segunda-feira, 30 de março de 2009

QUATRO VERDADES SOBRE A MORTE

Sermão pregado na Igreja Batista Betel de Mesquita
Data: 15-03-2009

Pr. Judiclay Silva Santos


Na semana passada eu estive por duas vezes no cemitério acompanhando duas famílias no velório de seus entes queridos. É duro constatar que pessoas amadas, parentes e amigos, sejam tomados da vida antes de nós. Quem passa por essa experiência sente a falta da pessoa e lamenta.

As pessoas que nós amamos podem morrer antes de nós, mas o nosso dia também chegará. Ontem foram eles. Amanhã seremos nós. Nossa vida é como uma neblina passageira, que surge, e logo depois desaparece (Tiago 4.14).

A realidade da morte tem sido ao longo desses séculos a mais preocupante questão que o homem enfrenta. Antigamente se pensava mais sobre a morte, hoje em dia, com os avanços da medicina moderna, a maioria das pessoas vive como se a morte fosse algo que só acontecesse com os outros. Mas o fato inegável é que todos nós morreremos. A morte é uma universal e inevitável realidade.

O QUE É A MORTE?

Uma pesquisa realizada na França abordou essa questão com uma pergunta bem direta: “Para você, o que é morte?” Vejam o resultado publicado no famoso jornal francês Le Mond.

8% das pessoas declararam-se sem opinião.
37 % disseram que a morte é o fim de tudo, que depois dela não existe nada.
33% falaram de uma passagem para qualquer coisa, mas não sabem dizer do que se trata; lá chegando, se verá.
22% declarou que a morte é a entrada na vida eterna.

Segundo essa pesquisa há quatro tipos de pessoas:

1) Gente que não tem opinião formada, que se mostra até mesmo indiferente.
2) Gente que afirma que a morte é o fim da existência. A morte é o ponto final.
3) Gente que acredita em alguma realidade pós-morte, mas não sabe o que.
4) Gente que vê a morte como porta de entrada na vida eterna.

Como é que você encara a morte?

Paulo escreveu aos crentes de Tessalônica, para trazer-lhes entendimento e conforto, pois estes estavam muito entristecidos com a morte de seus irmãos em Cristo.

“Irmãos, queremos que saibam a verdade a respeito dos que já morreram, para que não fiquem tristes como aqueles que não tem esperança”. 1 Tessalonicenses 4.13

Com estas palavras e em todo o contexto dessa passagem, Paulo abre as cortinas do futuro e nos mostra que o amanhã não está envolto em trevas. A caminhada cristã não é em direção ao desconhecido. Nosso destino é certo e glorioso. Há luz no fim do túnel.

Duas considerações preliminares:

1) A tristeza e a desesperança são comuns entre os que não conhecem a Deus.

No mundo pagão não havia esperança. O futuro era incerto, sombrio e ameaçador. A reação face à morte era de profunda tristeza. O verbo empregado por Paulo aqui denota “tristeza contínua”. Esse tipo de tristeza é comum entre aqueles que não conhecem a Deus. Esse tipo de tristeza é filha da desesperança.

Os crentes de Tessalônica, egressos de uma cultura sem Deus e sem esperança estavam se entristecendo porque achavam que os irmãos que haviam morrido tinham perecido. Entre os que não conhecem a Deus, que vivem à parte das gloriosas bênçãos que há em Cristo Jesus, de fato não há esperança. Tudo é incerto e sombrio. Mas aquele que está em Cristo tem um futuro maravilhoso. Seu destino é a glória por meio de Jesus Cristo.

2) A revelação de Deus em sua Palavra nos dá uma firme e segura esperança.

Nosso Pai celestial providenciou através de sua fidedigna Palavra, suficiente informação para que pudéssemos estar seguros quanto ao nosso destino. Não estamos perdidos e inseguros diante do desconhecido. Não precisamos sucumbir às especulações dos homens que inventam respostas fantasiosas. Paulo escreve para abrir os olhos deles e oferecer uma sólida base para a esperança cristã em reposta ao o dilema da morte.

O Senhor Jesus disse ao algo maravilhoso: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. De fato a verdade tem o poder de libertar.

Quero compartilhar com você quatro verdades sobre a morte.

1) A MORTE TEM A SUA ORIGEM COM O PECADO.

Ao criar o homem e concede-lo a gerência da criação, Deus fez um pacto como homem. Esse pacto é chamado na teologia reformada de “aliança das obras”.

Ela começa com uma condicional. Se o homem vivesse em obediência ao Criador, cumprindo a vocação para a qual ele foi criado: viver para o louvor da glória de Deus, ele desfrutaria de um estado de bem aventurança e felicidade eterna. Mas, a violação do pacto, a desobediência a Deus implicaria na justa punição, uma conseqüência inevitável.

A Bíblia diz que a pena de morte (em todas as suas dimensões) seria a conseqüência da desobediência. Observe o ensino bíblico em Gênesis 2.15-17

“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar. E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Gênesis 2. 15-17

O desenrolar dessa história nós sabemos. Adão e Eva, nossos primeiros pais pecaram contra o Senhor; eles caíram e com eles toda sua descendência. Assim sendo, Deus fez justiça, aplicando as penalidades anunciadas.

A morte física é um dos aspectos da penalidade. No conjunto de maldições decretadas e aplicadas por Deus está a morte física e não apenas a morte espiritual, que também é uma realidade tendo em vista que o pecado faz separação entre o homem e Deus, fonte da vida.

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. Romanos 5.12

O pelagianismo, uma corrente teológica herética que nasceu no 5o século e continua viva em muitos círculos, dizia que a morte não era conseqüência do pecado, mas o curso natural da vida. A igreja combateu fortemente essa heresia, sobretudo através de Agostinho que se opôs veementemente aos ensinos de Pelágio, um monge britânico.

O pelagianismo, entre outras coisas, ensinava que a morte é natural. Para Pelágio a morte não tem relação direta com o pecado, mas é o curso natural da vida. Adão e Eva morreriam quer pecasse ou não. Todavia, o que a bíblia ensina é que a morte tem a sua origem no pecado.

No concílio de Cartago em 418, no norte da África, a igreja lançou um anátema, uma maldição contra quem quer que diga: “Que Adão, o primeiro homem, foi criado mortal, de maneira que, pecasse, ou não, morreria, não como salário do pecado, mas por necessidade da natureza”.

Ao fazer isso, a igreja estava preservando o ensino bíblico que afirma que a morte é a conseqüência do pecado e não o curso natural da existência humana. Paulo estava certo ao dizer: “Porque o salário do pecado é a morte”. Romanos 6.23 “

Comentando esta passagem bíblica, Matthew Henry disse: “A morte é devida ao pecador como o salário é devido a um trabalhador”.

