sábado, 29 de maio de 2010

CARGA TRIBUTÁRIA: O MASSACRE DOS BRASILEIROS


Todo trabalho do povo brasileiro, do dia 1 de Janeiro até ontem, dia 29 de maio, foi para pagar a execrável carga tributária imposta pelo nosso querido governo. Trata-se de um completo absurdo. A Folha Online, publicou uma interessante matéria que apresenta aos leitores a pesadíssima carga tributária, a maior do planeta.

A carga tributária brasileira atingiu 36,56% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2008, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).
Com isso, a participação dos impostos no total produzido no país apresentou alta de 1,02 ponto percentual sobre 2007, quando fechou em 35,54% do PIB.

O montante de impostos arrecadados em 2008 foi de R$ 1,056 trilhão, enquanto o PIB ficou em R$ 2,889 trilhão. Segundo as contas do IBPT, cada brasileiro pagou cerca de R$ 5.572 em impostos em 2008, contra R$ 4.920 no ano anterior.


"O crescimento da arrecadação federal foi de R$ 88,70 bilhões (13,63%), dos Estados R$ 36,55 bilhões (15,66%) e dos municípios R$ 8,02 bilhões (20,64%), crescimento que gerou acréscimo de 13,24% na carga tributária per capita de 2008", informa o estudo.


A crise financeira global faz o IBPT prever que a arrecadação de impostos no primeiro semestre sofrerá retração. "Se isto se confirmar, será a primeira vez desde 2003 que a arrecadação tributária cai no primeiro semestre do ano, fato que nos últimos 20 anos ocorreu apenas em 1991, 1992,1996 e 2003", informa o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.


A previsão é de arrecadar R$ 505 bilhões no período, contra R$ 516,07 no primeiro semestre do ano passado --uma queda nominal de 2% e de 7% se deflacionado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Marco Túlio, respeitado economista, comenta a carga tributária brasileira:

"Diria apenas, chega. Chega de tanto imposto! Ainda mais depois de analisar mais detalhadamente os dados desagregados referentes aos resultados do PIB do último trimestre do ano passado. A leitura de tais dados permite constatar que, enquanto o PIB cresceu apenas 1,3% no 4o trimestre de 2008 em relação ao 4o trimestre de 2007, na mesma base de comparação, os impostos líquidos sobre produtos cresceram 2,6%, exatamente o dobro do ritmo do PIB. E o pior, é que este aumento da carga tributária é apenas para alimentar os gastos cada vez mais perdulários, ineficazes e antropofágicos da paquidérmica máquina pública do estado. Digo antropofágicos porque vivemos sim, numa antropofagia tributária no país. Cada vez mais, os governos nas suas diversas esferas abocanham o bolso do cidadão, das famílias contribuintes e o caixa das empresas. Decididamente, o governo não cabe dentro do PIB. Enquanto que nos últimos 5 anos o PIB do país cresceu 28%, as despesas de custeio cresceram 74% e as despesas com pessoal e encargos sociais aumentaram 32%. O mais nefasto no entanto, é que além de gastar muito, o governo gasta muito mal, não há qualidade no gasto público. Bastar ver os péssimos serviços que são prestados pelo Estado em contrapartida aos impostos, nas áreas da saúde, segurança, educação e justiça. Se considerarmos o que gastamos com planos de saúde, educação em escolas privadas para nossos filhos e segurança privada, a carga de impostos que recai sobre os ombros da sociedade contribuinte salta para algo próximo a 70%! Um verdadeiro assalto. Governo, antropófago tributário, para de morder"!


ACLAME: UMA ORGANIZAÇÃO QUE LUTA CONTRA OS IMPOSTOS ABUSIVOS

Criada em junho de 1999, em Porto Alegre, a Associação da Classe Média – ACLAME é uma ONG apartidária com atuação na valorização da livre iniciativa, no desenvolvimento sustentável e na promoção da justiça tributária, idéia de um grupo de cidadãos indignados com o comodismo e o isolamento assumido pela classe média brasileira, principalmente nas últimas décadas.


Tendo à frente o arquiteto Fernando Bertuol, a ACLAME organiza ações e campanhas para conscientizar as pessoas sobre seu papel na sociedade, especialmente no que diz respeito ao pagamento de impostos e o retorno destes para a população. Foi adotado o bordão Chega de Tanto Imposto, que rapidamente recebeu a aceitação do público e ganhou as ruas em adesivos e cartazes.


Em 2005 a ACLAME realizou o primeiro Dia da Liberdade de Impostos, evento onde promove ações de consciência tributária em diversas cidades e a venda de produtos com o desconto dos respectivos impostos, para reforçar o peso dos tributos embutidos no preço de diversos produtos e serviços. Com ações como estas em quase uma década de existência, a ACLAME segue empenhada em seu papel de ser um espaço de formação e opinião para as pessoas da classe média, que contribuem significativamente para a manutenção do status social, político e econômico do país e que não estão tendo seus direitos devidamente atendidos.

DIA DA LIBERDADE DE IMPOSTOS.


O Dia da Liberdade de Impostos é a data em que os brasileiros “param de pagar impostos” e começam a trabalhar para si próprios – calcula-se que o valor médio recebido pelo trabalho de cerca de cinco meses é o equivalente ao que cada cidadão paga de taxas todo o ano, uma média de 40% dos seus vencimentos. “Não somos contra os impostos. Queremos é despertar a consciência da população para o quanto realmente pagamos de imposto - que está embutido em todos os produtos e serviços que compramos e utilizamos - e como este dinheiro é mal aplicado, isso quando é!”, explica o presidente da entidade, Fernando Bertuol.


Desde 2004 são realizadas ações refentes à carga tributária para marcar esta data, sempre com iniciativa da ACAME em parceria com entidades diversas. Nos dois primeiros anos a sede foi Porto Alegre, com venda de combustível sem a incidência de impostos - o que atraiu milhares de pessoas e chamou a atenção dos grandes meios de comunicação. Surgiu na capital, também, a iniciativa de vender um automóvel zero quilômetro sem impostos através de um leilão, onde a diferença arrecadada fosse destinada a uma associação de caridade da cidade. Em 2006 o evento foi para o interior gaúcho, em Lajeado, onde novamente a venda de produtos sem imposto de utensílios ao combustível, fez grande sucesso. O ano de 2007 foi em Novo Hamburgo, onde o envolvimento da rede escolar do município (que trabalha questões sobre impostos em sala de aula) foi o grande destaque.


O Dia da Liberdade de Impostos em 2008 ocorreu no dia 27 de maio, nas cidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Lajeado (incluindo cidades da região, como Estrela, Teutônia, Arroio do Meio e Encantado), Pelotas e Cachoeira do Sul, além de outras 20 espalhadas pelo Rio Grande participaram com ações específicas para marcar a data.


Acesse o site: http://www.aclame.com.br/ e confira quanto custaria os produtos, se não houvesse taxas tão abusivas, muitas vezes recolhidas para sustentar a ganância e corrupção política.

O FIM DA MEMÓRIA

O Fim da Memória é um interessante livro publicado pela Editora Mundo Cristão. Seu autor é Miroslav Volf, um teólogo croata, que atualmente vive e trabalha na área de ensino nos Estados Unidos. Sua experiência de vida foi muito amarga, pois ele foi alvo de intensos e criminosos interrogatórios quando prestava serviço militar na então Yugoslávia.
Seu livro gravita em torno da graça do perdão e tem como tese central a difícil e possível proposição: É possível amar o malfeitor.




