sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

APRENDENDO A VIVER MELHOR...


"Quando nós paramos de aprender, nós paramos de crescer; e quando nós paramos de crescer, nós paramos de viver". Fernando Pessoa

Uma das decisões mais importantes que uma pessoa pode tomar é decisão de aprender. Há tantas coisas que nós precisamos aprender a fim de viver para glória de Deus, para abençoar o próximo e para nossa alegria.

No último dia do ano quero compartilhar com você duas verdades que uma vez aprendidas e postas em prática torna a vida melhor e mais interessante.

Vive melhor quem aprende que...
1) CRISES SÃO PORTUNIDADES PARA CRESCER EM MATURIDADE.Todos nós estamos sujeitos a viver uma crise. Um tempo de adversidade extrema. Há crises de todo tipo. Há crises financeiras, familiares, relacionais, emocionais. Há crises de fé.

Talvez você tenha vivido muitas crises em 2010. É possível esteja vivendo uma crise. Crises chegam sem aviso prévio e em 2011 não será diferente. Não adianta dá sete pulinhos no mar de Copacabana. Precisamos entender que as crises, que são inevitáveis, envolvem perigos, mas também oportunidades. A crise pode ser uma porta de esperança, como também a sepultura dos sonhos.

Ninguém gosta de passar por uma crise. A crise gera medo, insegurança e instabilidade. Mas uma crise pode gerar o benefício do crescimento. É por meio das crises que a nossa fé é fortalecida.

É curioso notar que a palavra crise na língua chinesa é formada pela composição de duas outras palavras: perigo e oportunidade. Isso significa que uma crise pode implicar numa série de problemas, mas também em uma excelente oportunidade para Deus agir.
“A crise é uma encruzilhada: onde uns colocam os pés na estrada da vitória, outros descem a ladeira do fracasso. A crise revela os verdadeiros heróis: uns ficam esmagados debaixo da bota dos gigantes, outros olham para os horizontes largos por sobre os ombros dos gigantes. Na crise uns fracassam, outros triunfam. É no ventre da crise que surgem os grandes vencedores”. HDL

Qual é a sua atitude quando a crise chega?
Cada pessoa reage de uma maneira.

FUGIR. Existem aquelas que fogem. Na vida é muito comum nos vermos diante de gigantes aparentemente insuperáveis. Crises que chegam sem aviso prévio. Quando isso acontece somos impelidos a correr, a fugir, a buscar uma solução qualquer, menos o enfrentamento do problema.
Existem maneiras de fugir (FUGAS) Isolamento. Amargura. Ativismo. Drogas. Prazeres. Religiosidade. Fugir da crise é afundar na mediocridade. Fugir é desperdício de oportunidade.

SUPORTAR. Existem aqueles que suportam a crise, mas não tiram proveito dela. Simplesmente resistem, mas ficam no prejuízo, pois agem na sua própria força e muitas vezes acabam esgotadas. Perdem a alegria e o ânimo e acabam vivendo como céticos. São cristãos que na prática aderem ao existencialismo de Paul Sartre que dizia que vida humana é uma ruga no universo, não faz sentido, é um completo absurdo. É impressionante a quantidade de pessoas céticas nas igrejas. Gente que apenas suporta os problemas, mas não crê que haja solução.

APROVEITAR. Mas graças a Deus que existem aqueles que vêem na crise uma oportunidade pedagógica. São pessoas que tiram proveito das adversidades, enfrentam os gigantes na força que vem de Deus. As pessoas maduras são aquelas que justamente sabem lidar com crise. Pessoas podem ter muitos anos de vida e ao mesmo tempo não demonstrar sinais de amadurecimento.

Diante da crise, antes de qualquer decisão, devemos consultar a Deus. Nós somos pegos de surpresa, mas Deus sabe de tudo e tem orientação segura para nós.

Faze-me, Senhor, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo o dia. Salmo 25.4-5 

DOIS ELEMENTOS QUE FAZEM A DIFERENÇA NA HORA DA CRISE

A) VISÃO ESPIRITUAL
A experiência de Eliseu e seu assistente.

Uma tropa enviada pelo rei da Síria foi enviada para capturar o profeta Eliseu. O jovem assistente ao ver o grande contingente de homens com carros de guerra se desesperou. Então Eliseu fez uma oração:

“O profeta respondeu: Não tenha medo. Aqueles que estão conosco são mais numerosos do que os que estão com eles. E Eliseu orou: “Senhor, abre os olhos dele para que veja”. E então o Senhor abriu os olhos do rapaz, que olhou e viu as colinas cheias de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu”. 2 Rs 6.16-17

Nossa atitude diante das crises que surgem depende muito da nossa capacidade de vê-las sob a ótica de Deus. Muito do nosso desespero é porque agente só enxerga o físico, o visível. É olhando o invisível que podemos crer no impossível.

