderíamos chamá-la anti-calvinismo, pois não reflete os ensinos bíblicos de Deus e Sua criação.
Samuel E Waldron, Baptist Roots in America, Simpson Publishing Company: Boonton; New Jersey, 1.991.
Pragmatismo é a crença que diz "se funciona, tem que estar certo". É uma mentalidade do tipo "os fins justificam os meios".

Posfácio
Este texto foi encontrado nos arquivos da extinta lista de discussão Teonet, e publicado em Textos da Reforma. Desconhecemos o seu tradutor, mas recentemente encontramos sua versão original em Inglês.
Revisado pelo pastor batista Franklin Ferreira, e por Leandro Guimarães Faria Corsetti Dutra. Este último, editor, acrescenta que considera o texto faccioso, mas ainda assim contendo boa informação histórica.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

DE PORTA EM PORTA. Excelente filme!

“De Porta em Porta” (“Door to Door”, 2002, 90 min) apresenta a história verídica de Bill Porter, um vendedor de porta em porta dos Estados Unidos. Seria uma história comum, com uma pitada de nostalgia para alguns, não fosse um detalhe: Bill tem paralisia cerebral. Mas isso não o impede de lutar pela sobrevivência, e mais: pela superação e reconhecimento. Quando pede uma chance de trabalhar para uma empresa, de início ele é rejeitado por suas limitações evidentes. Porter não se dá por satisfeito e insiste: pede que lhe seja dado o bairro mais difícil da cidade. Consegue o emprego e tenta vender seus produtos, sem muito sucesso, inicialmente. A mãe, sempre presente, o incentiva a não desistir, até que ele consegue vender algo para uma mulher solitária. Daí para frente, Porter não pára mais de vender. Mas não faz apenas isso. Ele acaba tocando a vida de toda aquela comunidade, interagindo com as pessoas dali por muitos anos. Torna-se mais que um vendedor; transforma-se num amigo.
A grande lição deixada pela mãe de Porter é: “persistência e paciência”. Ele aprendeu a lição e acabou se tornando um dos maiores vendedores de sua empresa. Para os vendedores de hoje, fica a lição: entender as necessidades dos clientes, ouvir de forma interessada, quebrar preconceitos, tornar-se “amigo”. Fica também a crítica aos modernos sistemas de vendas que tratam as pessoas como objetos de quem se deve arrancar dinheiro.Não se pode deixar de destacar também a atuação de Kyra Sedgwick, Helen Mirren e Kathy Baker, que interpretam mulheres importantes na vida de Bill e cuja atuação (assim como a de William Macy) é excelente. Um filme comovente e inspirador.

99% MACACO

Os darwinistas sempre se queixam de que o público em geral não compreende a evolução quando diz que "o homem veio do macaco". Pode até ser, mas um livro com este título: 99% Ape: How Evolution Adds Up [99% macaco: como a evolução faz sentido], publicado pelo Museu de História Natural de Londres, é um verdadeiro tiro no pé. Ele, na verdade, acaba colaborando para a incompreensão do povo.

"Charles Darwin foi ridicularizado ao sugerir que os humanos têm macacos por ancestrais, mas cada avanço científico no estudo da vida nos últimos 150 anos tem confirmado a realidade da evolução", diz o livro ufanista. E mais: "Leia a pesquisa mais recente sobre os tentilhões de Darwin [que apenas provam variação e não origem a partir de organismos inferiores] e como que novas espécies evoluem, descubra as falhas no ‘design inteligente’, descubra o que a evolução tem a dizer sobre a psicologia, o desenvolvimento da mente humana e da moralidade, e como que nós ainda estamos evoluindo.


"É mais um livro tentando explicar a "teoria do tudo".

QUERO TRAZER À MEMÓRIA O QUE ME PODE DAR ESPERANÇA.

Lamentações 3.21

Tristeza e desesperança. Esse é o estado de espírito de muitos. O pecado é um assaltante; um larápio que rouba o que temos de mais precioso, a vida e com ela toda esperança. Embora existam outras causas, a ausência de alegria e entusiasmo refletem a nossa pobreza espiritual. A falta de vida e esperança denuncia que algo está errado. Uma vida sem esperança é como está morto sem que haja um atestado de óbito. A desesperança é a morte prematura dos que continuam vivendo.