SINOPSE DO LIVRO:
As grandes atrocidades e tragédias que pontuam a história tornaram-se efemérides no intuito de evitar sua reincidência. Se, de um lado, isso nos mantém atentos ao passado, de outro em nada nos ajuda, segundo Miroslav Volf, a curar as feridas remanescentes. Tão somente, perpetuam-se ao longo da história, realimentando sentimentos de ódio e vingança, geração após geração.



Miroslav adota uma postura radical diante das lembranças amargas. Sob certas condições, defende, devemos esquecer o que se passou ou então saber lembrar, de modo a não se deixar levar pelo destrutivo poder da vingança, pois paradoxalmente a ausência de perdão leva à autocondenação permanente.



Engana-se quem pensa que está diante de um incorrigível e ingênuo intelectual. Miroslav tem consciência da dificuldade de agir como apregoa, não apenas quando se trata de dramas coletivos, mas principalmente de amargas violências individuais.

Amparado em sua própria experiência de perseguição, o autor garimpou no conhecimento teológico os elementos para fundamentar a possibilidade de redimir a história, em vez de se deixar levar pelo rastro de animosidade e dor que marcam a experiência dos povos.
Mirslav Volf é "um dos mais influentes nomes da teologia contemporânea". - Folha de S.Paulo.


A seguir pequenos estratos da sua entrevista, reproduzida na Folha de São Paulo:


O perdão não é simplesmente algo que se faz de uma só vez. Ele acontece quando nos movemos em espiral, por assim dizer, em volta da memória do fato que nos feriu. Perdoamos parte do que aconteceu, mas não o todo; perdoamos, e então retiramos nosso perdão em momentos de ira, e assim por diante. O perdoar é sempre um processo, e frequentemente um processo marcado por reveses inesperados. Não, nunca devemos dizer a um pai que ele "deve" perdoar nem pedir para outros para perdoar (embora seja verdade que "deveríamos" perdoar). O perdão é uma dádiva, e, se é dado, é dado livremente.
A memória de males sofridos confere energia e legitimação ao conflito. Ao mesmo tempo em que nos asseguramos de não nos expor à violência de outros, podemos fazer da memória dos sofrimentos que nos foram impostos pontes que nos unem aos outros e fontes de motivação para consertar o mundo.


Embora algumas terapias sejam contraproducentes, muitas são úteis -dentro de seus limites. Mas frequentemente elas não vão suficientemente longe. Por exemplo, elas frequentemente tratam apenas dos indivíduos, tentando ajudá-los a enfrentar as feridas que sofreram. Mas precisamos consertar também os relacionamentos, mesmo os relacionamentos que nos feriram. E nós mesmos não vamos nos curar a contento se nossos relacionamentos não forem consertados.


O perdão é o oposto da retaliação, mas não é oposto do castigo. Pode-se punir por outras razões que não apenas a de cobrar o castigo para compensar pelo mal feito. Uma pessoa pode ser perdoada e ainda assim cumprir pena! E uma coisa muito importante: o perdão não é o oposto da justiça. Perdoar significa afirmar o que exige a justiça, porque é afirmar que um malfeito aconteceu e que é um malfeito. É claro que perdoar também significa não nutrir ressentimento pelo malfeitor devido ao malfeito dele.


A não-recordação coroa o perdão. Depois de termos perdoado, depois de o relacionamento ter sido consertado, as memórias dos males que nos foram feitos perdem combustível emocional, porque não funcionam mais, e podem desaparecer.



Nota: Trata-se de um livro muito interessante e que provoca uma profunda e honesta reflexão sobre as nossas memórias. Esse livro é uma exortação a considerar o perdão como sendo uma faxina na alma. Boa leitura.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Governo tenta tirar guarda de filhos de viúva cristã

A agência de notícias International Christian Concern (ICC) foi informada de que a viúva de um cristão vietnamita foi levada para uma delegacia para assinar documentos passando a guarda de seus filhos para o Estado.

No início de maio, foi publicada uma matéria relatando a agressão e morte do cristão K’pa Lot, preso por expressar sua fé publicamente (leia). Novas informações afirmam que no dia 3 de maio de 2010, sua viúva, H’Nguen, foi forçada a levar seus dois filhos, H’Danh e Y-Ly, para a delegacia de Nhan Hoa, e a assinar um documento passando a custódia das crianças para o governo.



“Na delegacia, as forças de segurança apresentaram um documento para H’Nguen”, conta Scott Johnson, porta-voz da fundação Montagnard. “Neste caso, eles estão tentando coagi-la para entregar as crianças para eles. A motivação é se vingar de H’Nguen, pois ela divulgou quais foram as últimas palavras de K’pa Lot” (Scott Johnson está se referindo ao momento em que o cristão sussurrou para sua esposa como os oficiais vietnamitas o agrediram fisicamente. Ele faleceu horas depois, de hemorragia interna).



“A polícia afirmou que H’Nguen não poderia ver seus filhos novamente, até que fizessem 18 anos. A viúva se recusou, afirmando que era capaz de cuidar de seus filhos. A polícia a pressionou para assinar os documentos durante 6 horas, até que ela foi liberada, juntamente com as crianças.”
Isso aconteceu no vilarejo de Nhan Hoa, na província de Gia Lai.



O diretor regional da ICC, Logan Maurer, afirmou: “A tortura e a morte de K’pa foram um exemplo trágico da terrível perseguição religiosa que ainda ocorre hoje no Vietnã. Agora, a tentativa de querer tirar as crianças dessa viúva é uma ação desesperada de um Estado que está tentando coagi-la a se calar. Pedimos ao Departamento de Estado que investigue a ação contra essa mãe, e também os acontecimentos envolvendo a morte de seu marido”.

Fonte: Missão Portas Abertas
Nota: Vamos interceder por essa família, vítima de uma cruel e intensa perseguição por parte de um governo injusto, déposta e tirano.

Que o Soberano Rei de toda terra manifeste a sua misericórdia e socorra os seus servos, dando-lhes a sua maravilhosa graça e a paz de Cristo, que excede todo entendimento.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A TERÇA PARTE DO ICEBERG.

Um exame sobre o conflito dos homens.


Caros amigos sou assíduo leitor e profundo admirador do Dr. Martyn Lloyd Jones, um dos mais notáveis expositores bíblicos que já existiu. Quem conhece as suas obras sabe do que estou falando. Já tive a oportunidade de ler dezenas de seus livros, a maioria deles publicados pela editora PES, cujo serviço ao povo de língua portuguesa é imensurável. Estou relendo o sétimo volume (O Combate Cristão) da série de exposições na Carta aos Efésios, uma jóia de grande valor.

Segue abaixo, um estrato do segundo capítulo, pp. 27-28.

A IRREFUTÁVEL ANÁSILE DOS CONFLITOS HUMANOS.

Interessei-me recentemente em ler uma resenha de parte da autobiografia de um bem conhecido escritor moderno, um escritor cético e irreligioso, Leonard Woolf. A resenha foi escrita por outro cético literário, Kingsley Martin. Mas o resenhista, não obstante, tinha chegado à conclusão de que o problema com toda esta escola a que pertence Leonardo Wolff é apenas este, que não enxergam que, no principal, o homem é irracional. Ele usou o que me pareceu uma ilustração muito boa. “O que Leonard Woolf e todos os seus companheiros, tais como Bertrand Russell e outros, nunca puderam captar isto”, disse ele, “que o homem é uma espécie de iceberg”. Acima da água fica certo volume, talvez cerca de um terço, que pode parecer muito branco, no entanto abaixo da superfície ficam dois terços fora de vista, nas profundezas, na escuridão.