A visão é um dos prodígios mais extraordinários da criação. Uma dádiva de Deus. Segundo o renomado oftalmologista John Wilson, nós temos 60 milhões de fios duplos encapados em cada olho. Nosso olho muito mais sofisticado do que todas essas câmeras digitais modernas que se tem por aí.

Nós precisamos de visão espiritual para discernir os propósitos de Deus para nossa vida. Sem discernimento ficamos vulneráveis. Sem visão estamos sujeitos a criar falsas expectativas, vivendo ilusões que uma vez frustradas adoecem o coração.
“O Senhor cumprirá o seu propósito para comigo! Teu amor, Senhor, permanece para sempre; não abandones as obras das tuas mãos!” Salmo 138.8

b) CONFIANÇA EM DEUS.
As tragédias que nos atingem não têm a última palavra em nossa vida. Nosso desafio é esperar com confiança em Deus.

Esperar é um dos verbos mais difíceis de viver. Nós todos temos certa dificuldade com a espera, sobretudo, quando julgamos que já esperamos demais. Nós somos inclinados a cantar: Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.

Esperar nunca foi tarefa fácil. O livro de provérbios, sabiamente diz que: “A esperança que se adia faz adoecer o coração” (Pv 13.12).
Há muita gente cansada nas igrejas. Pessoas emocionalmente esgotadas e sem forças porque se cansaram de esperar.

Casados de esperar por mudanças que nunca acontecem, por sonhos que nunca se realizam, e por alegrias que nunca chegam.

Se formos honestos, iremos reconhecer que é assim que muitas vezes nos encontramos. Entristecidos, abatidos e sem nenhuma esperança. É como está morto sem que haja um atestado de óbito.

Há pessoas diante dos problemas e desafios da vida correm para caverna. Muitos se escondem e vivem atormentadas duas vezes. Pelo problema que continua e pela culpa que surge. O sentimento intrapunitivo que o desanimo gera.

Todos nós podemos passar por isso. O salmista disse assim: “Esmorecem os meus olhos de tanto esperar por tua promessa, enquanto digo: quando me haverás de consolar. Já me assemelho a um odre na fumaça; contudo, não me esqueço dos teus decretos”. Salmo 119.82

Muitas vezes chegamos ao final da linha. Tudo parece ir de mal a pior, em direção ao caos total e miséria irremediável. Somos invadidos por uma assombrosa sensação de desalento, perdição e desesperança.

Mas é justamente essa a hora oportuna para voltar os nossos olhos para o Senhor nosso Deus, pois dele que vem o socorro. Deus muda a nossa história. O Senhor transforma o nosso pranto em sorriso, nosso deserto em manancial. Glórias sejam dadas ao Pai de muitas misericórdias e Deus de toda consolação.

O EXEMPLO DE JOSÉ: José viveu uma crise terrível. Foi vendido como escravo pelos próprios irmãos. Mas enquanto ele sofria por 17 longos anos de injustiça Deus estava preparando todas as coisas para que ele fosse o governador do Egito. José aprendeu por experiência que ESPERAR EM DEUS NÃO É FACIL, MAS RECOMPENSA.

Há uma canção que diz: Jesus, plano melhor, nunca chega atrasado, sua hora é perfeita, sua maneira, a mais linda. Eu só quero a tua vontade.

Alexander MacLaren, foi um dos mais poderosos pregadores batistas que já existiu. Ele teve a honra de presidir o primeiro Congresso da Aliança Batista Mundial, no ano de 1905. Em uma de suas mensagens ele disse algo precioso.