O profeta Jeremias lamentou o estado de morte espiritual do povo de Judá. Ele expressou o choro e a dor do seu coração, mas agora ele vê um clarão de esperança nas densas e escuras nuvens do sofrimento. A nação estava destruída, mas podia ser restaurada. Ele mergulha no baú de suas memórias e diz em alto e bom som a si mesmo: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Aleluia! Há esperança para o povo de Deus. DIAS MELHORES VIRÃO.

Lamentar é preciso. Quem não lamenta por nada é porque não se importa com nada. Mas a “lamentação que não se transforma em esperança produz morte do ser e falecimento dos sonhos. É do terreno das lágrimas que nasce a flor da esperança”. É justamente por trás dessas densas e escuras nuvens da aflição que nasce e brilha com fulgor e glória o sol da esperança. A base da esperança cristã é o próprio Deus. Louvado seja o seu santo nome! Jeremias ativa a sua memória e traz à lembrança verdades preciosas acerca do Senhor, o Pai de muitas misericórdias e Deus de toda consolação. Dias melhores virão porque as suas misericórdias não têm fim. Deus é misericordioso. Deus é fiel. Deus é bondoso. Dias melhores virão!

Esperança e não otimismo. Otimismo é desejo sem garantia. Esperança é a certeza confiado nas promessas da Palavra de Deus. Nossa esperança está em Deus, em quem Ele é e no que Ele nos prometeu. Portanto, “que o Deus da esperança os encha de alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo”. (Romanos 15.13)

Governo Lula se aproxima de ditador que quer a destruição de Israel

Por Julio Severo

Logo no início de seu governo, Lula iniciou sua primeira viagem ao Oriente Médio, onde ele visitou várias nações, inclusive Israel, a única democracia da região. Ops! Errei ao incluir Israel, pois Lula nunca se interessou em conhecer pessoalmente a nação judaica. Esse foi o primeiro erro de Lula. Outros mais vieram depois.

Era de se esperar que, depois que o presidente do Irã, Mohamud Ahmadinejad, tratou Israel com a mesma bondade que Hitler teria tratado, Lula seria mais compassivo para com o Estado judeu. Hitler, o anti-judeu, merecia repúdio. Ahmadinejad, o anti-judeu, merece o quê?
Merece uma visita ao Brasil! Muito longe de ser piada, o presidente Lula convidou Ahmadinejad para tomar um cafezinho com ele no Palácio do Planalto. Com a ascensão de Obama, Hugo Chávez, Ahmadinejad, Fidel Castro e outros ditadores finalmente aplaudiram a “democracia” americana. Nesse clima de vitória “democrática”, Lula se sentiu muito à vontade para convidar o “democrático” Ahmadinejad. Afinal, proclamam os liberais, o mundo precisa de diversidade e pluralidade. Assim como as nações pró-Israel — seja lá onde estiverem — merecem respeito, assim também as nações contra Israel, pensam eles.

Por isso, o governo brasileiro estranhou as críticas israelenses à aproximação do Brasil com o Irã. O governo Lula tratou oficialmente essas críticas como intromissão de Israel na política externa brasileira. Sendo assim, a Embaixada de Israel em Brasília foi convocada a prestar esclarecimentos.
Contudo, quem deveria de fato ser convocado para prestar esclarecimentos é Lula. O que o presidente Lula ganha para o povo brasileiro convidando um terrorista para uma visita oficial ao Brasil?

Enquanto o povo brasileiro não se move para exigir explicações e mudança de atitude de Lula, vozes solitárias se levantam. No Congresso Nacional, o Dep. Marcelo Itagiba disse em discurso no plenário no dia 5 de novembro de 2008:

Venho à tribuna desta Câmara dos Deputados para manifestar a minha indignação com a visita do Chanceler brasileiro Celso Amorim ao Irã. Pensei que a imagem estampada recentemente na imprensa do encontro do Presidente Lula com o Presidente do Irã, em setembro, durante a Assembléia Geral da ONU, tivesse sido meramente um triste e inevitável encontro protocolar. Afinal, eu jamais poderia imaginar que aquele encontro, na verdade, viesse a se constituir em uma visita oficial do nosso Chanceler a um país cujo presidente, além de pretender negar a ocorrência do Holocausto, que matou mais de seis milhões de seres-humanos judeus, vem também propugnando a extinção do Estado de Israel. Ou seja, não satisfeito em negar o Genocídio de milhões, Mahmoud Ahmadinejad, com suas declarações, deseja realizar um segundo holocausto. Tenho grande respeito pelo Itamaraty, pelos seus membros e por suas propostas de política externa independente, mas não posso admitir que alguns atuem a Chamberlain, primeiro ministro Inglês, que com a sua pouca visão permitiu o fortalecimento do Nazismo e a Segunda Guerra Mundial. Não podemos permitir que a política externa brasileira atue como alguns diplomatas que, durante o Estado Novo, por trás de seus bigodinhos e suas suásticas tatuadas no peito, apoiavam o nazi-facismo e elaboravam resoluções reservadas que impediram a entrada, em nosso país, de refugiados judeus que acabaram massacrados na Europa. Como política externa, prefiro a do Itamaraty que apoiou a criação do Estado de Israel.