Escritores como Leornard Woolf, diz Kingsley Martin, não compreenderam que o homem é dominantemente irracional. O que ele quer dizer, naturalmente, é que o homem não é governado por sua mente, por seu intelecto, por seu entendimento, e sim por seus desejos, ímpetos é instintos, por aquilo que os psicólogos chamam “impulsos”. Estas são as coisas que controlam e dominam o homem; e o problema que confronta o mundo na era presente é o desses “impulsos” instintivos.

Pode-se ver isso tudo no plano nacional e internacional, como também no caso do indivíduo; e isto torna tão infantilmente ridículas todas as afirmações otimistas sobre alguma organização mundial, de que iria eliminar a guerra. A guerra é pura loucura, de qualquer ponto de vista.É desperdício de dinheiro, é desperdício de vidas, é uma maneira infantil de resolver contendas e problemas. Como se pode resolver um problema do governo ou qualquer outro problema simplesmente matando-se uns aos outros? Eu repito, a guerra é pua doidice; não há nada que se possa dizer em seu favor. Então, por que as nações brigam se preparam para a guerra? A resposta é que não são governadas por suas mentes e intelectos, mas pelos dois terços que estão debaixo da superfície, a parte do iceberg que não se vê – ambição, avareza, orgulho nacional, desejo de posse e desejo de tornar-se cada uma maior do que as outras. São sempre estas coisas que causam as guerras.

De onde vem as guerras e peleja entre vós? , indaga Tiago. Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?”Tg 4.1 Esse é um fato, quanto a indivíduos e quanto a nações; e desde que é um fato, segue-se que nada, senão aquilo que possa lidar com estes dois terços poderosos e ocultos, pode realmente providenciar um remédio para a situação. O evangelho reivindica que ele, e só ele, pode fazê-lo. Não há nenhuma outra coisa que possa.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A FÉ E A ESPERANÇA

Por João Calvino
A fé crê que Deus é verdadeiro: a esperança espera que Ele manifesta a Sua veracidade no tempo próprio.
A fé crê que Deus é nosso Pai: a esperança calcula que Ele sempre agirá como tal para conosco.
A fé crê que a vida eterna já nos foi dada: a esperança espera o dia em que será revelada.
A fé é o alicerce sobre o qual a esperança é construída: a esperança alimenta a fé e a mantém viva.

E, justamente como ninguém pode aguardar ou esperar coisa alguma de Deus sem primeiro crer em suas promessas, de igual modo a fraqueza da nossa fé (que, mesmo exausta, não pode vacilar) tem que ser sustentada e preservada por uma perseverante esperança e expectação.
Fonte: A verdade para todo os tempos. Editora PES, p.60-61

terça-feira, 25 de maio de 2010

O QUINTO MANDAMENTO

Por João Calvino
Honra teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, o teu Deus, te dará. Êxodo 20.12

Este mandamento nos ordena que exerçamos piedade para com nossos pais e mães, e, de igual modo, para com aqueles que são colocados sobre nós, tais como príncipes e autoridades civis. Quer dizer que devemos mostra-lhes respeito, obediência e gratidão, e prestar-lhe todo serviço possível. Pois é a vontade do Senhor que ajamos dessa forma para com aqueles que nos deram a vida. É pouco importante se eles são dignos ou não desta honra, porquanto, como quer que eles sejam, eles nos foram dados como pais e mães pelo Senhor, que deseja que o honremos.

Mas há uma coisa que devemos notar, de passo: não nos é ordenado que lhes obedeçamos em detrimento de Deus. Portanto, não devemos transgredir a Lei do Senhor simplesmente para ser-lhes agradáveis, pois, se eles nos mandarem fazer alguma coisa contra Deus, neste ponto devemos não devemos considerá-los com pai e mãe, mas sim como estranhos que querem afastar-nos da nossa obediência a nosso verdadeiro Pai.

Este quinto mandamento é o primeiro que traz consigo uma promessa, como Paulo diz em Efésios 6.2. Ao prometer bênçãos da presente vida aos filhos que servirem e honrarem seus pais e mães mediante apropriada observância deste mandamento, o Senhor está declarando também que uma maldição certamente espera aqueles que se rebelarem contra eles e lhes forem desobedientes.
Fonte: A verdade para todo os tempos. Editora PES, p.30

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Homem é condenado por possuir livros cristãos


Um cristão da Argélia foi condenado a dois anos de prisão e multado em 5 mil dinars. Ele foi acusado de proselitismo.O advogado deste caso tem dez dias para apelar da sentença. O cristão estava fazendo negócios em alguns mercados, e a polícia estava fazendo a ronda comum. Eles o abordaram, mas ele tinha deixado seus documentos no carro.
A polícia acompanhou o cristão até o veículo, mas, juntamente com seus documentos, dentro do porta-luvas, estavam uns 5 ou 6 livros cristãos que ele havia ganhado de presente.Isso foi o suficiente para que a polícia o acusasse de proselitismo e para que ele fosse condenado. Esse irmão precisa de nossas orações. Vamos interceder para que a apelação feita pelo advogado dê resultados.

Tradução: Missão Portas Abertas

CASA OU ESCONDERIJO?


Por Judiclay S. Santos

Existe uma abissal diferença entre uma casa e um esconderijo.

Casa é o lugar onde agente vive e compartilha a vida com quem nós amamos.
Esconderijo é um lugar onde as pessoas se escondem e tentam sobreviver.

Na casa há liberdade, no esconderijo apenas restrições e medo.
Na casa, onde as portas estão abertas, a luz da graça entra, transforma e embeleza.
No esconderijo as trevas sufocam a esperança e alimentam o pânico.
Na casa, podemos respirar o cheiro da vida.
No esconderijo, o odor da morte é quase palpável.

Na casa, onde Cristo reina, pessoas podem entrar e perceber a presença do Salvador.
No esconderijo, pessoas são ameaças, não a privacidade, mas a suposta proteção que os escondidos acham que tem.

É triste saber que há muita gente que vive na caverna das suas crises emocionais e espirituais, impedidas por si mesmas de viver o que Jesus chamou de vida abundante. Fiquei sabendo de um caso, que não apenas as portas, mas também as janelas vivem fechadas. Até o sol é proibido de entrar. Que tristeza!

Não faça do seu lar um esconderijo, mas uma casa onde a graça possa fluir sobre você e sua família.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

CHIQUE DE MATAR: O amor doentio de Hollywood por Che Guevara

CARTA AOS HEBREUS

Escrito para judeus cristãos, bem como para convencer judeus simpatizantes que oscilavam entre o Judaísmo e o Cristianismo, o livro de Hebreus é um tratado teológico que apresenta a supremacia de Cristo, seu perfeito, suficiente e definitivo sacrifício, e o papel da nova aliança na redenção do povo de Deus.


O autor de Hebreus escreveu com um tríplice objetivo, a saber:


ENCORAJAR os crentes a permanecer firmes na fé evangélica, apesar das adversidades. A igreja estava sob intensa e cruel perseguição. Ele cita o exemplo de muitos servos de Deus que tinham sofrido todo tipo de crueldade por sua lealdade a Cristo. Mas havia alguns que estavam sendo tentados a apostatar. Vale a pena ser cristão? É o que muitos perguntavam uns aos outros. A Carta aos Hebreus é uma exortação a perseverança e um incentivo a imitar a fé dos que preferiram morrer a negar a Cristo, “que nos amou e por nós quis morrer”.