"Às vezes, Cristo demora a vir em nosso auxílio, a fim de provar a nossa fé e avivar as nossas orações. O barco pode estar coberto pelas ondas, e o Mestre dormindo; Mas ele despertará antes que se afunde. Ele está dormindo no barco, mas nunca passa da ora; e com ele não há tarde demais". Alexander MaclarenO Deus Eterno diz: Os meus pensamentos não são como os seus pensamentos, e eu não ajo como vocês. Assim como o céu está muito acima da terra, assim os meus pensamentos e as minhas ações estão muito acima dos seus. Isaías 55.8-9

“Bendito é o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor”. Jr 17.7

Vive melhor quem aprende que...
2. PLANTAR SONHOS E CULTIVAR ESPERANÇAS É ESSENCIAL

Sonhos têm a capacidade de nos manter vivos. As pessoas que nutrem em seus corações a realização de projetos e estabelecem alvos e metas têm maior vigor diante dos desafios da vida. A história está repleta de exemplos de personalidades, hoje mundialmente conhecidas que foram motivadas por sonhos, que um dia eram apenas sonhos, mas que hoje são realidades que afetam milhões de pessoas no mundo todo.
Há muita gente que já morreu embora continue vivendo. Essa é uma realidade paradoxal. Estou falando de viver sem rumo, sem projeto, sem sonhos e sem esperança.

O filósofo Gardavasky disse acertadamente que uma das grandes ameaças que estamos sujeitos é “o perigo de morrermos antes de realmente morrer, antes que a morte se torne uma necessidade natural. O verdadeiro horror repousa exatamente sobre essa morte prematura, após a qual continuamos a viver por muitos anos”.

A DESEPERANÇA É A MORTE PREMATURA DOS QUE CONTINUAM VIVENDO.

Eu deliberadamente usei os verbos plantar e cultivar fazendo ligação com a idéia de sonhar. Plantar tem o seu valor e é o ponto de partida, mas para se obter resultado é preciso cultivar, tomar os devidos cuidados para que o sonho se torne realidade.

PERGUNTAS: Qual é o seu projeto de vida? Quais são os seus planos e objetivos? Uma atitude é fundamental para quem deseja realizar sonhos.

Estabeleça alvos. Meta é o sonho com data marcada!
“Se você falhar em planejar, inconscientemente você está planejando falhar”. Henry Ford.

Estudos indicam que 97% das pessoas em nossa sociedade não elaboram um programa organizado de metas e por isso não conseguem alcançá-las.

Há diversas razões pelas quais as pessoas não estabelecem metas nem planejam como alcançá-las: Medo, auto-imagem negativa; indisciplina; comodismo; miopia situacional.

Precisamos de muitas e diferentes metas na vida. Tipos de metas: Intelectuais; financeiras; familiares; sociais; culturais; emocionais; espirituais; profissionais; educacionais.

ALVOS PIEDOSOS.

A. CONHECER A DEUS.O ser de Deus pode ser comparado a um grande e vasto oceano e muitos de nós apenas molhou as solas dos pés, quando deveria mergulhar e se deleitar nas profundezas do grande e amável Deus.
“Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor e ajo com lealdade, com justiça e com retidão, sobre a terra, pois dessas coisas que me agrado, declara o Senhor” Jeremias 9.23-24 (NVI)

B. CUIDAR DA FAMÍLIAVocê tem uma família e é seu dever cuidar dela. Nosso lar é nosso tesouro. Os pais devem sonhar com seus filhos todos aos pés do Senhor. Buscar edificar a nossa família na Rocha que é Cristo Jesus. Como vai a sua família?
Valorize a sua família. Planeje ter mais qualidade de vida.

C. CUMPRIR A VOCAÇÃO.
Deus lhe chamou para e lhe deus dons para servir a sociedade e edificar a igreja.
Tanto no trabalho na esfera da criação quanto na esfera do reino, precisamos cumprir a nossa vocação. Com que propósito Deus lhe colocou no mundo?

Em todas as coisas, o alvo maior, e o propósito central é viver para a glória de Deus. “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”. 1 Coríntios 10.31

Precisamos buscar a face de Deus e conhecer os seus propósitos para a nossa vida. O que Deus um dia disse aos judeus exilados na Babilônia, também se aplica a nós em relação ao nosso futuro.

"Sou eu conheço os planos que tenho para vocês: prosperidade e não desgraça e um futuro cheio de esperança. Sou eu, o Eterno, quem está falando. Então vocês vão me chamar e orar a mim, e eu responderei. Vocês vão me procurar e me achar, pois vão me procurar com todo o coração". Jeremias 29

Na dependência de Deus podemos viver bem e sonhar com um futuro melhor.

Vamos viver bem e cada vez melhor.

Judiclay S Santos

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A SECULARIZAÇÃO DO NATAL.


O nascimento de Jesus Cristo foi uma decisão de Deus. O natal não foi a história de um nascimento casual, sem planejamento. O nascimento de Jesus não foi um descuido nem simplesmente a escolha de um casal comprometido pelo amor. O natal foi decisão de Deus. Foi iniciativa do céu, decretado na eternidade e realizado na plenitude dos tempos.