A ciência moderna, influenciada por filósofos naturalistas que ignoram a doutrina cristã, tem dito que a morte física é um fenômeno natural do organismo. Isso é um erro. A própria experiência humana confirma que a morte é algo estranho à nossa natureza.

ILUSTRAÇÃO: Certa vez oficiei a cerimônia fúnebre de um garoto de 7 anos de idade, vítima de uma doença crônica. Foi duro ver os irmãos e primos em volta do caixão chorando sem entender a razão da morte de seu querido. Meu coração foi esmagado ao ver essa cena. No cemitério o que vermos no rosto das pessoas é que a morte é antinatural.

O testemunho das Escrituras é suficiente para crermos que a morte, física e espiritual, é uma conseqüência direta do pecado. O pecado é o vírus da morte que contaminou toda humanidade. “A própria existência do medo da morte, que é a raiz de praticamente todos os temores humanos, é uma clara indicação de que a morte não é um fato natural, embora sua incidência seja universal”. Akbar Abdul-Haqq

O pecado afetou todo homem e o homem todo, não apenas alguns homens ou partes do homem. Assim sendo, a morte agora é uma realidade que afeta todo homem e o homem todo. O pecado e a morte estão interligados. Se não fosse por causa do pecado, a morte nunca teria tido um princípio; se não fosse por causa da morte, o pecado nunca teria fim. Willian Dyer

Estejamos certos de que a morte é uma penalidade aplicada ao homem por causa do pecado.

2) A MORTE É INEVITÁVEL, MAS NÃO É O FIM DA EXISTÊNCIA.

Quem há que viva e não veja a morte?
Ou que livre a sua alma das garras do sepulcro? Salmo 89.48


A ironia é que o fato mais certo da vida é a morte. Todos nós iremos morrer. É só uma questão de tempo. Embora exista divergência quanto ao significado da morte, trata-se de uma realidade incontestável. Ninguém pode negar a realidade da morte. Ela chega para todos. Em todo o mundo, morrem milhares de pessoas todos os dias.

A morte é inevitável; é só uma questão de tempo. Mas, o que muitos negam e tantos outros ignoram é que a morte física é aplicação da penalidade. Imposta por Deus. No conjunto de maldições decretadas e aplicadas por Deus, consta a morte física.
No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás. Gênesis 3.19

ILUSTRAÇÃO: Os habitantes de Esparta, cidade da antiga Grécia, certos de que o fim de seus dias também chegaria, homenageavam seus mortos, cantando assim:
“Nós somos o que vocês foram. Nós seremos o que vocês são”.

Estamos todos na fila da morte. Não sabemos qual o nosso lugar, quem está à frente ou vem atrás de nós. A cada dia, hora e minuto, nossa vez se aproxima mais. Um relógio implacável e invisível bate impiedosamente, assinalando o tempo, cada vez menor, que falta para nosso encontro com a morte. A morte não falha, não falta ao compromisso. Ele vai chegar.

SIM, A MORTE É INEVITÁVEL. NO ENTANTO, MORRER NÃO É DEIXAR DE EXISTIR.

Há quem pense que depois da morte não há mais nada. Muitos acreditam que ao morrer a pessoa deixa de existir. O poeta gaúcho, Mário Quintana dizia: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." Por trás dessas palavras está a idéia muito comum de que tudo termina no cemitério. A morte é vista como o fim da existência.

Todavia não é isso o que a bíblia ensina. A morte não significa fim da existência. Não se trata de cessação da vida.

O renomado teólogo Louis Berkhof define a morte como sendo, “o fim da vida física, a separação do corpo e da alma”. Wayne Gruden, outro notável teólogo diz que “a morte é a interrupção temporária da vida no corpo e a separação da alma do corpo.”

A bíblia ensina que há uma realidade após a morte. Cada pessoa irá comparecer diante de Deus para prestar contas de sua vida.
“Desta mesma forma, como o homem está destinado morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo”. Hebreus 9.27

Segundo as Escrituras, o corpo e a alma são separados pela morte. O corpo volta ao pó da terra, e aguarda a ressurreição. A alma é levada a um lugar intermediário até o dia do juízo. O crente em Cristo desfruta da presença de Deus. Como o Senhor disse ao ladrão arrependido, crucificado ao seu lado: Hoje mesmo estarás no paraíso comigo. Os ímpios sofrem castigo logo após a morte, como o Senhor Jesus ensinou na passagem acerca do destino de Lázaro e o homem rico. Lázaro vai para o seio de Abraão, mas o homem rico que não temia ao Senhor vai para o Hades, um lugar de tormento.

“Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e horror eterno”. Daniel 12.2

Há um profundo mistério acerca da morte e são muitas as interrogações sobre o que acontece depois da morte. A morte é mais do que simplesmente morrer. A morte não é o fim de todas as coisas. Embora o cristão esteja sujeito a morte física, por causa do que Cristo fez em seu favor, a morte passa a ser lucro.

Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Fp 1.21 Isso porque morrer é estar com Cristo eternamente. O teólogo Karl Rahner: “A morte é uma queda, que a fé interpreta como queda nos braços de Deus, nosso Pai”.

3) A MORTE MEXE COM AS NOSSAS EMOÇÕES PROVOCANDO TRISTEZA E DOR.

Cemitério é lugar lamento e choro. Quem ama sofre a dor provocada pela morte de um ente querido. A morte tem sido a causa de muita tristeza.

Uma das mais profundas e comoventes passagens do NT está registrada em João 11. Muitas preciosas verdades foram ensinadas no velório de Lázaro.

Lázaro adoeceu e depois venho a falecer. O Senhor Jesus o amava, mas isso não o isentou de ficar doente e de vir a falecer. A morte é inevitável. Ela chega mesmo para aqueles servem ao Senhor e às vezes pode chegar abruptamente.

Lázaro estava morto e todos aqueles que o amavam estavam entristecidos. Quando o Senhor Jesus chegou ali ele viu uma família esmagada pela dor e sufocada pela tristeza.

Francis Schaeffer faz notáveis observações sobre a reação de Jesus diante do sofrimento daquela família. Ao chegar naquele velório o Senhor reagiu de duas maneiras ante a morte de Lázaro.

DOIS SENTIMENTOS TOMARAM O CORAÇÃO DO SENHOR.

1) INDIGNAÇÃO
“Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se”. João 11.33

“Ele se agitou em espírito”. Outra versão diz que “ele ficou perturbado”, no sentido de irado, indignado. Sua ira acendeu-se contra o pecado, que é a causa primária da morte. O Senhor sentiu indignação contra os efeitos terríveis do pecado. A dor e a tristeza que as pessoas estavam sentindo naquele velório tinham como causa primária o pecado. A ira do Senhor é contra o pecado que trouxe a morte e conseqüentemente tanto sofrimento.