ENSINAR sobre a supremacia de Cristo e a manifesta superioridade do seu sacerdócio. Jesus é apresentado como sendo a completa e definitiva revelação de Deus ao homem. Tendo falado, muitas vezes e de muitas maneiras por meio dos profetas, Deus falou definitivamente por meio de seu Filho. Jesus Cristo não é apenas porta voz de Deus, como foram os profetas, Ele é o resplendor da glória e “a expressão exata do seu ser”. Os anjos de Deus, seus servos Moisés e Arão, são três figuras importantes no plano redentor de Deus, mas Jesus é superior a todos eles, pelo que fez e, sobretudo, pelo que é o Filho do Deus vivo.


O antigo sistema de sacrifícios do Antigo Testamento era imperfeito e temporário. O sangue de bodes e bezerros não era eficaz na purificação dos pecadores, mas servia como uma prefiguração do sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Portanto, não é mais necessário oferecer outros sacrifícios pelo pecado. Jesus é o Filho de Deus, constituído pelo Pai, para ser nosso Sumo Sacerdote perfeito para sempre.


PROMOVER o entendimento quanto à relação existente entre a fé recém-chegada com a herança tradicional judaica. O objetivo da carta é mostrar aos judeus que eles não estão perdendo com a nova fé, mas que a nova fé era o coroamento das aspirações proféticas manifestadas no Velho testamento (na Antiga Aliança). A nova fé é apresentada como melhor, não por ser diferente da antiga, mas por ser o cumprimento da antiga, ou seja: por ser o seu ponto culminante, o seu coroamento.


Você consegue perceber a riqueza da Palavra de Deus? Você pode crescer muito ao dedicar-se a leitura e ao estudo da Carta aos Hebreus.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

OBAMA HUMILHA “O CARA”. OU: O FIM DO “LULA GLOBALIZADO”


Por Reinaldo Azevedo

Luiz Inácio Lula da Silva tornou o mundo mais seguro!

É verdade! Acreditem em mim! Não fosse a decidida, pertinaz, corajosa, ousada, fabulosa, estonteante estréia do Babalorixá de Banânia no miolo mesmo da principal questão de segurança hoje no mundo, o consenso das cinco potências para impor sanções ao Irã demoraria um pouco mais. Mas “o Cara” agiu, e os EUA decidiram calciná-lo e apressar a aprovação de sanções! Quem disse que Lula não dá uma dentro no cenário externo?

Sim, queridos, as sanções demorariam um pouco mais. Ma aí um grupo de gênios brasileiros — em que se destacam, além do próprio Grande Morubixaba, inteligências estratégicas como Samuel Pinheiro Guimarães,
Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia — decidiu que os filósofos já haviam pensado demais o mundo; era chegada a hora de transformá-lo. Como vocês sabem, a sacada é de Karl Marx, certamente formulada num momento em que os furúnculos no traseiro lhe doíam terrivelmente. Ajeitou a sentada sobre a banda direita; incomodou; sobre a esquerda depois, continuou a incomodar. Então ele disparou aquele repto contra o pensamento. Fosse um existencialista, poderia ter escrito: “Como ser feliz com tanta dor?” Mas era um materialista dialético, né? Então se saiu com essa brutalidade!

A formosura daquele pensamento atravessou a história, fez seu ninho no Itamaraty e instruiu a aventura do Grande Negociador! E Lula, então, foi ao Irã, com seu “papo pra lá de Teerã”, e negociou a paz. Seus aloprados tinham resolvido que já era hora de tomar os destinos da segurança mundial nas mãos, tanto as dianteiras como as traseiras. Deu do que deu!

A ironia de Obama, quando declarou o seu “Ecce homo” (”Esse é o Cara!) sobre o político mais popular da Terra, finalmente se revela. Em menos de 24 horas, os Estados Unidos e os outros quatro com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU submeteram Lula e seus aloprados de gravata ao ridículo. Celso Amorim pode incluir mais esta derrota (ver abaixo) à sua formidável coleção de trapalhadas. Lula, o Bibelô da Nova Ordem Internacional, é, hoje, só um senhor patético, que resolveu brincar com o perigo, sem se dar conta do salseiro em que estava se metendo.

O que esperar de alguém que senta ao lado de Medvedev, uma invenção de Vladimir Putin, herdeiro das aspirações imperiais tanto da velha Rússia como da extinta União Soviética, e deita proselitismo contra, nas suas palavras, “a invasão da Rússia do Afeganistão”. Se os russos soubessem que isso, em português, está mais para o russo, certamente teriam se divertido um tanto. Aliás, em Moscou, ele já havia desenhado um plano para a paz no Oriente Médio — que incluía o… Afeganistão!!! A geografia não é um limite para o pensamento criativo! Lula já havia “atravessado o Atlântico” para chegar aos EUA…

O Babalorixá de Banânia merece o Prêmio Nobel da Paz! Como, ao tentar proteger Mahmoud Ahmadinajed, colega com quem trama a Nova Ordem Global, ele conseguiu apressar o consenso sobre as sanções, temos, então, que Lula colaborou de maneira decidida para encostar o facinoroso contra a parede. Agora só falta aquela colunista escrever que tudo foi rigorosamente combinado com Barack Obama… Afinal, ela havia feito essa descoberta quando o presidente do Irã visitou o Brasil. Segundo asseverou então, Lula cumpria uma missão passada pelo presidente americano. No dia seguinte, Obama enviou uma carta esculhambando o governo brasileiro.

Vocês querem o quê? Lula é um clichê. Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza. Meu bisavô tinha outra frase, não muito elegante, que recende a certo ruralismo. Vou torná-la mais familiar: “Quem nunca viu aquele monossílabo de duas letras da anatomia humana, quando vê, pensa que o dito-cujo é uma cidade”.

Já escrevi sobre a reação patética de Amorim, que pode ser definido como a menor distância entre o fígado e o cérebro. Ontem, na TV, apareceu Marco Aurélio Garcia, com esgares de insatisfação, virando os olhos —  mais ou menos, suponho, como Marx naqueles momentos terríveis — a fazer ameaças: “Se os EUA optarem pelas sanções, vão se dar mal. Vão sofrer uma sanção moral e política”. A Casa Branca tremeu. É mesmo? De quem? Deixe-me ver… Do Brasil, da Venezuela, da Bolívia, do Equador… A Turquia só está esperando alguma facilidade da União Européia para cair fora.

O Brasil se isola de tal maneira na questão que a embaixadora do país na ONU, Maria Viotti, abandonou ontem a reunião do Conselho de Segurança. Não aceita nem mesmo participar das discussões. Huuummm…O grupo reúne 15 países. São necessários nove votos para aprovar as sanções desde que não haja veto de nenhum dos cinco com assento permanente (EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França). Com o Brasil fora do debate e sendo a Turquia co-patrocinadora do acordo, será preciso conquistar quatro adesões entre os nove países restantes: Nigéria, Bósnia-Herzegóvna, México, Uganda, Gabão, Líbano, Áustria e Japão.

O Brasil foi pego de calças curtas. A reação abobalhada, a começar da de Lula, se deveu à fulminante reação das cinco potências. Só não me parece correto afirmar que é como se o Brasil jamais tivesse anunciando um acordo porque, reitero, Lula conseguiu, na prática, apressar o consenso dos grandes. Rússia e China, que mais resistiam às sanções, tiveram de escolher entra as duplas “Lula-Amorim” e “Obama-Hillary”. Imaginem a angústia…

Resta a Lula, agora, voltar ao Brasil e transformar a sua formidável derrota num ativo eleitoral, excitando o antimericanismo rombudo. O discurso do recalcado triunfante é sempre um bom lugar para esconder uma monumental derrota.