Outra voz solitária foi a de Reinaldo Azevedo, que declarou:
Há uma só democracia no Oriente Médio: Israel, onde lula nunca pôs os pés. Em compensação, já promoveu uma cúpula no Brasil de ditaduras árabes e de alguns bandoleiros latino-americanos. O Brasil, sem preconceitos, diversificou o repertório com a visita de Amorim aos “companheiros” persas do Irã. O terrorista Mohamud Ahmadinejad foi oficialmente convidado a visitar Banânia. Que importa que ele tenha na sua pauta a destruição de Israel? Isso é um problema lá deles, né? Judeu atrevido [que criticou a aproximação do Brasil com o Irã]! Quem sabe o tarado de Teerã venha ao país logo depois do assassino Raúl Castro, ditador de Cuba. A pocilga moral fica completa. O Itamaraty, um dia, ainda terá de ser lavado com creolina.

Lula tem a obrigação de dar satisfação ao povo brasileiro por se aproximar de um ditador terrorista que declarou que quer a destruição de Israel. Que o povo de Deus se levante contra essa insanidade.

Ministério da Educação vai distribuir livro sobre diversidade sexual em escolas

Por Julio Severo

O Ministério da Educação, que está envolvido no programa federal Brasil Sem Homofobia, distribuirá livro que apresenta o homossexualismo como mais uma alternativa de vida. A iniciativa começará pelo Estado do Rio de Janeiro, onde cerca de 1.600 escolas estaduais receberão um material “educativo” sobre como valorizar a diversidade sexual dentro do ambiente escolar.

O livro “Diversidade Sexual na Escola”, de Alexandre Bortolini e publicado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), servirá como instrumento para os professores abordarem questões homossexuais em sala de aula. As questões tratadas abrangerão sexualidade, gênero, comportamento, religião, ética e violência.
O objetivo do Ministério da Educação ao distribuir o livro nas escolas é fazer com que educadores e alunos percam quaisquer visões contrárias ao comportamento sexual e se abram para uma nova perspectiva na questão da homossexualidade, travestilidade e transexualidade na escola.

O projeto, incluindo o livro, foi financiado pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). A distribuição será feita a partir de uma parceria com a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro, conforme informações do site homossexual “Não Homofobia!”

O site “Não Homofobia!” tem como objetivo coletar apoio e assinaturas para a aprovação do PLC 122, que transforma em crime opiniões contrárias à agenda gay. Se aprovado, o PLC 122 transformará em criminoso qualquer pai ou mãe que se opuser à doutrinação homossexual de seus filhos em sala de aula. O simples fato de um pai ou mãe dizer para o filho que homossexualismo é pecado poderá resultar em conseqüências criminais como multas, prisão e perda da guarda dos filhos.

O controle da área da educação é uma reivindicação antiga do movimento homossexual. Com a doutrinação homossexual patrocinada pelo governo nas escolas, crianças e adolescentes serão sistematicamente treinados, sob a força da lei, a desafiar opiniões que não respeitam a agenda gay. Por sua vez, os pais terão cada vez menos liberdade de abrir a boca, sob o risco de serem denunciados como “homofóbicos” por qualquer mínima contrariedade ao homossexualismo.

Fonte: www.juliosevero.blogspot.com

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Lendo a Bíblia Corretamente


Por J.I. Packer

A verdade é que muitos de nós têm perdido a capacidade de ler a Bíblia. Quando abrimos nossas Bíblias, nós o fazemos com uma atitude mental que levanta uma barreira insuperável à leitura correta da mesma. Isso parece ser um pouco alarmante, mas não é difícil mostrar que é verdade.