2) COMPAIXÃO
“Jesus chorou”. João 11.35

Diz o texto que “Jesus chorou”. O menor verso da Bíblia é ao mesmo tempo grande na revelação do coração de Jesus. Por que chorar se ele sabia que dentro de alguns instantes Lázaro estaria vivo?

Penso que Jesus chorou porque compartilhou da dor daquela família. Ele chorou com os que choravam embora soubesse que a tristeza não tinha a última palavra. Ele revelou o seu coração cheio compaixão pelos que sofrem.
Com isso nós aprendemos o valor do luto. Respeitar a dor provocada pela morte de uma pessoa querida. O cristão não deve adotar uma postura estóica que suprime a dor. Quando Estevão morreu, Lucas narra que “alguns homens piedosos fizeram grande pranto sobre ele”. A morte traz dor e tristeza. O Senhor Jesus lamentou a morte de seu amigo. O choro de Jesus dá legitimidade ao nosso pranto.

Por fim, a última verdade é uma boa notícia, na qual nos regozijamos.

4) A MORTE FOI DERROTADA POR JESUS CRISTO

Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. 1 Coríntios 15.55-56


Paulo faz alusão ao texto de Oséias 13.14, para falar sobre a vitória de Cristo sobre a morte. Estes versos, segundo muitos estudiosos foram usados na igreja primitiva como uma canção triunfante. É uma canção de vitória porque Jesus Cristo derrotou a morte.

Paulo pergunta: Onde está, ó morte a tua vitória? Onde está o teu aguilhão? A palavra aguilhão é uma tradução da palavra grega kentron que pode significar “a ferroada de um escorpião sem veneno”. Ora, se o aguilhão da morte é o pecado e se os nossos pecados foram perdoados por Cristo na cruz, a morte pode ser comparada a um escorpião sem veneno, fere, mas não mata.

Paulo está dizendo que a única arma que a morte tem para aplicar um golpe fatal é o pecado, mas se o pecado foi pago por Cristo, a morte não pode mais nos ferir fatalmente. João Calvino comparou a morte a uma espada embotada, que fere, mas não mata.

A morte ainda é uma realidade. A Palavra diz que “o último inimigo a ser destruído é a morte” (1 Co 15.26) Mas Deus, soberanamente, usa até a morte para cumprir os seus propósitos e exaltar a sua majestade e glória.
Por conta disso, Paulo declara: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. 1 Coríntios 15.57

Como povo do Senhor, devemos ser gratos a Ele pela vitória que temos em Cristo. A vitória que temos em Cristo a que Paulo se refere aqui envolve a pagamento dos nossos pecados com o seu sangue; a libertação da culpa que é a maldição da lei; a satisfação da lei que é imputada a nós e nos torna justos diante de Deus e todos os demais benefícios que fluem de Cristo a nós por meio do qual somos vitoriosos.

No século 17, John Owen escreveu um livro que causou um grande impacto. O título do livro: “A morte da morte na morte de Cristo”. A morte de Cristo na cruz derrotou a morte e garantiu a nossa vitória.

AGORA PERMITA QUE EU COMPARTILHE DUAS GRANDES VITÓRIAS QUE TEMOS EM CRISTO.

1) LIBERTAÇÃO DO MEDO DA MORTE.

No fundo o homem teme a morte. A humanidade passa pela vida como escrava desse permanente temor. As pessoas não gostam de pensar acerca da morte muitos menos de falar sobre esse assunto. Muitos não reconhecem, mas a morte provoca medo em muita gente. O autor de Hebreus nos traz uma profunda verdade na qual nos gloriamos.

“Visto que nós, os filhos de Deus, somos seres humanos feitos de carne e sangue. Ele se tornou carne e sangue também pelo nascimento em forma humana; Pois somente como ser humano ele poderia morrer, e morrendo esmagar o poder do diabo, que tinha o poder da morte. Só dessa maneira é que Ele poderia libertar aqueles que, pelo medo da morte, tem passado a vida toda como escravo de um permanente temor”. Hb 2.14-15 (Bíblia Viva)

Essa é uma passagem riquíssima. Seu ensino pode ser sumariado da seguinte maneira:

1) A encarnação do Filho de Deus foi necessária para que Ele se fizesse gente e assim pudesse morrer em nosso favor.
2) Em sua morte Cristo destruiu o poder do diabo, que tinha o poder da morte.
3) A morte de Cristo nos liberta do medo da morte e nos garante vida eterna.

Evidente que dependendo das circunstâncias em que a pessoa morre, até o cristão pode ser tomado por certas inquietações diante da morte. Mas o pavor, o medo que a incerteza quanto ao seu destino após a morte pode trazer já não existe.
“Não temas, eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.” Ap 1.1.17ª-18

2) CERTEZA DA RESSURREIÇÃO
A redenção do corpo é uma doutrina bíblica. Receberemos um corpo semelhante ao corpo glorioso de nosso bendito Senhor Jesus Cristo. A bíblia não ensina que seremos almas desencarnadas no céu. Haverá ressurreição do corpo.

“Aquele que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará os vossos corpos mortais através do seu Espírito que habita em nós”. Romanos 8.11

“A nossa pátria está nos céus de onde aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo vil à semelhança do seu corpo glorioso”. Fp 3.20

“A hora vem em que todos os que estiverem no túmulo ouvirão a sua voz e sairão, os que estiverem feito o bem para a ressurreição da vida, e os que tiverem feito o mal para a ressurreição do juízo” (Jo 5.28-29)

CONCLUSÃO:
As verdades aqui expostas à luz da Palavra de Deus, nos trazem consolo e advertência.

1) SIM! Há esperança para o povo de Deus.

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá”. Jo 11.25
Jesus Cristo é soberano. Toda autoridade lhe foi dada no céu e na terra. Quem crê em Jesus e vive nele não tem o que temer. Somos filhos da esperança. Cremos na vida eterna em Cristo. Portanto, “Cuide de sua vida, e o Senhor cuidará de sua morte”. George Whitefield

2) CUIDADO! Esteja preparado.
Que é a sua vida? Vocês nem sabem o que sucederá amanhã! Vocês são como neblina que aparece por um tempo e depois se dissipa. Tiago 4.14

A brevidade da vida deveria levar homens e mulheres a serem mais vigilantes e a buscar se prepararem para a morte.