Lá fora, a máscara de Lula caiu. Agora só lhe sobrou o picadeiro da política interna.

domingo, 16 de maio de 2010

O QUE É ARREPENDIMENTO?


Por William S. Plumer


O arrependimento pertence exclusivamente à religião dos pecadores. Não tem lugar na vida de criaturas não caídas. Aqueles que nunca cometem pecados nem possuem uma natureza pecaminosa não precisam de perdão, conversão ou arrependimento. Os anjos santos nunca se arrependem. Não têm do que se arrepender. Isso é tão claro que é desnecessário argumentar o assunto. Mas os pecadores precisam de todas essas bênçãos, que lhes são indispensáveis. A impiedade do coração humano torna-as necessárias.


Em todas as épocas, desde que nossos primeiros pais foram expulsos do Jardim do Éden, Deus tem insistido no arrependimento. Entre os patriarcas, Jó disse: "Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza" (Jó 42.6). Sob a vigência da Lei, Davi escreveu os salmos 32 e 51. João Batista clamou: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 3.2). Cristo declarou a respeito de Si mesmo que viera "chamar... pecadores ao arrependimento" (Mt 9.13).



Pouco antes de sua ascensão, Cristo ordenou "que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém" (Lc 24.47). E os apóstolos ensinaram a mesma doutrina, "testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus" (At 20.21).




Portanto, qualquer sistema de religião entre os homens que não inclua o arrependimento é falso. Matthew Henry disse: "Se o coração do homem tivesse permanecido reto e puro, as consolações divinas seriam recebidas sem essa dolorosa operação precedente. Mas, visto que o coração do homem é pecador, tem de ser primeiramente quebrantado, antes de receber paz; tem de labutar, antes de obter descanso. Para haver a cura, a ferida precisa ser examinada.
A doutrina do arrependimento é uma doutrina correta do evangelho. Não somente o austero João Batista, que foi considerado um homem melancólico e pessimista, mas também o amável e gracioso Jesus, cujos lábios transbordavam doçura, pregou o arrependimento".


Embora o arrependimento seja um dever óbvio e freqüentemente ordenado, só pode ser realizado de modo verdadeiro e eficaz pela graça de Deus. É um dom do céu. Paulo orientou Timóteo a instruir, com mansidão, aqueles que se opunham, na expectativa de que Deus lhes concedesse "o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade" (2 Tm 2.25). Cristo foi exaltado como Príncipe e Salvador, "a fim de conceder... o arrependimento" (At 5.31). Assim, quando os gentios foram introduzidos na igreja, esta glorificou a Deus, dizendo: "Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida" (At 11.18).


Tudo isso está de acordo com o tom das promessas do Antigo Testamento. Ali, Deus afirmou que faria essa obra em e por nós. Ouça esta graciosa promessa: "Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis" (Ez 36.26-27)... O verdadeiro arrependimento é uma misericórdia especial da parte de Deus. Ele nos dá o arrependimento, pois este não procede de nenhum outro. É impossível para a natureza caída recuperar-se a si mesma, por suas próprias forças, assim como é impossível arrepender-se verdadeiramente.



O coração está preso aos seus próprios caminhos e justifica sua vida pecaminosa com obstinação incurável, até que a graça opera a mudança. Motivos para fazer o bem não são suficientemente fortes para vencer a corrupção no coração natural do homem. Se devemos alcançar esta bênção, isso deve ocorrer pela ação do grande amor de Deus por homens perdidos.


O arrependimento é bastante lógico... Quando somos chamados ao exercício de deveres que relutamos em cumprir, nos convencemos facilmente de que tais deveres são cobrados de nós insensatamente. Portanto, sempre é proveitoso que tenhamos um mandamento de Deus compelindo nossa consciência, em qualquer dos casos. É verdadeiramente benéfico que Deus fale conosco de modo autoritário quanto a este assunto. Deus "notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam" (At 17.30).
A base da ordem é o fato de que todos os homens, onde quer que estejam, são pecadores. Nosso bendito Salvador não tinha pecado. Ele não podia se arrepender. Com essa única exceção, desde a Queda, nunca existiu qualquer pessoa justa que não necessitasse de arrependimento. E ninguém é mais digno de compaixão do que os homens infelizes e iludidos que não vêem em seu coração nada do que se arrependerem.


O que é o verdadeiro arrependimento? Essa é uma pergunta da mais elevada importância. Merece a nossa melhor atenção. Esta talvez seja a melhor definição já apresentada: "O arrependimento para a vida é uma graça salvadora, que o Espírito Santo e a Palavra de Deus operam no coração de um pecador; é uma graça por meio da qual o pecador, motivado por senso e percepção, e não somente pelo perigo, bem como por causa da impiedade e do ódio para com seu pecados, com base na apreensão da misericórdia de Deus, em Cristo, para com aqueles que se arrependem, sente tanta tristeza e odeia tanto o seu pecado, que se volta deles para Deus, intencionando e se esforçando continuamente para andar com Ele em todos os caminhos de uma nova obediência".



Quando examinamos mais completamente essa definição, torna-se evidente que ela é correta e bíblica. O verdadeiro arrependimento é uma tristeza pelo pecado, um tristeza que leva a transformação. O simples remorso não é arrependimento, assim como não o é a reforma exterior. O arrependimento não é uma imitação da virtude; é a própria virtude...


Aquele que se arrepende verdadeiramente sente tristeza por seus pecados; aquele cujo arrependimento é espúrio se preocupa principalmente com suas conseqüências. O primeiro se entristece principalmente por haver praticado o mal; o segundo, por ter incorrido no mal. Um lamenta e admite que merece punição, o outro lamenta que tenha de sofrer punição. Um aprova a Lei que o condena; o outro acha que é tratado com severidade e que a Lei é rigorosa. Para aquele que se arrepende com sinceridade, o pecado parece bastante pecaminoso. Para aquele que se entristece segundo o mundo, o pecado parece agradável, de algum modo; ele lamenta que o pecado lhe seja proibido. Um diz que pecar contra Deus é algo perverso e terrível, ainda que não lhe sobrevenha punição. O outro veria pouco mal na transgressão, se não houvesse as dolorosas punições que certamente a acompanham. Um desejaria ser libertado do pecado, ainda que não existisse o inferno. O outro pecaria com avidez crescente, se não houvesse retribuição.


O verdadeiro arrependimento é adverso ao pecado, pois este é uma ofensa contra Deus. E isso se refere a todos os tipos de pecados. Contudo, pode-se observar que há duas classes de pecado que permanecem com grande vigor na consciência daqueles cujo arrependimento é verdadeiro. São os pecados de omissão e os pecados secretos. Por outro lado, em um arrependimento espúrio, a mente inclina-se a permanecer em pecados notórios e pecados de comissão. A pessoa verdadeiramente arrependida conhece a praga de um coração mau e de uma vida infrutífera; a pessoa de arrependimento falso não se inquieta a respeito do estado genuíno de seu coração, mas se entristece com o fato de que as aparências lhe são bastante contrárias.



William S. Plumer (1802-1880) foi um ministro presbiteriano norte americano, graduado pela Universidade de Princeton. Foi um escritor prolífico e, em seus dias, era conhecido como um vigoroso pregador do Evangelho. Acerca de Plummer, foi dito que "...era, acima de todos os demais de sua época, são na doutrina, perscrutador na experiência e realista na prática".