Quando você toma qualquer outro livro, trata-o como uma unidade. Você procura o enredo ou a linha principal do argumento e o segue até o fim. Deixa que a mente do autor conduza a sua. Pouco importa se se permitir algumas olhadelas em várias partes antes de se dedicar à real leitura do livro, você sabe que não o terá entendido até que o tenha percorrido do início ao fim, e, se é um livro que você deseja entender, arranjará tempo para lê-lo inteiramente.

Mas, quando se trata das Escrituras Sagradas, nosso comportamento é diferente. Em primeiro lugar não estamos habituados a tratá-las como um livro, uma unidade, de modo algum, mas simplesmente como uma coleção de provérbios e histórias separadas. Nós supomos, antes de olhar para os textos, que o conteúdo deles (ou, pelo menos, dos que nos afetam) é uma advertência moral ou conforto para os que estão em tribulação.
Portanto os lemos (quando lemos) em pequenas doses, só alguns versículos de cada vez. Não atravessamos um livro todo, muito menos os dois Testamentos como um todo... O resultado é que nunca conseguimos ler a Bíblia. Presumimos que estamos manejando as Escrituras Sagradas de maneira verdadeiramente religiosa; mas na verdade nosso uso delas é bastante supersticioso...
Deus não quer que a leitura da Bíblia funcione simplesmente como um analgésico espiritual para mentes conturbadas. A leitura das Escrituras tem o propósito de despertar nossas mentes e não de fazê-las dormir. Deus nos pede que nos aproximemos das Escrituras como a Sua Palavra (uma mensagem endereçada a criaturas racionais, homens com inteligência) uma mensagem que não podemos esperar compreender sem meditar sobre ela...

Também Deus pede que leiamos a Bíblia como um livro, como uma única história com um único tema. Temos de lê-la como um todo e enquanto lemos precisamos perguntar a nós mesmos: Qual o enredo deste livro? Qual seu verdadeiro tema? Do que ele realmente trata? A menos que façamos essas perguntas, nunca alcançaremos o ponto do qual podemos ver o que ela está nos dizendo sobre nossas próprias vidas.
Quando chegarmos a esse ponto, descobriremos que a mensagem de Deus para nós é mais severa e ao mesmo tempo mais animadora do que qualquer coisa que a religiosidade humana poderia conceber.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O CRISTÃO E O SOFRIMENTO

Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinados a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo. 1 Pedro 4.12
No ano 64, o imperador Nero pôs fogo em Roma e culpou os cristãos. Tácito, famoso historiador, nos informa os acontecimentos naquele período. “De início, pois foram presos todos os que se confessavam cristãos. Acrescente-se que, uma vez condenados à morte, eles se tornavam objetos de diversão. Alguns, costurados em pele de animais, expiravam despedaçados por cachorros. Outros morriam crucificados. Outros ainda eram transformados em tochas vivas para iluminar a noite”.

Pedro escreve para encorajar os cristãos a vencer o sofrimento vitoriosamente. Para tanto, algumas verdades deveriam ser trazidas à luz. Pedro expõe o sofrimento na perspectiva cristã.
Os cristãos desde o início do cristianismo foram instruídos a entender que o sofrimento não é incompatível com a vida cristã. O crente não deve estranhar o sofrimento. “Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia” (1 Jo 3.13)O crente até mesmo tem que esperar as provações. Embora não pertençamos ao mundo estamos nele. Vivemos em uma sociedade hostil aos filhos de Deus e estamos inseridos em uma cultura anticristã. “No mundo tereis aflições” (Jô 16.33), disse o Senhor.

As Escrituras nos revelam verdades preciosas que servem como genuína fonte de consolo sempre que passarmos por lutas.

(1) Deus não nos poupa do sofrimento, mas caminha conosco pelo sofrimento. (Is 43.1-3)

(2) Deus trabalha as circunstâncias dolorosas de nossa vida e canaliza para o nosso bem. (Rm 8.28; Gn 50.20)

(3) Mesmo que as circunstâncias não mudem, Deus mesmo é a razão da nossa alegria. (Hc 3.17-18)

Meu irmão, se você se sente perseguido e injustiçado, se está por Deus sendo provado, não estranhe isso, mas se alegre no Senhor. “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele”. Fp 1.29

“...santos e fiéis em Cristo” Efésios 1.1

Santidade e fé são duas características do povo de Deus. O Dr. Willian Temple disse certa vez: “Ninguém é crente, se não é santo, e ninguém é santo, se não é crente”. Santidade e fé sempre andam juntas, pois são companheiras inseparáveis. Sendo assim, é necessário pensar sobre o significado dessas duas palavras tão importantes na vida cristã.