O natal foi um nascimento singular. Não houve nem haverá nenhum outro igual. O nascimento de Jesus não foi o concurso do relacionamento conjugal de José e Maria, mas a intervenção soberana do Espírito Santo de Deus nela, de tal maneira, que o seu filho não herdaria o pecado de Adão, nem seria semente do homem, mas da mulher.

O natal é um nascimento majestoso. Mesmo cercado de pobreza, pois não havia lugar para José e Maria nas hospedarias de Belém, precisando eles encontrar abrigo numa manjedoura para Jesus nascer, ele nasceu como Rei dos reis. Os magos do Oriente prostraram-se aos seus pés reconhecendo nele o rei, o sacerdote e o profeta.

No entanto, a despeito dessa história sem igual o Natal tem sofrido um processo de secularização. O povo brasileiro, demasiadamente crédulo e supersticioso, por inadvertidamente distorce o sentido do verdadeiro Natal e favorece a paganização. A secularização do Natal tem duas marcas principais:

1) UM INTRUSO CHAMADO PAPAI NOEL.Papai Noel começou a existir, segundo a tradição, na pessoa de São Nicolau, bispo de Mira, na Ásia Menor, no século IV d.C. Ele, segundo a tradição, foi um homem bondoso, que gostava muito das crianças, principalmente das pobres, a quem dava presentes. Essa figura mais tarde imortalizou-se num símbolo, que recebeu o nome de Papai Noel.

O tempo passou e um mito tomou o lugar de uma pessoa, Papai Noel tomou o lugar de Cristo. O Natal foi paganizado e secularizado. O sentido do Natal mudou. Até o Papai Noel mudou. O Papai Noel moderno é um mito, uma lenda, uma criação do comércio voraz. O Papai Noel de hoje é uma caricatura do espírito natalino; ele está na contra mão do sentido do Natal. O Papai Noel foi concebido no ventre do consumismo materialista. Ele está a serviço do espírito mercantilista

Papai Noel é um intruso, é uma farsa, uma mentira, um roubador de cena. Os holofotes precisam estar colocados sobre Jesus e não sobre ele.

Jesus é o dono, o sentido e a razão do Natal. Natal sem Jesus é festa pagã. Natal sem Jesus é festa gastronômica. Natal sem Jesus é apenas mercantilismo vazio. O conteúdo do Natal é salvação. O espírito do Natal é doação. É Deus se fazendo homem, o rico se fazendo pobre, o senhor se fazendo servo. Natal é dádiva de amor. O Natal é para todos. O Natal é Jesus.

Precisamos devolver o Natal ao seu legítimo dono. Precisamos dar a glória devida a Jesus e fazer dele o centro do Natal.

Outra marca da secularização do Natal é a...
2) UM JESUS QUE A BÍBLIA NÃO RECONHECE.

O nome de Jesus é muito conhecido e ignorado. Esse é um grande paradoxo. Ao mesmo tempo que se fala muito em Jesus, se conhece muito pouco sobre a pessoa bendita de Jesus Cristo, tal como a Bíblia o apresenta. QUEM É JESUS PARA O POVO BRASILEIRO? Essa pergunta é importante, tendo em vista que há uma absurda deturpação perceptível nas muitas caricaturas de um Jesus que a Bíblia não reconhece. Vejamos:

1) O Jesus milagreiro.A visão difundida por muitos, inclusive por algumas igrejas, é que Jesus é um milagreiro, pronto para curar qualquer de caso de enfermidade com a manifestação de uma força espiritual. Por trás desse espírito algumas igrejas se autodenominaram prontos-socorros espirituais quando na verdade o que acontece é curandeirismo em nome da fé. Isso é um desserviço ao evangelho. Esse suposto Jesus que mais parece um curandeiro é uma deturpação da pessoa do Senhor Jesus.

2) O Jesus Morto.Na maioria das repartições publicas, no retrovisor dos automóveis e estabelecimentos comerciais é possível observar o cristo morto dos crucifixos. Uma figura inoperante que não inspira esperança, mas comiseração. O crucifixo retrata e difunde a cruz como a derrota de Jesus Cristo. A figura do mártir bonzinho que foi morto e ponto final é um crime contra a pessoa do Senhor Jesus.