Extraído de Vital Godliness: A Treatise on Experimental and Practical Piedy, reimpresso por Sprinkle Publications.
Traduzido por: Pr. Wellington Ferreira Copyright© Editora FIEL 2010.

sábado, 15 de maio de 2010

PASTOR DANÇARINO, O FIM DA PICADA!

ANTINOMISMO


Por R.C. Sproul
Há um antigo verso que serve para ilustrar bem o tema antinomiano. O verso diz: “Livre da lei, que maravilhosa condição, posso pecar quanto quiser e ainda alcançar a remissão“.
Antinomianismo significa literalmente “antilei”. Ele nega ou diminui a importância da lei de Deus na vida do crente. É o oposto da heresia gêmea, o legalismo.

Os antinomianos cultivam aversão pela lei de várias maneiras. Alguns acreditam que não têm obrigação de obedecer às leis morais de Deus porque Jesus os libertou da lei. Insistem em que a graça não só liberta da maldição da lei de Deus, mas também nos liberta da obrigação de obedecê-la. A graça, pois, se torna uma licença para a desobediência.

O mais surpreendente é que as pessoas defendem este ponto de vista a despeito do ensino vigoroso de Paulo contra ele. Paulo, mais do que qualquer outro escritor do Novo Testamento, enfatizou as diferenças entre a lei e a graça. Ele se gloriava na Nova Aliança. Mesmo assim, foi muito explícito em sua condenação do antinomianismo. Em Romanos 3.31 ele escreve: “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei.”.

Martinho Lutero, ao defender a doutrina da justificação pela fé somente, foi acusado de antinomianismo. Ele, no entanto, afirmava com Tiago que “a fé sem obras é morta”. Lutero discutiu com seu discípulo João Agrícola sobre esta questão. Agrícola negava que a Lei tivesse qualquer propósito na vida do crente. Negava até mesmo que a lei servisse para preparar o pecador para a graça. Lutero respondeu a Agrícola com sua obra Contra o Antinomianismo em 1539. Posteriormente, Agrícola se retratou de suas idéias antinomianas, mas a questão permaneceu.
Teólogos luteranos posteriores afirmaram a visão de Lutero da lei. Na Fórmula de Concórdia (1577), a última das declarações da fé luteranas, eles relacionaram três utilidades da lei: (1) revelar o pecado; (2) estabelecer um nível geral de decência na sociedade como um todo e (3) proporcionar uma regra de vida àqueles que foram regenerados pela fé em Cristo.

O erro primário do antinomianismo é confundir justificação com santificação. Somos justificados pela fé somente, independentemente das obras. Entretanto, todos os crentes crescem na fé ao observarem os mandamentos de Deus – não para granjearem o favor de Deus, mas movidos por uma amorosa gratidão pela graça que já lhes foi concedida através da obra de Cristo.
É um erro grave supor que o Antigo testamento era a aliança da lei e que o Novo Testamento é aliança da graça. O Antigo Testamento é um testemunho monumental da maravilhosa graça de Deus em favor de seu povo. Semelhantemente, o Novo Testamento está literalmente cheio de mandamentos. Não somos salvos pela lei, mas demonstramos nosso amor a Cristo obedecendo a seus mandamentos. “Se me amais, guardai os meus mandamentos.” Jo 14.15.

Freqüentemente ouvimos a afirmação: “O cristianismo não é um monte de normas sobre o que fazer e o que não fazer. Não é uma lista de regras”. Há alguma verdade nesta dedução, visto que o cristianismo é muito mais do que uma mera lista de regras. Em sua essência, o cristianismo é um relacionamento pessoal com o próprio Cristo. Não obstante, o cristianismo também não é destituído de regras. O Novo Testamento claramente inclui alguns “faça e não faça”. O cristianismo não é uma religião que sanciona a idéia de que todos têm o direito de fazer o que acharem melhor aos próprios olhos. Ao contrário, ele nunca dá a alguém o “direito” de fazer o que é errado,
Sumário
1. Antinomianismo é heresia que diz que os cristãos não têm qualquer obrigação de obedecer às leis de Deus.
2. A lei revela o pecado, é o fundamento para a decência na sociedade e é um guia para a vida cristã.
3. O antinomianismo confunde justificação e santificação.
4. Lei e graça enchem tanto o Antigo quanto o Novo Testamento.
5. Embora obedecer à lei de Deus não seja a causa meritória da nossa justificação, espera-se que uma pessoa justificada busque ardentemente obedecer aos mandamentos de Deus.
Confira em Jo 14.15; Rm 3.27-31; Rm 6.1,2; 1 Jo 2.3-6; 1 Jo 5.1-3

Fonte: 3º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã – R. C. Sproul. Editora Cultura Cristã.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

DEUS ESTÁ PRESENTE NO SEU LAR?

Por Arthur W. Pink

Visto que o crente não pertence a si mesmo, mas foi comprado por preço, seu alvo é glorificar a Deus, em todos os relacionamentos da vida. Não importa a posição social que ele ocupa ou mesmo o que ele é, o crente tem que servir como testemunha de Cristo.
Juntamente com a igreja de Deus, o lar do crente deve ser a esfera de sua mais evidente dedicação a Deus. Todas as realizações no lar têm de estampar o selo da divin chamada do crente, e todos os seus afazeres devem ser dispostos de tal modo, que todas as pessoas vindas ao seu lar percebam que Deus está ali.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

CAPITALISMO NO BANCO DOS RÉUS


Por Bruno Pontes

No mundo com acesso às informações ignoradas ou escondidas pela grande imprensa, o embuste pseudocientífico do aquecimento global já se desmanchou como um castelinho de areia banhado pelo mar. Na outra dimensão, burocratas e jornalistas pautados pelo IPCC continuam a martelar o engodo, como se nada tivesse acontecido, mostrando que a famosa máxima do ministro da propaganda nazista nunca deixará de ter eficácia.

Os partidários do aquecimento global não sabem se vai chover daqui a dois dias, mas nos comunicam, com muita seriedade, que os mares vão subir 3 metros nos próximos 30 anos. Em 2027, a temperatura média do planeta atingirá 46 graus. A coisa não se limita aos discursos. É próprio do ativista querer transformar a fantasia em realidade, e não há limites para quem acredita carregar a chave do outro mundo possível.

No chamado Dia da Terra, 22 de abril, Evo Morales e Hugo Chávez comandaram uma Conferência dos Povos sobre as Mudanças Climáticas e apresentaram uma proposta modesta: a formação de um tribunal do clima, que julgaria pessoas, empresas e países inteiros com base em suas contribuições para o aquecimento. A piada é grotesca, mas existem milhões de indivíduos mentalmente preparados para concretizá-la.

Pergunte a um meteorologista o clima da semana que vem. O máximo que ele pode fazer é indicar a probabilidade de certas condições atmosféricas. Por mais avançada que seja sua técnica, o homem não pode dar a certeza absoluta de sol no próximo domingo. O vulcão da Islândia cuspiu fogo e parou o tráfego aéreo na Europa. Nenhuma máquina previu a erupção. Não existem meios de interromper o fluxo da lava e a emissão dos gases. Só o que a humanidade pode fazer é ficar olhando e esperar passar.

A natureza é desconhecida e incontrolável. O cérebro saudável aceita este fato. Mas a operação aquecimento, como todo empreendimento de manipulação mental, veio para destruir nas multidões o senso da realidade, idiotizando-as a título de torná-las "ambientalmente responsáveis". Nesse contexto, nada mais lógico que um tribunal para julgar e punir a humanidade - em nome de uma sandice politicamente útil.