Em uma entrevista a prestigiada revista americana Time, o evangelista Billy Graham fez uma contundente declaração:

“É estranho que os homens se preparem para tudo, exceto para a morte. Nós nos preparamos para a instrução. Preparamo-nos para o trabalho. Preparamo-nos para nossa carreira. Preparamo-nos para o casamento. Preparamo-nos para a velhice. Preparamo-nos para tudo, menos para esta hora tão certa como o agora”.

“Preparar-nos para o último dia deve ser a ocupação de todos os dias”. Matthew Henry


Ora, Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos; porque para ele todos vivem. Lucas 20.38

Como Jô, no Antigo Testamento, os discípulos de Jesus Cristo podem dizer:

“Verei a Deus. Eu o verei, eu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão”. Jó 19,27:






DOZE CONSELHOS PARA TER UM INFARTO FELIZ !

Por Dr. Ernesto Artur -Cardiologista

Quando publiquei estes conselhos 'amigos-da-onça' em meu site, recebi uma enxurrada de e-mails, até mesmo do exterior, dizendo que isto lhes serviude alerta, pois muitos estavam adotando esse tipo de vida inconscientemente.

1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos.

3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.

4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem.

5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias,conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.

6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.

7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, ISSO É BESTEIRA. Tempo é dinheiro.

8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro. (e ferro, enferruja!!. .rs)

9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo. Afinal,você é insubstituível!

10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego está faltando, surge aquela dor de estômago, a cabeça não anda bem. Simples, tome logoestimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo, novinho em folha.

11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida.

domingo, 22 de março de 2009

EGOÍSMO – AMOR MAL DIRECIONADO

Certo homem, muito rico, sentindo que ia morrer, pediu papel e caneta e escreveu assim: “Deixo os meus bens minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres”. Não teve tempo de pontuar – e morreu. A quem ele deixava a fortuna que tinha? Eram quatro os concorrentes.

Chegou o sobrinho e fez a seguinte pontuação: “Deixo os meus bens minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.

A irmã do morto chegou em seguida, com outra cópia do documento e pontuou-o deste modo: “Deixo os meus bens minha irmã.Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.

Surgiu o alfaiate que, pedindo uma cópia do original, fez estas pontuações: “Deixo os meus bens a minha irmã? A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.

O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade, e um deles, mais sabido, tomando outra cópia, pontuou-a assim: Deixo os meus bens a minha irmã? A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.

Seria esta apenas uma historieta ou uma instrutiva ilustração da realidade humana? Creio que o egocentrismo é a causa primária do conflito nos relacionamentos humanos. É por causa do amor próprio, do amor ao dinheiro e do amor aos prazeres que a sociedade padece uma aguda crise relacional. A pessoa egoísta é a melhor amiga de si mesma.

No universo há Deus, pessoas e coisas. Nós devemos adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. Se começamos adorando a nós mesmos, nós iremos ignorar Deus, amar as coisas e usar as pessoas. O egoísmo é o amor mal direcionado. O amor próprio no lugar errado abre caminhos para todas as falhas humanas. O egocentrismo é um ato de impiedade. Buscar apenas os seus interesses próprios sem se importar com o outro é andar na contramão do evangelho. Os discípulos de Jesus Cristo, adoram a Deus, amam as pessoas e usam as coisas. Eles vencem o egoísmo.


quinta-feira, 19 de março de 2009

NO PRINCÍPIO...O QUÊ?

Darwin, o evolucionismo e os cristãos Há exatos 150 anos o mundo científico e o mundo religioso foram abalados pelo lançamento de um livro. O impacto dessa obra resultou do fato de que o autor propunha uma explicação muito diferente daquela aceita tradicionalmente para a grande diversidade das formas de vida existentes na Terra. O livro foi “A Origem das Espécies” (1859) e seu autor, o biólogo e naturalista inglês Charles Robert Darwin (1809-1882). Segundo Darwin, todas as espécies de seres vivos hoje existentes, inclusive o ser humano, evoluíram a partir de um ancestral comum por meio de mutações graduais (variações espontâneas) e da seleção natural (sobrevivência dos mais aptos). Assim, ao longo de um imenso período de tempo organismos vivos simples deram origem a outros mais complexos meramente através de leis naturais intrínsecas, sem intervenção externa sobrenatural. É claro que essas proposições representavam um sério desafio para a fé cristã histórica.

Evolução de uma teoria
A idéia da evolução não surgiu com Darwin. Na antiguidade, ela já havia sido proposta pelo filósofo grego Anaximandro. Na primeira metade do século 19 tinha sido levantada por diversos cientistas, inclusive o avô de Darwin. Inicialmente foi aplicada à geologia, para então estender-se à biologia. Um evento decisivo para Charles Darwin foi a famosa viagem de estudos que fez à América do Sul no navio Beagle, durante cinco anos, na década de 1830. Nessa viagem, ele passou pelo Brasil, mas fez suas observações mais importantes nas ilhas Galápagos. Darwin inicialmente era um homem religioso, tendo inclusive, quando jovem, considerado a carreira ministerial. Em “A Origem das Espécies”, ele deixou algum espaço para a crença em Deus. Todavia, em sua outra obra sobre o assunto, “A Descendência do Homem” (1871), assumiu uma postura mais agnóstica. Ainda assim, quando morreu foi sepultado na Abadia de Westminster, a poucos metros do túmulo de Isaac Newton.


Rapidamente a teoria da evolução alcançou notoriedade e crescente aceitação. Um dos principais responsáveis por isso foi T. H. Huxley, o indivíduo que cunhou o termo “agnóstico”, que utilizou para descrever sua própria posição. Curiosamente, muitos líderes religiosos foram simpáticos à nova teoria. Dentre eles, podem ser mencionados Frederick Temple, futuro arcebispo de Cantuária, Lyman Abbott, influente clérigo americano, e Henry Drummond, biólogo e pastor escocês. Para eles, a evolução era um sinal da providência de Deus e de seu contínuo trabalho em sua criação. Outros, porém, como o pregador calvinista inglês Charles H. Spurgeon, manifestaram sua contrariedade. Na comunidade científica, com o passar dos anos a teoria evolucionista se tornou a doutrina universalmente aceita, a posição consagrada pela academia.


O julgamento do macaco
Nos primeiros cinqüenta anos após a publicação do clássico de Darwin, as reações contra o conceito de evolução biológica foram relativamente limitadas nos círculos cristãos. Na verdade, alguns aspectos do evolucionismo ganharam simpatizantes não só entre os teólogos liberais, mas também entre alguns conservadores. Dois exemplos conhecidos são o presbiteriano Benjamin B. Warfield e o batista Augustus H. Strong. Essa situação mudou radicalmente a partir da década de 1920, com a eclosão do movimento fundamentalista nos Estados Unidos. Em sua luta ferrenha contra o modernismo, os fundamentalistas adotaram uma posição antievolucionista radical. Para eles, a teoria da evolução era um sério atentado contra a inspiração e autoridade das Escrituras, pois colocava em dúvida o relato da criação contido no livro do Gênesis.