Alguns cristãos ficam confusos e perguntam: “Como pode um pecador como eu ser chamado de santo? Eu estou longe disso!” Tais pessoas precisam entender que a palavra santo tem dois significados básicos. O primeiro sentido da palavra não significa perfeito, ou sem pecado. Caso contrário, ninguém poderia ser reputado como santo, nem mesmo o apóstolo Paulo. Mas, indica que algo ou alguém foi separado. Ao descrever os cristãos como santos, Paulo quis dizer que estes foram separados por Deus e para Deus. Este ato está consumado e é inalterável. Todavia, uma vez santificados, separados, somos chamados para ser santos. Este segundo sentido implica em um processo através do qual nos tornamos semelhantes a Cristo. Trata-se de uma alteração em nosso caráter que resulta em mudança em nosso comportamento ético.

Aquele que é santo, também tem fé em Cristo. A fé bíblica descrita nas páginas do Novo Testamento envolve tanto confiança quanto fidelidade. O crente, aquele que tem fé, é alguém que confia na obra de Jesus Cristo e, portanto, participa de seus benefícios. Esta fé salvadora é um dom de Deus (Fp 1.29). Nasce e é nutrida em nosso coração pela Palavra de Deus ( Rm 10.17). Tal privilégio envolve, também, responsabilidade. Isso porque, aquele que tem fé, também é fiel, sendo este o outro sentido da palavra fé. Logo, o crente é aquele que confia, mas também é digno de confiança, ou seja, tem fé em Deus e fidelidade a Deus.

A descrição acima não foi dirigida a cristãos excepcionais ou a uma espécie de “elite espiritual”. Tampouco se aplica apenas aos cristãos em Éfeso. São santos e fiéis todos quantos estão em Cristo, isto é, unidos a Cristo e, portanto, contemplados com todas as graças que fluem da cruz de nosso Redentor. Somos santos e fiéis por conta da graça de Deus. Que sejamos sempre agradecidos a Deus por tudo que ele fez e está fazendo em nós. Através da obediência, demonstremos nossa gratidão a Deus por ter feito de nós seus santos e fiéis em Cristo.

George Müller, um exemplo de vida cristã

O gigante da fé, George Müller (1805-1898), nasceu na Alemanha, e converteu-se com idade de 20 anos numa missão morávia. Foi para a Inglaterra em 1829, onde trabalhou para o Senhor até o final de sua vida.

Durante mais de sessenta anos de ministério, Müller iniciou 117 escolas que educaram mais de 120.000 jovens e órfãos; distribuiu 275.000 Bíblias completas em diferentes idiomas além de grande quantidade de porções menores; sustentou 189 missionários em outros países; e sua equipe de assistentes chegou a contar com 112 pessoas.

O texto a seguir é um trecho de sua famosa autobiografia.

Como George Müller começava o seu dia.
"O que aprendi foi isso: vi claramente como jamais antes que o maior e principal assunto com que eu devia ocupar-me todos os dias era ter minha alma feliz no Senhor. A primeira coisa com que me preocupar não era o quanto eu poderia servir ao Senhor, como eu poderia glorificar ao Senhor, mas como poderia levar minha alma a um estado de felicidade, e como poderia alimentar meu homem interior. Isso porque eu poderia colocar a verdade diante dos não convertidos, poderia procurar proporcionar benefícios aos crentes, poderia procurar trazer alívio aos desanimados, poderia de outras maneiras procurar comportar-me como convém a um filho de Deus neste mundo e, mesmo assim, por não ser feliz no Senhor, e não estar sendo alimentado e fortalecido em minha vida interior dia após dia, cuidar de tudo isso sem o espírito correto. Agora vi que a coisa mais importante que tinha a fazer era dedicar-me à leitura da Palavra de Deus e meditar nela, para que meu coração fosse confortado, encorajado, advertido, acusado, instruído; e que, assim, enquanto eu meditava, meu coração, fosse trazido à experiência da comunhão com o Senhor. Por isso comecei a meditar no Novo Testamento, desde o princípio, de manhã cedo."