Se você ainda não reparou ou prefere não chegar à conclusão de que a agenda verde é a nova roupa do velho movimento socialista internacional, escute Evo Morales, que resumiu: "Ou morre o capitalismo ou morre o planeta". Que pretexto melhor que a salvação da Terra poderia haver para se exigir o controle da economia global? Como propaganda de massa, é imbatível. Deixa a luta de classes no chinelo.

Fonte: O Jornal Estado

A CARTA A DIOGNETO

A Carta a Diogneto é um documento de primeira grandeza e um patrimônio do cristianismo. Essa preciosa carta, fonte primária de conhecimento sobre a vida cristã, é digna de ser colocada entre as obras mais importantes da literatura cristã. Embora seu autor seja desconhecido, de acordo com os últimos estudos o destinatário mais provável seria o imperador Adriano, que exercia a função de arconte em Atenas desde 112 d.C.


Um pagão culto, desejoso de conhecer melhor a nova religião que se espalhava pelas províncias do império romano, impressionado pela maneira como os cristãos desprezavam o mundo, a morte e os deuses pagãos, pelo amor com que se amavam, queria saber: que Deus era aquele em quem confiavam e que gênero de culto lhe prestavam; de onde vinha aquela raça nova e por que razões apareceram na história tão tarde.Foi para responder a estas e outras questões de igual importância que nasceu esta jóia da literatura cristã primitiva, o escrito que conhecemos como Epístola a Diogneto. O texto se revela, simultaneamente, como crítica do paganismo e do judaísmo e defesa da superioridade do cristianismo.


Segue abaixo, um pequeno excerto da Epístola a Diogneto, o suficiente para provocar a nossa reflexão e inspirar a nossa fé.




Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por sua língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver.


Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e a especulação de homens curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo em casa gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto, testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal.


Vivem na sua pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como estrangeiros.Toda pátria estrangeira é pátria deles, a cada pátria é estrangeira.

Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põe a mesa em comum, mas não o leito; estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem as leis estabelecidas, as com sua vida ultrapassam as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, apesar disso, condenados; são mortos e, deste modo, lhes é dada a vida; são pobres e enriquecem a muitos; carecem de tudo e tem abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida. Pelos judeus são combatidos como estrangeiros, pelos gregos são perseguidos, a aqueles que os odeiam não saberiam dizer o motivo do ódio.

sábado, 8 de maio de 2010

O PODER DA MÃE QUE ORA


Por Judiclay S. Santos

Os poetas dizem que cada criança que nasce é um telegrama de Deus anunciando que ainda ama o homem. Ser mãe é exercer um grande, sublime e influente ministério. John Maxwell, o maior expoente sobre liderança cristã, na atualidade, afirmou que liderança é, sobretudo, influência. Ser mãe é ser líder, pois ninguém influencia os filhos mais do que as mães. A mãe carrega os filhos no coração, no ventre, nos braços, no bolso, nos sonhos. Nenhuma outra força na vida da criança é tão poderosa em influência como a mãe.


Muitos homens famosos foram influenciados por suas mães. A mãe de George Washington era uma mulher cristã e muito piedosa, com profundo senso cívico. Seu filho foi o primeiro e um dos melhores presidentes dos EUA. Por outro lado, a mãe de Nero era gananciosa, sensual e assassina, acabou sendo morta pelo próprio filho. Sem dúvida alguma, a mãe pode influenciar seu filho tanto para o bem como para o mal. Necessitamos de mães piedosas que exerçam influencia na vida de seus filhos através do poder da oração.


Mônica, mãe de Agostinho é um notável exemplo do poder e eficácia da oração. Seu filho, antes de ser “o Doutor da Graça” como é conhecido por sua grande habilidade como teólogo, vivia na perversão e imoralidade. Por conta de sua total rebelião contra Deus parecia que jamais seria convertido. Mônica procurou Ambrósio, bispo de Milão, cidade onde Agostinho era professor de retórica, e lhe expôs o problema. Ambrósio lhe disse que ficasse em paz, pois “um filho de tantas lágrimas, jamais podia perecer”. O bispo de Milão estava certo, as orações de Mônica seriam atendidas. Por meio da soberana graça de Deus Agostinho se rendeu a Jesus Cristo, arrependeu-se de seus pecados e teve sua vida transformada. Mônica perseverou em oração por mais de 30 anos até que viu seu filho uma nova criatura em Cristo Jesus. Agostinho foi bispo de Hipona, no norte da África e dos maiores teólogos do cristianismo.


Em sua monumental obra, Confissões, ele sempre se reporta a sua mãe como sendo uma bênção em sua vida. Certo dia, ele foi levado a dizer: "Se sou teu filho, ó Senhor, foi porque me deste tal mãe." Louvamos a Deus por cada mãe que dobram seus joelhos para que seus filhos estejam em pé na presença de Deus. Jamais devemos subestimar o poder da oração de uma mãe.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

IDEOLOGIZAÇÃO DA HISTÓRIA NOS MANUAIS ESCOLARES

Por Judiclay S. Santos


O tema da ideologização da história nos manuais escolares vem sendo objeto de estudos e críticas. Novas teses questionam heróis e mitos do nosso passado. Pesquisadores que tiveram acesso a documentos, antes secretos, produziram novas teses sobre a História do nosso país

O historiador Marco Antônio Villa, autor do livro Breve História do Estado de São Paulo e o jornalista, Leandro Narloch, autor do livro Guia Politicamente Incorreto foram entrevistados pela jornalista Mônica Waldvogel, em seu programa Entre Aspas, da Globo News.


Trata-se de uma discussão muito interessante, que provoca muitas perguntas e ascende o debate sobre algumas questões que são ensinadas nas escolas brasileiras, mas que não passam pelo crivo da verdade.


Assistam os vídeos:








quarta-feira, 5 de maio de 2010

EGOÍSMO – AMOR MAL DIRECIONADO


Certo homem, muito rico, sentindo que ia morrer, pediu papel e caneta e escreveu assim:
“Deixo os meus bens minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres”.
Não teve tempo de pontuar – e morreu. A quem ele deixava a fortuna que tinha? Eram quatro os concorrentes.


Chegou o sobrinho e fez a seguinte pontuação: “Deixo os meus bens minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.


A irmã do morto chegou em seguida, com outra cópia do documento e pontuou-o deste modo: “Deixo os meus bens minha irmã.Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.


Surgiu o alfaiate que, pedindo uma cópia do original, fez estas pontuações: “Deixo os meus bens a minha irmã? A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.
O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade, e um deles, mais sabido, tomando outra cópia, pontuou-a assim: Deixo os meus bens a minha irmã? A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.


Seria esta apenas uma historieta ou uma instrutiva ilustração da realidade humana? Creio que o egocentrismo é a causa primária do conflito nos relacionamentos humanos. É por causa do amor próprio, do amor ao dinheiro e do amor aos prazeres que a sociedade padece uma aguda crise relacional. A pessoa egoísta é a melhor amiga de si mesma.

No universo há Deus, pessoas e coisas. Nós devemos adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. Se começamos adorando a nós mesmos, nós iremos ignorar Deus, amar as coisas e usar as pessoas. O egoísmo é o amor mal direcionado. O amor próprio no lugar errado abre caminhos para todas as falhas humanas. O egocentrismo é um ato de impiedade. Buscar apenas os seus interesses próprios sem se importar com o outro é andar na contramão do evangelho. Os discípulos de Jesus Cristo, adoram a Deus, amam as pessoas e usam as coisas. Eles vencem o egoísmo.