3) O Jesus da publicidade.Da camiseta ao chaveiro. Do adesivo no carro ao boné e em tantas outras bugigangas observamos um Jesus que é uma marca. É altamente rentável trabalhar com a imagem de Jesus, tendo em vista que ele parece cobrar direito de imagem. No Maranhão até um refrigerante levou a marca Jesus e fez tanto sucesso que a Coca Cola foi obrigada a comprar para não perder espaço no mercado.

4) O Jesus da LBV
O Jesus, de cabelos loiros e olhos azuis, é o maior garoto propaganda das instituições sociais. A maioria das campanhas com apelo social para socorrer os necessitados tem na figura de Jesus o marketing perfeito. Para muitas pessoas Jesus não é um ser real, mas um espírito que inspira o que há de melhor na humanidade. Para sensibilizar as pessoas não existe nada melhor do que mostrar o Jesus dos pobres e indefesos.


Precisamos comemorar o Natal com uma celebração festiva ao rei Jesus, que nasceu numa manjedoura, viveu como carpinteiro, morreu numa cruz, mas ressuscitou gloriosamente, para oferecer-nos o banquete da salvação. Que prevaleça a verdade sobre o mito!

Não temais, eis que trago boas novas de grande alegria: é que vos nasceu hoje, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Lucas 2.11

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Suíça considera legalizar o incesto


Por Michael Borges


Em mais um passo que demonstra de forma conclusiva os malefícios que descendem sobre uma sociedade que deixa de temer a Deus, políticos suíços tencionam legalizar o incesto. Eles consideram repelir as leis contra o incesto por as considerarem “obsoletas”. A câmara superior do parlamento suíço concluiu uma lei que visa a descriminalizar o ato sexual consentido entre membros da mesma família. Essa lei vai agora ser avaliada pelo governo. Só houve três casos de incesto no país desde 1984. Pelo menos casos reportados. A Suíça, que recentemente teve um referendo que aprovou uma lei que pune os imigrantes com a extradição por prática de alguns crimes, insiste que as crianças dentro das famílias vão continuar a ser “protegidas pelas leis que governam os abusos e a pedofilia”. Não se sabe como é que os esquerdistas vão fazer isso, mas eles de certo que têm tudo controlado.

Daniel Vischer, membro do Partido “Os Verdes”, afirmou que não vê nada de mal no ato sexual consentido entre adultos - mesmo que eles sejam da mesma família. Essa declaração não é surpresa uma vez que os esquerdistas apoiam qualquer medida que vise a destruir a instituição da família. O esquerdista afirma: “O incesto é uma questão moral delicada, mas não é uma que possa ser respondida pela lei penal.”

Barbara Schmid Federer, do Partido do Povo Cristão da Suíça, afirmou que a proposta da câmara superior é “totalmente repugnante”. O Partido Protestante Popular está também em oposição a essa lei. Um dos porta-vozes afirmou: “O assassínio também é bastante raro na Suíça, mas ninguém sugere que se removam dos nossos estatutos as leis que o castiguem.”

Conclusão: para aqueles cristofóbicos que supunham que seria possível manter a ordem social mesmo depois do desaparecimento da moral cristã, a realidade vai ser dolorosa. O que vocês vão ter é a total subversão da moral e dos costumes que serviram de fundamento para o sucesso social e econômico do mundo ocidental. Deus é o Fundamento Essencial para uma sociedade funcional e a História demonstra isso. Se rejeitamos o que Ele diz (e criamos nossa própria moral), a sociedade invariavelmente se degenera. Aconteceu com Israel dos tempos bíblicos, aconteceu com a Inglaterra e vai acontecer com os EUA, se eles continuarem a descender para a normalização da cristofobia. Não há uma única sociedade mundial que tenha sido criada, mantida e elevada à posição de relevo com base em ideologias anticristãs ou anti-Deus. A religião no geral, e o cristianismo, em particular, têm sido forças de orientação e controle sobre as paixões e falhas dos homens. Removendo esses limites, o homem fica à mercê dos demônios e do seu pecado.

“Na verdade que já os fundamentos se transtornam; que pode fazer o justo?” (Salmo 11:3).

“O Senhor está no Seu santo templo: o trono do Senhor está nos céus; os Seus olhos estão atentos, e as Suas pálpebras provam os filhos dos homens. O Senhor prova o justo; mas a Sua alma aborrece o ímpio e o que ama a violência. Sobre os ímpios fará chover laços, fogo, enxofre e vento tempestuoso: eis a porção do seu copo” (Salmo 11:4-6).