"A primeira coisa que eu fazia, depois de pedir com poucas palavras a benção do Senhor sobre sua preciosa Palavra, era meditar na Palavra de Deus, investigando, por assim dizer, cada versículo para extrair bênçãos dele; não tendo em vista o ministério público da Palavra, nem com o propósito de pregar sobre o que tinha meditado, mas a fim de obter alimento para minha própria alma. Descobri que o resultado quase invariavelmente é que, depois de uns poucos minutos, minha alma é levada a confessar, ou agradecer, ou interceder, ou suplicar; de modo que, apesar de eu não me dedicar à oração diretamente, mas à meditação, ela se transformava quase imediatamente mais ou menos em oração".
"Depois de ficar assim por algum tempo fazendo confissão, ou intercessão, ou súplica, ou dando graças, passo para as próximas palavras ou versículo seguinte, transformando tudo, à medida que continuo, em oração por mim ou por outros, do modo que a Palavra me conduza; sempre mantendo em vista que alimentar minha própria alma é o objetivo da minha meditação. Pela benção de Deus eu atribua a essa prática a ajuda e força que tenho recebido de Deus para passar com paz por dificuldades de vários tipos, maiores do que jamais tive antes; e, depois de ter experimentado este carinho por mais de quarenta anos, posso recomendá-lo plenamente, no temor de Deus. Que diferença quando a alma foi animada e alegrada de manhã cedo, de quando, sem preparo espiritual, o trabalho, as dificuldades e tentações do dia nos sobrevêm!"

George Mueller , Autobiografia

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

BARACK OBAMA, O PSEUDO MESSIAS DA AMÉRICA


Em tempos de crise a humanidade elege seus messias. Os EUA, apoiados por boa parte da comunidade internacional, pretende entronizar Barack Obama como o novo salvador do mundo. Chamado de “Messias” pelo líder radical muçulmano Louis Farrakhan e de “Meu Jesus” pela editora-chefe de um jornal universitário, Obama segue sua campanha rumo à Casa Branca, suposto trono do mundo. O messianismo em torno de Obama é mais do que um fenômeno sociológico, é a epidemia da burrice coletiva. Quem é esse cidadão divinizado pela massa ignara? É no mínimo curioso que todos históricos inimigos dos EUA estejam apoiando Barack Obama. É estranho que dados altamente comprometedores sobre sua vida sejam escondidos pela mídia, cujos donos são generosos patrocinadores de sua nababesca campanha eleitoral. Barack Obama não é apenas uma incógnita, é uma fraude irrefutável, mas o fideísmo de seus seguidores não lhes permite ver isso. A fé cega faz mais estragos do que qualquer arma de fogo.

Não creio em Obama, embora ele esteja fazendo muitos milagres. Dentre eles, a façanha de ser o primeiro candidato presidencial da história americana a receber o apoio de todos os adversários dos EUA. As pessoas não se apercebem da gravidade do problema. Imagine o escândalo que seria se em 1932, à candidatura de Franklin D. Roosevelt recebesse o apoio ostensivo de Josef Stalin, Adolf Hitler e Benito Mussolini. Duvido da integridade moral e política de Obama. Retórica ele tem, mas isso não é suficiente para ser um chefe de Estado.

Amanhã será um dia decisivo não apenas para americanos, mas para todo o mundo, tendo em vista que a nação americana ainda é a maior potência econômica e militar do planeta.

Leia o esclarecedor artigo de Olavo de Carvalho e avalie se esse falso messias é digno da nossa “fé”.

Milagres da fé obâmica
Por Olavo de Carvalho
Mídia Sem Máscara, 1 de novembro de 2008

Nunca se viu coisa semelhante na história da humanidade.
Em guerra contra o Islam revolucionário, o país já quase vencedor prepara-se para nomear comandante-em-chefe um político apoiado entusiasticamente pela Al-Qaeda, pelo Hamas, pela Organização de Libertação Palestina, pelo presidente iraniano Ahmadinejad, por Muammar Khadafi, por Fidel Castro, por Hugo Chávez e por todas as forças anti-americanas, pró-comunistas e pró-terroristas do mundo, sem nenhuma exceção visível.
É exatamente como se, em plena guerra do Vietnã, se colocasse na Casa Branca um queridinho de Ho-Chi-Minh.