CONFORTO E PERDÃO!

Por Charles Haddon Spurgeon,
Pastor Batista do século 19


Considera as minhas aflições e o meu sofrimento e perdoa todos os meus pecados. Salmo 25.18


É bom que tenhamos orações a respeito de nossas aflições proferidas juntamente com súplicas referentes ao nosso pecado. Não devemos ser tão dominados por nossa dor, que esqueçamos nossas ofensas contra Deus. Foi a Ele que Davi apresentou sua tristeza e confessou seu pecado. Temos de levar nossas tristezas a Deus. As suas pequenas aflições podem ser lançadas sobre o Senhor, pois Ele conta até os cabelos de sua cabeça. Suas grandes aflições devem ser entregues a Deus, visto que Ele sustenta o oceano na palma de suas mãos.


Dirija-se a Ele, não importa qual seja a sua aflição presente, e você O encontrará disposto e capaz de dar-lhe alívio. Também temos de contar-Lhe nossos pecados. Temos de levá-los à cruz. O sangue de Cristo purificará a culpa desses pecados e destruirá seu poder de corrupção.
Finalmente, temos de nos dirigir ao Senhor com nossas súplicas e nossos pecados servindo-nos da atitude correta. Tudo que Davi suplicou a respeito de sua tristeza foi: “Considera as minhas aflições e o meu sofrimento”. A próxima súplica, porém, foi mais definida – “Perdoa todos os meus pecados”. Muitos que se encontram em sofrimento diriam: “Remove a minha dor e a minha aflição; depois, considera o meu pecado”. Mas Davi clamou: “Senhor, no que diz respeito à minha dor e ao meu sofrimento, eu não ditarei a tua sabedoria. Considera-os, Senhor; eu os deixarei contigo. Quanto ao meu pecado, Senhor, eu sei que preciso tê-los perdoados. Não posso suportar o permanecer sob a maldição deles nenhum momento”.


O crente sabe que a tristeza é mais fácil de ser tolerada do que o pecado. O crente pode suportar a continuidade de suas aflições, mas não pode suportar o fardo de seus pecados.

domingo, 2 de maio de 2010

RETARDAMENTO ESPIRITUAL


A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes tornado tardios em ouvir. Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.
(Hebreus 5.11-14)

O autor de Hebreus censura a condição de alguns cristãos e expõe uma triste realidade entre eles. Muitos crentes para os quais ele escreve não tinham crescido espiritualmente. Ele começa o capítulo cinco compartilhando com aqueles irmãos coisas maravilhosas acerca do superior sacerdócio de Cristo, buscando contrastar a antiga aliança com a nova e superior aliança em Cristo, nosso eterno e sumo sacerdote. Mas ele tem que admitir que não podia avançar, isso porque como ele mesmo diz, há muitas gloriosas verdades, difíceis de explicar, mas eles eram “tardios em ouvir”.

A palavra “tardios” é a tradução do vocábulo grego, nothros, que significa “preguiçoso, lento, descuidado”. A crítica é que eles eram preguiçosos para aprender. O autor está denunciando uma triste situação. Havia neles um embotamento da capacidade espiritual para receber, compreender e aplicar os ensinamentos espirituais.

Passados muitos anos, desde a profissão de fé, muitos daqueles irmãos continuavam no rol de berço, como crianças imaturas, incapazes de receber alimento sólido, substancioso.

John Gill, um notável pastor inglês do século 18, comentando esse texto sugere a razão dessa terrível enfermidade espiritual: "...com freqüência, esse embotamento no ouvir, se origina do orgulho e do preconceito, da irreverência ante a Palavra de Deus; e com freqüência, igualmente, do engano das riquezas e dos cuidados da vida”.

Sua leitura está de acordo com o versículo 12, que diz: “Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade que alguém vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido.” Hb 5.12

Em outras palavras o texto está dizendo (me permita fazer uma paráfrase):

“Deveria ser uma vergonha para vocês, constatar que depois desses anos todos, ao invés de serem mestres, vocês ainda são crianças. Com o passar do tempo vocês já deveriam ser mestres, professores, discipuladores de outros, mas vocês continuam no rol de bebê. É necessário que vos ensine de novo os princípios elementares. Vocês são necessitados de leite, vocês não suportam alimento sólido”.

APLICAÇÃO:
A igreja hoje vive esse mesmo drama. Membros que deveriam estar em um estágio avançado da vida cristã, mas que ainda tomam mamadeira, crianças espiritualmente retardadas.

O texto diz que eles necessitavam que alguém ensinasse novamente “os princípios elementares dos oráculos de Deus”. Ou seja, eles tinham que aprender o ABC da Palavra de Deus, pois por negligencia não haviam crescido, não eram capazes de receber alimento de adulto, sólido e substancioso.

João Calvino, o grande teólogo da Reforma faz um brilhante comentário:
"Certamente que a doutrina de Cristo provê leite para as crianças, assim como provê alimento sólido para os adultos. De forma, porém, que uma criancinha é nutrida do leite maternal, não para que dependa sempre do peito materno, senão para que passe gradualmente a alimentar-se de alimento mais forte, assim também nós devemos mamar o leite da Escritura, ao princípio, para que mais tarde nos alimentemos de seu pão".

No início, o que todo cristão necessita é de leite. O alimento mais adequando aos recém nascidos. Mas, com o passar do tempo, a fim de que o indivíduo continue se desenvolvendo ele precisa de alimento sólido. Nenhuma criança chegará à fase adulta a base de leite.

Muitas vezes, em nome da simplicidade, uma crassa e perniciosa ignorância é acoitada nas igrejas e por conta disso, gente que deveria ter a estatura e a maturidade de um adulto, não passa de criança. Em nossas igrejas atualmente, via de regra, infelizmente, paira um espírito anti-intelectual, avesso a tudo que diz respeito ao ato de pensar, estudar, refletir. Vivemos a era da celebração da estupidez. Cultos sensoriais estão na moda. As pessoas são encorajadas a sentir (seja lá o que for) e muito pouco, ou quase nada, a pensar. Resultado: Analfabetismo bíblico; espiritualidade gnóstica, eivada de elementos do paganismo; incapacidade de dialogar e influenciar a cultura com os valores da fé cristã.

O drama de muitos pastores é que se vêem diante de um enorme berçário. Somos tomados de alegria quando Deus soberanamente opera novos nascimentos. É motivo de alegria ter crianças espirituais entre nós como fruto da obra de regeneração realizada pelo Espírito Santo, por intermédio da pregação da palavra.

O que é triste, embora necessário, é ter que lidar com crianças que ainda estão nesse estágio porque estão atrasadas no seu desenvolvimento. Estou falando de cristãos com a doença do retardamento espiritual. Uma absurda discrepância entre o que são e o que deveriam ser.

Paulo disse que os dons são dados por Deus a sua Igreja visando um fim proveitoso. Deus estabelece mestres na vida da Igreja para promover o crescimento espiritual do Corpo. O sagrado magistério da Palavra visa promover a maturidade dos discípulos de Cristo.

“...com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho de seu serviço, para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para o outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia que induzem o erro”. Efésios 4.11-14

Peço a Deus que use os meios que Ele mesmo julgar necessários para que sua Igreja cresça no conhecimento e na graça de Cristo. Deus permita que vejamos a igreja formada por homens e mulheres adultos em Cristo. Pessoas firmes na doutrina e maduras vida cristã.