A SABEDORIA DE DEUS NOS BATISDORES DO NATAL




Por Judiclay Silva Santos

A vinda de Cristo ao mundo foi resultado de uma minuciosa preparação. Aquele que está assentado no trono e dirige a história, preparou todas as coisas para que seu Filho nascesse na plenitude dos tempos. Que tipo de preparação foi feita?


A preparação cultural – Deus preparou o berço cultural para a chegada do Messias, através do povo grego. O império grego disseminou a cultura grega e helenizou o mundo. A língua grega tornou-se universal. A comunicação ágil e ampla tornou-se possível. A disseminação das idéias ganhou celeridade. A mensagem do evangelho ganharia asas para voar até os rincões da terra através da língua grega. O Novo Testamento foi escrito na língua grega e por ser essa língua universal, a mensagem cristã alcançou todo o mundo em menos de um século.


A preparação política – Deus preparou o berço político para a chegada do Messias, através do povo romano. Se os gregos eram afeitos à filosofia, os romanos eram inclinados à política. O império romano dominou o mundo e estendeu o seu governo para quase todas as regiões do mundo antigo. Quando Cristo nasceu em Belém, o mundo estava sob o domínio de Roma. Através da conhecida Pax Romana, as guerras foram cessadas, os motins estancados, as rebeliões inibidas e um clima favorável à divulgação do evangelho estabelecido. Estradas foram abertas criando pontes de comunicação por todas as províncias do império. As viagens missionárias tornaram-se possíveis graças a esses avanços conquistados pelo império romano.


A preparação espiritual – Deus preparou o berço espiritual para a chegada do Messias, através do povo judeu. Em Abraão Deus escolheu um povo e fez dele seu instrumento para trazer ao mundo a sua revelação especial. Deus chamou dentre esse povo profetas que receberam e registraram as profecias sobre a vinda do Messias ao mundo. Israel deveria ser luz para as nações e manter viva a promessa da vinda do Messias. Deus usou os judeus como os instrumentos para escreverem o Antigo e o Novo Testamentos. Louvado seja o seu nome.


O Natal não é uma criação da igreja nem um subproduto do comércio, mas uma expressão graciosa dos eternos decretos de Deus, que nos amou a ponto de enviar seu Filho ao mundo para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Deus planejou tudo e levará tudo a bom termo por seu eterno poder e sua perfeita vontade.

sábado, 18 de dezembro de 2010

PAIS E FILHOS

Por Judiclay Santos


Hoje em dia, muitos filhos são órfãos de pais vivos. Uma das crises mais agudas na sociedade contemporânea é ausência dos pais na vida dos filhos.

Os pais estão sempre dizendo para os filhos: “Um dia desses teremos mais tempo. Esse dia nunca chega.” O diálogo está morrendo dentro dos lares. O silêncio no lar pode fatal para família; uma arma de terrível poder de destruição.

Quando os filhos são pequenos eles querem brincar com os pais e ficar com eles, mas quando crescem os pais querem ficar com os filhos, mas os filhos já não querem mais. O tempo de se dá tempo faz toda diferença.

No dia 16 de setembro de 2005 chegou ao fim a trajetória de crimes cometidos por um jovem chamado Pedro Machado Lomba Neto, o Pedro Dom. Um rapaz de classe média, criado na zona sul do Rio que começou a roubar movido pelo vício na cocaína, e que ganhou as páginas policiais pelos assaltos a residência e modo ousado como vivia.

Morreu aos 23 anos em um confronto com a polícia na Lagoa Rodrigo de Freitas, área nobre da capital carioca. Filho de pais divorciados, Pedro Dom, também era vítima de uma família desajustada, onde o seu pai fracassou no exercício da paternidade. Semanas depois da sua morte, seu pai deu uma entrevista. Com lágrimas ele confessou: “meu pecado foi estar ausente da vida do meu filho”. Aquele pai aprendeu, embora tarde demais, que nenhum sucesso compensa o fracasso do seu lar.

É preciso reconhecer que nós vivemos em um mundo caracterizado pela velocidade e escravizado pela pressa, onde todos lamentam a falta de tempo. Cuidado com o PRINCÍPIO DE PARKINSON: O trabalho aumenta a fim de preencher o tempo disponível.

Pesquisas indicam que nos últimos anos aumentou em mais de 100% os lares com mais de uma fonte de renda. Isso quer dizer que em muitos lares não apenas o pai, mas também a mãe e, em alguns casos, os próprios filhos também trabalham fora de casa. O reflexo direto dessa nova dinâmica da vida pós-moderna é a falta tempo para a família estar junta e nutrir um relacionamento saudável.