Um episódio constrangedor para esse grupo ocorreu em julho de 1925 na cidadezinha de Dayton, no Tennessee. John T. Scopes, um professor de biologia, havia ensinado a teoria da evolução em suas aulas no curso secundário, o que violava uma recente lei estadual. Quando o caso foi levado a julgamento, os dois principais assistentes da acusação e da defesa foram, respectivamente, o ex-candidato a presidente William Jennings Bryan, representante da posição fundamentalista, e o advogado agnóstico Clarence Darrow. O evento, que ficou conhecido como “monkey trial” (julgamento do macaco), teve enorme cobertura da imprensa, tendo sido o primeiro julgamento dos Estados Unidos a ser transmitido pelo rádio em âmbito nacional. Ao ser interrogado por Darrow sobre questões de Bíblia e ciência, Bryan se mostrou vacilante em muitas de suas respostas. A posição conservadora deixou uma imagem de estreiteza de mente e superficialidade.


Um desafio real
Para os cristãos, o maior problema de muitos evolucionistas está em sua postura filosófica -- o naturalismo -- que nega “a priori” qualquer lugar para Deus nos fenômenos estudados pela ciência. Esses cientistas afirmam dogmaticamente que questões de fé e questões de ciência são compartimentos estanques, incomunicáveis. O autor Phillip E. Johnson é um dos mais respeitados críticos das pretensões filosóficas das teorias darwinistas e neodarwinistas. Ele demonstra que os defensores da evolução naturalista são tão condicionados por pressuposições sobre a realidade e o conhecimento quanto os seus opositores. Dois bons livros de Johnson que abordam esses temas são “Darwin no Banco dos Réus” (Cultura Cristã) e Ciência, Intolerância e Fé (Ultimato). Esse e outros estudiosos teístas argumentam que existem questões cruciais para as quais a abordagem naturalista não tem uma resposta convincente, a começar da origem da vida e das leis precisas e universais que regem toda a realidade. Alguns deles, não necessariamente religiosos, têm proposto o conceito de “projeto inteligente” (Intelligent Design).

No âmbito do cristianismo, tem existido uma variedade de posições em relação ao assunto. Uma abordagem é o “evolucionismo teísta”, segundo o qual Deus criou de maneira direta no início do processo e desde então atua somente através de causas secundárias por meio da evolução biológica. Um exemplo clássico desse enfoque é o teólogo e antropólogo católico Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955), que reinterpretou toda a mensagem cristã em termos evolucionistas. Outra perspectiva, o “criacionismo progressivo”, entende que as atuais variedades de organismos são resultantes do processo de diversificação por meio da microevolução, a partir dos protótipos criados originalmente por Deus. Por fim, há o criacionismo clássico, segundo o qual cada espécie foi criada diretamente por Deus. Essa posição inclui o entendimento literal dos dias da criação (24 horas), de uma terra jovem (cerca de dez mil anos) e de um dilúvio universal que explicaria os depósitos sedimentares e os fósseis de hoje.


Criacionismo e educação
Recentemente ocorreu na imprensa de São Paulo mais um capítulo do debate sobre o ensino do criacionismo em sala de aula. Desta vez a controvérsia se centrou na educação básica dos Colégios Presbiterianos Mackenzie. Nestes últimos anos, essa conceituada instituição vem implantando o chamado Sistema Mackenzie de Ensino, um conjunto de materiais didáticos que procura dar uma abordagem cristã ao ensino das ciências. Por várias semanas a “Folha de São Paulo” trouxe matérias sobre o assunto. O colunista André Petry, da revista “Veja”, conhecido por suas posições secularistas, escreveu um artigo sarcástico sobre o tema. Em síntese, os autores disseram: mantenham o criacionismo restrito às aulas de religião; não o levem para as classes de ciências.


Infelizmente, o termo “criacionismo” está desgastado. Muitas vezes, é usado para descrever uma posição religiosa estreita que adota uma determina interpretação da Bíblia e rejeita em bloco o que entende ser uma visão científica antibíblica. Em seu livro “The Scandal of the Evangelical Mind” (O escândalo da mente evangélica), o historiador Mark Noll procura evidenciar os danos que a chamada “ciência da criação” tem causado ao evangelicalismo. Todavia, no melhor sentido do termo, o criacionismo é a afirmação de uma das convicções mais básicas do cristianismo. Ao contrário dos gregos, que criam na eternidade da matéria, e dos gnósticos, que a consideravam intrinsecamente má, os cristãos abraçaram a posição conhecida como “creatio ex nihilo”, ou seja, Deus criou todas as coisas a partir do nada, sem utilizar qualquer material preexistente. A criação é, portanto, boa e valiosa. Essa verdade é a primeira declaração da Escritura (“No princípio criou Deus os céus e a terra”) e do Credo Apostólico (“Creio em Deus Pai, todo-poderoso, criador do céu e da terra”).


Conclusão
No transcurso do segundo centenário do nascimento de Darwin e dos 150 anos de sua famosa teoria, os cristãos têm duas tarefas a realizar. Por um lado, devem buscar maneiras construtivas de se relacionar com o mundo ao seu redor, do qual a ciência faz parte. A ciência moderna tem raízes cristãs e muitos cientistas são, ainda hoje, homens e mulheres tementes a Deus. A pesquisa científica tem dado contribuições formidáveis à humanidade. É verdade que não pode existir harmonia plena entre o evangelho e o mundo: o escândalo da cruz sempre estará presente. Todavia, é danoso para o testemunho cristão e para a influência cristã na sociedade levantar barreiras por vezes desnecessárias em relação à cultura. Por outro lado, os cristãos não podem negociar suas doutrinas essenciais. Seria inconsistente declarar certas convicções nos templos e nas aulas de religião e suprimi-las em outros contextos. De modo cortês, mas com firmeza e integridade, eles devem mostrar que a sua fé não pode ficar restrita a um gueto. Sendo verdadeira, ela deve encontrar expressão em todas as esferas da vida, inclusive no terreno intelectual e acadêmico


Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidade de Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. É autor de A Caminhada Cristã na História e “Os Pioneiros Presbiterianos do Brasil”. asdm@mackenzie.com.br

segunda-feira, 16 de março de 2009

William Carey: Fiel Testemunha

William Carey, foi um daqueles homens notáveis que Deus levantou para realizar os seus soberanos propósitos. Carey foi um notável missionário, peça fundamental para o movimento missionário protestante, que começou com seu ministério de quarenta anos na Índia, e incluía outros nomes famosos, como Henry Martyn, Adoniram Judson, Robert Morrison, David Livingston e Hudson Taylor. Todos conheciam Carey pessoalmente ou foram influenciados por ele.