No entanto, se você sugerir, mesmo suavemente, que tantos inimigos dos EUA estão a favor de Obama porque ele deve estar pelo menos um pouquinho a favor deles, metade do eleitorado americano dirá que você é um maldito racista e uma boa parcela da outra metade o chamará de desequilibrado, de paranóico, de teórico da conspiração.

Está proibido aplicar a Obama a velha regra de bom senso: “O amigo do meu inimigo é meu inimigo”. Para provar sanidade, o cidadão americano tem de acreditar piamente que Obama não fará nada, absolutamente nada em favor dos comunistas e islamofascistas que o amam, mas fará tudo para defender a nação que ele mesmo chama de nazista e a Constituição que, segundo ele, é causa de males horríveis.

Se você acha que a aposta na fé obâmica é alta demais e que seria mais prudente investigar um pouco a vida do sujeito, saiba que isso se tornou praticamente inviável: ele mandou bloquear, nos EUA e no Quênia, o acesso a todos os seus documentos, mesmo sobre a sua vida pública, desde a sua certidão de nascimento até a lista dos pequenos doadores da sua campanha, passando pelo seu histórico escolar em Harvard e Columbia, que é alegado ao mesmo tempo como prova definitiva dos altos dons intelectuais da criatura, só negados, evidentemente, por racistas contumazes. A mídia considera um insulto e uma presunção doentia qualquer tentativa de examinar esses papéis, e três tribunais, da Pensilvânia, de Washington e de Ohio, já sentenciaram que o cidadão comum não tem nenhum direito de averiguar sequer a nacionalidade de Barack Hussein Obama. É preciso acreditar nele sob palavra, ou cair fora da sociedade decente.
Mas a palavra dele também não esclarece nada. Ele já inventou tantas lorotas sobre sua vida (que foi membro da Comissão de Bancos do Senado, que seu tio libertou Auschwitz, que seu pai foi pastor de cabras), já omitiu tantos dados essenciais (que foi membro de um partido socialista, que é primo do genocida Raila Odinga, que fez campanha para ele no Quênia, que seu irmão está à míngua numa favela em Mombasa, que sua tia é imigrante ilegal nos EUA), e já camuflou de tal modo suas ligações com a Acorn, com o terrorista William Ayers, com o agitador islâmico Louis Farrakhan, com o vigarista Tony Resko, etc., que tentar descobrir a verdadeira biografia dele é quase missão impossível. Seu próprio livro de memórias, que lhe rendeu a fama de escritor, é de autoria duvidosa: exames realizados com métodos computadorizados de investigação autoral concluíram que não foi escrito por Obama, mas sim por William Ayers.

Resta a hipótese de tentar descobrir alguma coisa através de testemunhas. O que elas contam é interessante. A avó diz que ele nasceu no Quênia e não no Havaí como ele afirma, seus irmãos quenianos dizem que ele é muçulmano e não cristão como afirma, sua irmã diz que ele nasceu num hospital quando ele afirma que nasceu em outro, o patrocinador de seus estudos em Harvard diz que o dinheiro para isso foi fornecido por um notório agitador pró-terrorista, velhos conhecidos contam que ele sempre estava ao lado de Frank Marshall Davis quando este vendia cocaína. Até agora, o único testemunho seriamente desmentido foi o de um maluco de Minnesota que disse ter tido relações sexuais com o então senador Barack Obama – o que, se fosse verdade, não comportaria um milionésimo do risco para a segurança nacional contido nos outros depoimentos.

A essa altura, você pode perguntar: Mas por que os eleitores hão de confiar sob palavra num sujeito que não tem palavra nenhuma, que não se sabe com certeza nem onde nasceu, que esconde dois terços da sua vida e mente sobre o terceiro terço, que é amado por todos os que odeiam o país e mal consegue disfarçar suas afeições pelos amigos deles? Você, aí no Brasil, pode perguntar isso, mas, se estiver nos EUA, pergunte em voz baixa. Se você expuser suspeitas de maneira muito audível, o governo investigará seus antecedentes em busca de crimes hediondos como dívidas de imposto e multas de trânsitos não pagas, como fez com Joe Encanador, ou então o levará para a cadeia como fez com com Brent Garner, de Lawrence, Estado do Kansas (v.
www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=79513). Você corre também o risco de ter sua garagem vandalizada ou levar uns sopapos, como aconteceu com vários militantes republicanos.
A resposta à pergunta sobre os motivos de uma confiança tão despropositada constitui-se de quatro elementos:

1. A grande mídia, quase toda pertencente a adeptos e patrocinadores de Obama, não publica nada do que se sabe de grave contra ele, mas faz um alarde dos diabos em torno das menores insignificâncias que possam sujar a imagem dos seus adversários. A duplicidade de tratamento, que começou nos jornais e na TV, acabou por se impregnar na sociedade inteira como um hábito normal. Exemplo I: O boneco enforcado de Sarah Palin foi saudado pela própria polícia como uma inocente tirada de bom-humor. No dia seguinte dois moleques fizeram um boneco enforcado de Obama – e foram presos. Exemplo II: A jovem militante republicana Ashley Todd, após dizer-se assaltada, surrada e marcada a canivete com um “B” na face direita tão logo o assaltante percebera seu distintivo da campanha McCain, sofreu um bombardeio de insultos na mídia e rapidinho mudou de idéia, jurando que inventara a história toda. Ashley não explicou se foi apenas assaltada e surrada, tendo feito ela própria o corte no rosto, se houve apenas uma surra sem assalto nem corte ou se não houve coisa nenhuma e ela mesma se esmurrou até ficar de olho roxo e, não contente com semelhante desatino, em seguida escavou o “B” na própria face. Embora o desmentido sumário e cheio de lacunas soasse muito mais inverossímil do que a história originária, foi instantaneamente aceito como verdade final pela mídia inteira, sem mais perguntas, ficando portanto provado que esses republicanos são malvados o bastante para desfigurar o próprio rosto só para poder lançar a culpa num negro e, por tabela, no santíssimo Barack Obama. Exemplo III: Faltavam sinais de violência contra a militância obamista, mas logo foram providenciados. Dois jovens skinheads que pensavam em dar uns tiros em Obama, sem ter tomado ainda a menor providência nesse sentido, foram denunciados pela própria mãe. Embora seja virtualmente impossível encontrar algum skinhead nas assembléias evangélicas, nas missas católicas, nas convenções republicanas, no Hudson Institute ou na Heritage Foundation, o fato é o seguinte: se você quer ser considerado um Homo sapiens em vez de um Pithecanthropus erectus, tem de jurar que o plano dos dois idiotas traz a prova cabal de que o conservadorismo americano é racista, nazista e assassino por natureza. A Folha de S. Paulo garante.

2. A sociedade americana acredita na grande mídia porque não é capaz de imaginar uma empulhação geral e sistemática como a que aconteceu no Brasil quando todos os jornais e canais de TV ocultaram propositadamente por dezesseis anos a existência do Foro de São Paulo, a maior organização de delinqüência política que já existiu na América Latina. Tal como no título do famoso romance de Sinclair Lewis, todo mundo acredita que it couldn’t happen here, “isso não poderia acontecer aqui”. Bem, aconteceu.

3. O que quer que se diga contra Obama tem resposta automática: É racismo. A chantagem racial é tão violenta, geral e sistemática, que o simples fato de você dizer que está havendo chantagem racial prova que você é racista. O monopólio da violência verbal fica portanto com os democratas, enquanto os críticos de Obama se resguardam atrás de rodeios e circunlóquios autocastradores.

4. Obama não diz coisa com coisa. Seus discursos, quando não são totalmente vazios de conteúdo, se contradizem uns aos outros com a maior sem-cerimônia – e funcionam exatamente por isso. O conteúdo deles não tem a mínima importância; só serve de excipiente para a substância ativa, constituída de apelos mágicos e mensagens hipnóticas, de modo que após alguns minutos todo mundo está com a inteligência entorpecida ao ponto de aceitar, sem a menor reação crítica, afirmações como esta: “Vocês sentirão uma luz vindo do alto, experimentarão uma epifania e uma voz de dentro lhes dirá: Eu tenho de votar em Barack Obama”. Se o sujeito proclamasse isso por fé espontânea, diriam que é louco. Como o diz no melhor estilo da programação neurolingüística ericksoniana, votam nele para presidente da nação mais poderosa do mundo.
Os efeitos conjugados desses quatro fatores são quase milagres da fé, de um surrealismo atroz: as pesquisas mostram que três entre cada quatro americanos residentes em Israel preferem John McCain, mas três entre cada quatro judeus residentes nos EUA, longe das bombas palestinas e perto de uma TV ligada na CNN, preferem Obama.