Essa dinâmica da família urbana das grandes cidades veio pra ficar. Sendo assim, o maior risco que todos nós corremos é permitir que aquilo que é urgente tome o lugar do que é importante.

A urgência é uma necessidade imediata, que exige uma resposta na hora. Aquilo que é urgente pode tomar horas de nosso tempo. O importante nem sempre exige uma ação imediata, e por essa razão vai sendo deixado para depois. O relacionamento com os filhos não é urgente, mas é sumamente importante.

C. S. Lewis nos dá um sábio e oportuno conselho:
"Ponha as primeiras coisas em primeiro lugar e teremos as segundas a seguir; ponha as segundas coisas em primeiro lugar e perderemos ambas".

A questão não é a falta de tempo mais a escolha do que você faz. O segredo não é priorizar as atividades em sua agenda, mas agendar suas prioridades pré-estabelecidas. Pergunta chave que cada um deve fazer: Quem são as pessoas mais importantes em minha vida e qual o espaço que possuem em minha vida?


Li alguns anos atrás uma interessante história de um bem sucedido advogado de Nova Iorque. Falando a um grupo de profissionais liberais ele compartilhou sobre O MELHOR PRESENTE: “O maior presente que já recebi foi uma pequena caixa que recebi de meu pai um Natal. Dentro estava um recado que disse, ‘Filho, este ano eu lhe darei 365 horas, uma hora a cada dia depois do jantar. É sua. Falaremos daquilo que você quiser falar, iremos por onde você quiser ir, brincaremos com o que você quiser brincar. Será sua hora!’ Meu pai não somente guardou aquela promessa”, disse o advogado, “Mas, a cada ano ele a renovou – e é o melhor presente que recebi na minha vida. Eu sou o resultado do tempo dele.”

Dê tempo para os seus filhos para o bem deles e seu também. Lembre-se: O tempo de dá tempo faz toda diferença. O que é mais importante deve vir em primeiro lugar.

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.

Eclesiastes 3.1.

Que Deus abençoe a sua vida e lhe dê a graça de ser um pai vitorioso.




A MORTE DA MORTE



Por Judiclay Santos




A derrota da morte pela ressurreição é um tema predominante nos escritos espirituais da tradição cristã. O famoso poeta metafísico inglês John Donne (1571-1631) elabora com maestria as implicações da doutrina da ressurreição para nossa atitude em relação à morte. Em sua monumental obra Divine Meditations, Donne apresenta a derrota da morte pela ressurreição. Segue abaixo um pequeno e instrutivo extrato do seu poema:


Não te orgulhes, ó morte, embora alguns te chamem
Poderosa e valente, tu não o és,
Pois aqueles que pensas que abateste
Não morrem, pobre morte, tampouco podes matar;

Do descanso ao sono, que refletes quem és.
Muito prazer vem de ti, muito mais deve fluir,
E logo o melhor de nós contigo irá,
Descanso dos ossos e entrega da alma.

És escrava do destino , da sorte, de reis e homens desesperados,
Habitas com o veneno, a guerra e a enfermidade,
Papoulas e encantamentos também nos fazem dormir,
Melhor do que teu golpe; por que então te envaideces?
Um rápido descanso, acordamos eternamente,
E não haverá mais morte; Morte, tu morrerás.



A morte é retratada em termos pessoais como alguém que diz ter poder sobre a humanidade. A última declaração de Donne é que a própria morte foi derrotada. Embora não se mencione explicitamente a ressurreição de Cristo, está claro que ela representa a força por trás do pensamento.


Nas palavras de outro notável inglês, o erudito puritano John Owen, A MORTE FOI MORTA NA MORTE DE CRISTO. Graças à obra de Cristo na cruz e sua subseqüente ressurreição, “a morte é como uma espada embotada, fere, mas não mata”, diz o ilustre reformador João Calvino.
O cristão pode celebrar a vitória de Cristo sobre a morte e fazer coro com o apóstolo Paulo:


Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.
Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.
1 Coríntios 15.55-57

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

LEORNAD RAVENHILL



Leonard Ravenhill, por meio de sua poderosa e eficaz pregação, nos leva a entender porque o Dr. Lloyd Jones definia pregação como "lógica em fogo". A verdadeira pregação é algo distintivo e muito especial. Pregação é um meio de graça.