Carey nasceu na Inglaterra em 1761, em uma família pobre e, aos 16 anos, se tornou sapateiro, profissão que exerceu até os 28 anos de idade. Convertido na adolescência associou-se a um grupo de batistas que se dedicavam ao estudo bíblico. À medida que estudava a Palavra ficava cada vez mais convencido de que pregar o evangelho entre os povos era responsabilidade da Igreja. Embora isso nos pareça óbvio hoje, boa parte dos pastores do século 18 criam que essa tarefa fora dada apenas aos apóstolos, e quando Carey apresentou suas idéias a um grupo de pastores, um deles disse: “Jovem, sente-se. Quando Deus quiser converter os pagãos, Ele o fará sem a sua ajuda ou a minha”. Carey sentou, mas suas idéias continuaram de pé. Na primavera de 1792 ele publicou um livro de 87 páginas, intitulado: Uma averiguação da obrigação dos cristãos de usar meios para a conversão dos pagãos. Pequeno em páginas, gigante em idéias! O referido livro, essencialmente bíblico, argumentava a favor da responsabilidade da Igreja de anunciar salvação ao mundo sem Cristo.

A Associação Batista em Norttinghan convidou Carey para falar sobre suas idéias. Baseado em Isaías 54.2-3, ele influenciou os pastores com sua famosa frase: “Espere grandes coisas de Deus; tente grandes coisas para Deus.” No dia seguinte nascia a Sociedade Batista Missionária. Um ano depois, Carey e sua família aportaram na Índia, a 19 de novembro de 1793.

Uma vez na Índia, ele enfrentou momentos bem difíceis. Sem dinheiro suficiente para manter-se foi trabalhar em uma fábrica de corante. No entanto, os problemas financeiros eram pequenos se comparados aos familiares. O pequeno Peter, um de seus quatro filhos, morreu tragicamente, o que debilitou definitivamente as faculdades mentais de sua esposa Doroty que também veio a falecer anos depois. Após sete anos na Índia não havia um só indiano convertido. Mas Carey perseverou esperando na soberana graça de Deus.

De Malda mudou-se para Serampore, onde passou os últimos 34 anos de sua vida. Com a cooperação de outros missionários, principalmente com a ajuda de William Ward e Joshua Marshman, que juntos formavam o famoso “trio de Serampore”, foram organizadas escolas, levantou-se uma grande estrutura para o estabelecimento de uma impressora e acima de tudo, o trabalho de tradução continuava sendo feito. Em 20 anos, Carey e os seus amigos publicaram folhetos em 20 línguas e porções das Escrituras em 18. Durante seus anos em Serampore, Carey fez três traduções da Bíblia inteira (bengalês, sânscrito e maráthi), ajudou em outras, traduções da Bíblia inteira e traduziu o Novo Testamento e porções bíblicas em muitas outras línguas e dialetos - sempre refazendo-as para que fossem bem compreendidas. Um feito impressionante se levarmos em conta que durante os primeiros 18 séculos de história do cristianismo foram feitas 30 traduções da Bíblia. Carey, e seus companheiros de Serampore e Calcutá dobraram o número nas três primeiras décadas do século 19! Ele também escreveu dicionários e gramáticas.

Depois de 25 anos de trabalho havia 600 pessoas convertidas e batizadas. Além de seu trabalho como tradutor, evangelista, pastor, ele também lutou contra a queima de viúvas e o infanticídio, práticas comuns na Índia.

Ruth Tucker diz: ”0 grande sucesso da Missão de Serampore durante os primeiros anos pode ser creditado em grande parte a Carey e seu comportamento santo. Sua disposição para sacrificar os bens materiais e ultrapassar o chamado do dever foi sempre um exemplo contínuo para os demais.”

Willian Carey morreu em 1834, aos 73 anos, deixando para sempre sua marca não só na Índia, pois o simples sapateiro que ousou grandes coisas para Deus é conhecido mundialmente como o pai das missões modernas.


SAIBA MAIS SOBRE A VIDA DE WIILIAM CAREY

¬ Recomendo a leitura do livro: Fiel Testemunha Vida e Obra de William Carey, de Timothy George. Publicado pela editora Vida Nova.
Onde comprar: www.vidanova.com.br

¬ Uma Chama na Escuridão. Trata-se de um excelente filme que retrata muito bem a vida e a obra de William Carey.

Fato interessante sobre o filme: Richard Attlee, o ator que faz o papel de William Carey, é o neto do Primeiro Ministro Clement Attlee, quem presidiu a independência da Índia das colônias britânicas.

Onde Comprar: Comev Vídeos –
www.comev.org.br

quinta-feira, 12 de março de 2009

CORRUPÇÃO, UMA PRÁTICA VERGONHOSA

Por Hernandes Dias Lopes
Em recente entrevista à Revista Veja, Jarbas Vasconcelos, senador da república pelo Estado de Pernambuco, abriu a tampa do fosso e revelou a deslavada corrupção que atinge a classe política brasileira. Ficamos com o rosto rubro de vergonha diante dessa desavergonhada imoralidade. A corrupção está presente no Palácio, no congresso, na câmara de deputados, em várias prefeituras e também em muitas câmaras de vereadores. Estamos estarrecidos com essa abominável prática que se torna endêmica e sistêmica em nosso país. Políticas populistas mantêm o povo na miséria e os políticos corruptos no poleiro do poder. Sendo o Brasil um dos países com maior carga tributária do mundo, vemos com tristeza, as verbas que deveriam ser destinadas a mudar a realidade social da nação sendo desviadas para as contas bancárias de políticos inescrupulosos e seus asseclas.

A corrupção não é uma coisa nova. Ela só está presente na sociedade porque antes está no coração do homem. Ela não procede de fora, mas de dentro do próprio homem. Ela não vem das estruturas sociais nem das ideologias políticas; ela vem do corrupto coração humano.
Não podemos nos conformar com a corrupção. Ela deve ser denunciada, combatida e rejeitada com toda veemência. Encontramos várias evidências de corrupção nas Escrituras. As autoridades judaicas subornaram os soldados romanos para que estes espalhassem uma mentira em Jerusalém, dizendo que os discípulos de Jesus haviam roubado o seu corpo. No Reino Medo-Persa, o rei Dario tomou medidas preventivas para evitar que o erário público fosse desviado por administradores desonestos. Constituiu três governadores e cento e vinte sátrapas ou prefeitos. Desses, apenas Daniel não se corrompeu e por isso, seus pares maquinaram um plano vil para matá-lo. Os profetas de Deus denunciaram a atitude dos ricos gananciosos, que se mancomunavam com os juízes para surrupiar o direito dos pobres e torcer a justiça, negando aos necessitados seus legítimos direitos.