Existem hoje muitos palradores, mas bem poucos pregadores. Medite nisso e peça a Deus que levante homens que preguem a Palavra, no poder do Espírito Santo.

sábado, 4 de dezembro de 2010

ADORE TE DEVOTE

Por Judiclay S. Santos

Adore te devote é um famoso hino, tradicionalmente atribuido a Tomas de Aquino(1225--74). A leitura desses hinos revelam, entre outras coisas, a abissal diferença entre a liturgia de ontem e a de hoje. A igreja contemporânea, via de regra, tem sido tão empoprecida na sua liturgia que sua mediocridade chega a níveis íntoleráveis. Estou cansado de ouvir canções rasas, insípidas e monocromáticas, e o pior de tudo, heréticas. Precisamos regressar as antigas veredas e cantar as Escrituras, usando os dons e talentos dados pelo bendito Deus para enaltecer seu nome e sua obra, na criação e na redenção.

Ouvir e cantar esses clássicos da hinódia cristã não significa despreza o presente nem negar o fato de temos bons compositores e excelentes músicos na atualidade (embora sejam poucos). O que pretendo dizer é que adoração não é apenas cantar, mas é fundamentalmente é reconhecer quem Deus é e o que ele tem feito e ser tomado por um senso de maravilha tal que sejamos inclinados a glorificá-lo com tudo o que temos e somos.

O hino ADORE TE DEVOTE está cheio de santa reverência diante do Eterno.



Divindade escondida, a quem eu adoro,
Escondida nessas simples sombras, formas e nada mais;
Vê Senhor, ao teu serviço meu coração se dedica,
Tudo desfalece ao contemplar a ti, ó Deus.



Tu, que nos fazes lembrar do Cristo crucificado.
Ó pão da vida que por nós morreu,
Concede a vida a mim: nutre e alegra a minha mente,
Encontra nela sempre a ternura do saber.



Jesus, a quem ainda vejo de forma escondida,
Suplico, envia-me aquilo que tanto anseio:
Um dia comtemplar-te-ei face a face.
Que eu seja bedito para sempre diante da tua glória.



Meus caros leitores, que o Deus de toda graça nos dê um coração, cujo maior anseio seja conhecê-lo, amá-lo e adorá-lo no tempo e na eternidade.


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A DOUTRINA DA ENCARNAÇÃO

Por Judiclay Silva Santos

A doutrina da encarnação é uma das mais peculiares e importantes doutrinas cristãs. A palavra encarnação vem do latim e significa “ser em carne”. No prólogo do evangelho de João (Jo 1.1-18) está escrito: “Aquele que é a Palavra de Deus tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como a do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e verdade. (Jo 1.14) Observe que a Palavra, termo empregado para alguém vivo e imortal, tornou-se (entrou na história humana) carne, algo finito, humano e mortal. A idéia da “encarnação” significa Deus tomando a forma de corpo humano, submetendo-se a um processo voluntário de humilhação para entrar na história humana e assumir toda a experiência da existência como ser humano. O brilhante teólogo, Anselmo de Cantuária (1033-1109), tratou com maestria essa doutrina em seu livro Por que Deus se fez homem? Segue abaixo um resumo da perspectiva teológica de sua monumental obra.

1) Deus criou a humanidade originalmente em estado de retidão com o objetivo de conduzi-la a um estado de bem-aventurança.

2) O estado de eterna bem-aventurança depende da obediência humana a Deus. Entretanto, por causa do pecado, a humanidade é incapaz de alcançar a necessária obediência, que parece frustrar o propósito inicial de Deus quando criou a humanidade.

3) Uma vez que é impossível frustrar os propósitos de Deus, deve haver algum meio pelo qual essa situação pode ser reparada. Contudo, isso só pode acontecer se houver compensação pelo pecado. Em outras palavras, algo precisava ser feito para que a ofensa provocada pelo pecado humano pudesse ser removida.

4) Entretanto, não há como a humanidade providenciar a compensação necessária. Ela não possui os recursos necessários para atender a compensação exigida.

5) Portanto, um “Deus-homem” teria tanto a habilidade (como Deus) quanto a obrigação (como ser humano) para atender à compensação exigida. Portanto, a encarnação acontece para que a compensação exigida seja atendida; a humanidade, redimida.

O natal é a celebração do nascimento de Jesus, nosso bendito Emanuel. O Deus Filho, co-igual e co-eterno com o Pai, escolheu encarna-se, assumindo um corpo humano, para assim sofrer as nossas dores e morrer a nossa morte. Jesus é único porque somente ele é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, nosso Salvador.