A corrupção é um grande mal que deve ser combatido por três razões:

1. A corrupção é uma conspiração contra Deus - Deus é justo e não tolera nenhuma forma de injustiça. Deus abomina a balança falsa e a medida enganosa. Deus reprova aqueles que se enriquecem ilicitamente e os que aumentam suas riquezas usando a violência e a desonestidade. A lei de Deus proíbe a conspiração contra a sacralidade da vida e contra o direito de propriedade. O furto, portanto, é uma conspiração contra a lei de Deus.

2. A corrupção é uma conspiração contra o próximo - A corrupção não é uma atitude neutra. Quando um político desvia verbas públicas, ele está roubando de todos nós. O dinheiro público deve ser administrado com responsabilidade e probidade para o benefício de toda a sociedade e não apenas para o deleite de uma minoria privilegiada. Quantas pessoas morrem por falta de hospitais, remédios e atendimento adequado porque o dinheiro que deveria construir e manter essas instituições de saúde cai no ralo da corrupção! Quantos jovens à margem das oportunidades porque não tiveram acesso à educação e por isso foram condenados a viveram com subempregos, porque o dinheiro que deveria ter sido investido na educação foi desviado para as contas insaciáveis de indivíduos inescrupulosos nos paraísos fiscais!

3. A corrupção é uma conspiração contra si mesmo - O maior patrimônio de uma pessoa é o seu próprio nome. Mais vale o bom nome do que a riqueza. A corrupção é uma nódoa que macula o nome do indivíduo, destrói sua reputação e joga num charco de lama sua memória. Há muitos que granjeiam grandes riquezas pelo expediente da corrupção, mas perdem sua dignidade e o respeito da sociedade. Vivem cobertos de opróbrio e cercados de ignomínia. A desonestidade é um pecado cometido contra Deus, contra o próximo e contra si mesmo. Devemos reprovar essa prática com todas as veras da nossa alma. Só se constrói uma grande nação com trabalho, justiça e honestidade. A obediência à lei é o alicerce de uma sociedade justa e próspera.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O PT DIZ SER, MAS NÃO É

Por Alfredo de Souza
Mais uma vez o governo do PT demonstrou que está encarcerado em sua ideologia de esquerda e seu passado truculento. Como se já não bastasse a impotência diante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e dos desmandos de Evo Morales, Hugo Chávez e Rafael Correa contra o Brasil, temos agora mais dois casos internos que deflagraram a fragilidade do Palácio do Planalto.

O primeiro foi o desastrado caso do terrorista e ex-militante da Organização Proletários Armados pelo Comunismo, Cesare Battisti, que também é responsabilizado por quatro assassinatos cometidos na década de 70.


No último dia 13 de janeiro, o Ministro da Justiça, Tarso Genro, o presenteou com a condição de refugiado político no Brasil. Diante dos atos do ministro, não há como evitar a comparação com o caso dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, deportados sumariamente pelo próprio Tarso Genro que agiu de acordo com os ares que vinham de Cuba, ou melhor, da chácara particular de Fidel Castro.


O segundo caso ocorreu dia 21 de fevereiro quando alguns membros do MST mataram quatro seguranças na zona rural de São Joaquim do Monte, Agreste pernambucano. É lamentável descobrir que o MST é financiado, segundo o Ministro Gilmar Mendes, com dinheiro público. Caso isso seja verdade, são recursos disponibilizados a um movimento que pisoteia a lei e a ordem pública por meio de invasões, assassinatos e depredação do patrimônio público. Só falta agora o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto começar a invadir as residências particulares sob a alegação de que os espaços residenciais são subutilizados por seus proprietários.


É por isso que, na minha avaliação, o governo de Lula diz ser, mas não é. Afirma vivenciar um estado de direito, uma democracia com regras sociais definidas e, ao contrário, demonstra impotência e comprometimento com tudo o que contraria o discurso democrata. Essa é a cara da esquerda multifacial que não consegue viver coerentemente com o que afirma ser por não romper definitivamente com o passado jurássico do Leninismo e do Stalinismo.


A camaradagem exigida pelos seus pares é imperativa.
Quando uso o termo multifacial (que poderia também ser chamado de máscaras), minha intenção é compreender os desdobramentos da esquerda que são, diga-se de passagem, absolutamente imprevisíveis. Quem poderia prever quinze anos atrás que a América Latina viveria um regime truculento na Venezuela, ou patético na Bolívia e Paraguai, ou aferrado no Equador? No caso do Brasil, a postura multifacial não é diferente com o atual governo petista.Diante disso tudo, principalmente dos dois últimos vexames, o que espero é que o STJ seja o raciocínio político coerente para minimizar todos os equívocos deixados pelo caminho.


Que o Soberano Deus tenha misericórdia!
Sola Scriptura.

sexta-feira, 6 de março de 2009

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

A história revela que um dos maiores problemas da civilização antiga era o pequeno valor que era dado às mulheres. Elas eram vistas não como pessoas, mas como propriedade do pai e depois do marido. Na cultura judaica havia um baixo conceito das mulheres. Os judeus pela manhã agradeciam a Deus por ele não lhes ter feito: “um pagão, um escravo ou uma mulher.” Na cultura grega a situação era ainda pior. Xenofonte resume a realidade ao dizer: “A finalidade das mulheres é ver pouco, escutar pouco e perguntar o mínimo possível”. A mulher era vista como um objeto sexual. Demóstenes fez a estúpida declaração: “Temos prostitutas para o prazer; concubinas para o sexo diário e esposas com o propósito de ter filhos legítimos.” Em nome de uma suposta superioridade masculina, as mulheres foram vítimas de toda sorte de abusos.

No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, na cidade de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo serviço) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Desde março de 1910, em uma Conferência na Dinamarca, o Dia Internacional da Mulher passou a ser comemorado no dia 8 de março. O objetivo não era apenas fazer uma homenagem, mas provocar a reflexão sobre inerente e inalienável dignidade da mulher. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia, erradicar qualquer prática que atente contra a honra da mulher, criada à imagem de Deus.

Nas modernas sociedades ocidentais já houve considerado avanço no que diz respeito aos direitos da mulher, mas elas ainda sofrem, em muitos lugares, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.
Neste dia especial parabenizamos a todas as mulheres. Esperamos que vocês sejam tratadas como realmente são, bênçãos de Deus!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Por que não sou um fã de Charles Darwin

Por Olavo de Carvalho
As festividades bilionárias em comemoração aos duzentos anos de nascimento de Charles Darwin tornam momentaneamente invisíveis alguns fatos essenciais da vida e da obra desse homem de ciência.

Desde logo, Darwin não inventou a teoria da evolução: encontrou-a pronta, sob a forma de doutrina esotérica, na obra do seu próprio avô, Erasmus Darwin, e como hipótese científica em menções inumeráveis espalhadas nos livros de Aristóteles, Sto. Agostinho, Sto. Tomás de Aquino e Goethe, entre outros.

Tudo o que ele fez foi arriscar uma nova explicação para essa teoria – e a explicação estava errada. Ninguém mais, entre os autoproclamados discípulos de Darwin, acredita em “seleção natural”. A teoria da moda, o chamado “neodarwinismo”, proclama que, em vez de uma seleção misteriosamente orientada ao melhoramento das espécies, tudo o que houve foram mudanças aleatórias. Que eu saiba, o mero acaso é precisamente o contrário de uma regularidade fundada em lei natural, racionalmente expressável. O darwinismo é uma idéia escorregadia e proteiforme, com a qual não se pode discutir seriamente: tão logo espremido contra a parede por uma nova objeção, ele não se defende – muda de identidade e sai cantando vitória. Muitas teorias idolatradas pelos modernos fazem isso, mas o darwinismo é a única que teve a cara de pau de transformar-se na sua contrária e continuar proclamando que ainda é a mesma.

Todos os celebrantes do ritual darwiniano, neodarwinistas inclusos, rejeitam como pseudocientífica a teoria do “design inteligente”. Mas quem inventou essa teoria foi o próprio Charles Darwin. Isso fica muito claro nos parágrafos finais de A Origem das Espécies, que na minha remota adolescência li de cabo a rabo com um enorme encantamento e que fez de mim um darwinista, fanático ao ponto de colocar o retrato do autor na parede do meu quarto, rodeado de dinossauros (só agora compreendo que ele é um deles). Agora, graças à amabilidade de um leitor, tomei conhecimento dos estudos desenvolvidos por John Angus Campbell sobre a “retórica das ciências”. Ele estuda os livros científicos sob o ponto de vista da sua estratégia de persuasão. Num vídeo fascinante que vocês podem ver em http://www.youtube.com/watch?v=_esXHcinOdA, ele demonstra que o “design inteligente” não é apenas um complemento final da teoria darwinista, mas a sua premissa fundamental, espalhada discretamente por todo edifício argumentativo de A Origem das Espécies. O “design inteligente” é, portanto, a única parcela da teoria darwiniana que ainda tem defensores: e estes são os piores inimigos do darwinismo.

É certamente um paradoxo que o inventor de uma explicação falsa para uma teoria preexistente seja celebrado como criador dessa teoria, porém um paradoxo ainda maior é que a premissa fundante da argumentação darwiniana seja repelida como a negação mesma do darwinismo. Puramente farsesco, no entanto, é o esforço geral para camuflar a ideologia genocida que está embutida na própria lógica interna da teoria da evolução.

Quando os apologistas do cientista britânico admitem a contragosto que a evolução “foi usada” para legitimar o racismo e os assassinatos em massa, eles o fazem com monstruosa hipocrisia. O darwinismo é genocida em si mesmo, desde a sua própria raiz. Ele não teve de ser deformado por discípulos infiéis para tornar-se algo que não era. Leiam estes parágrafos de Charles Darwin e digam com honestidade se o racismo e a apologia do genocídio tiveram de ser enxertados a posteriori numa teoria inocente:

“Em algum período futuro, não muito distante se medido em séculos, as raças civilizadas do homem vão certamente exterminar e substituir as raças selvagens em todo o mundo. Ao mesmo tempo, os macacos antropomorfos... serão sem dúvida exterminados. A distância entre o homem e seus parceiros inferiores será maior, pois mediará entre o homem num estado ainda mais civilizado, esperamos, do que o caucasiano, e algum macaco tão baixo quanto o babuíno, em vez de, como agora, entre o negro ou o australiano e o gorila.”

Imaginem, durante as eleições americanas, a campanha de John McCain proclamar que Barack Hussein Obama estava mais próximo do gorila do que o candidato republicano!

Tem mais: “Olhando o mundo numa data não muito distante, que incontável número de raças inferiores terá sido eliminado pelas raças civilizadas mais altas!”

Para completar, um apelo explícito à liquidação dos indesejáveis:

“Entre os selvagens, os fracos de corpo ou mente são logo eliminados; e os sobreviventes geralmente exibem um vigoroso estado de saúde. Nós, civilizados, por nosso lado, fazemos o melhor que podemos para deter o processo de eliminação: construímos asilos para os imbecis, os aleijados e os doentes; instituímos leis para proteger os pobres; e nossos médicos empenham o máximo da sua habilidade para salvar a vida de cada um até o último momento... Assim os membros fracos da sociedade civilizada propagam a sua espécie. Ninguém que tenha observado a criação de animais domésticos porá em dúvida que isso deve ser altamente prejudicial à raça humana. É surpreendente ver o quão rapidamente a falta de cuidados, ou os cuidados erroneamente conduzidos, levam à degenerescência de uma raça doméstica; mas, exceto no caso do próprio ser humano, ninguém jamais foi ignorante ao ponto de permitir que seus piores animais se reproduzissem.”

Notem bem: não sou contra a hipótese evolucionista. Do que tenho observado até hoje, devo concluir que sou o único ser humano, no meu círculo de relações próximas e distantes, que não tem a menor idéia de se a evolução aconteceu ou não aconteceu. Todo mundo tem alguma crença a respeito, e parece disposto a matar e morrer por ela. Eu não tenho nenhuma.

No entanto, minha abstinência de opiniões a respeito de uma questão que considero insolúvel não me proíbe de notar a absurdidade das opiniões de quem tenha alguma. Há muito tempo já compreendi que os cientistas são ainda menos dignos de confiança do que os políticos, e os paradoxos da fama de Charles Darwin não fazem senão confirmá-lo. Meus instintos malignos impelem-me a pegar os darwinistas pela goela e perguntar-lhes:

– Por que tanta onda em torno de Charles Darwin? Ele inventou o “design inteligente”, que vocês odeiam, e a seleção natural, que vocês dizem que é falsa. Ele pregou abertamente o racismo e o genocídio, que vocês dizem abominar. Para celebrá-lo, vocês têm de criar do nada um personagem fictício que é o contrário do que ele foi historicamente. Não vêem que tudo isso é uma palhaçada?