sexta-feira, 29 de abril de 2011

O GRAVE PECADO DA INSATISFAÇÃO



Por Judiclay Santos

Nós vivemos na era da globalização econômica. Nessa aldeia global e sem fronteiras um macro shopping mundial foi aberto. Estudos indicam que até um tempo atrás as pessoas ficavam satisfeitas com as suas necessidades básicas supridas. Mas desde a década de 70 vem crescendo a indústria do marketing que busca essencialmente nos convencer de que, além das necessidades humanas básicas de ar, água, alimento e abrigo, todos nós temos uma quinta necessidade, a de novidade. Com isso, o luxo de ontem se tornou a necessidade de hoje.

A análise da atual conjuntura é assustadora. É impressionante constatar que “antes que as crianças entrem na primeira série do ensino fundamental, já terão sido expostas a trinta mil anúncios e propagandas.” A fim de gerar consumidores insatisfeitos a estratégia é alterar os valores das pessoas. Para um indivíduo fisgado pela indústria do marketing e curvado ao espírito consumista, o TER e não o SER é a base de sua felicidade. As pessoas tendem a adubar a sua vida com falsos referenciais de significação. Quando isso acontece, elas gastam o que não podem com o dinheiro que não tem para impressionar as pessoas que não conhecem. Tudo é vaidade!

Epicuro, filósofo grego, dizia com muita propriedade: “Nada é o bastante para o homem para quem o suficiente é muito pouco.” Há muita gente infeliz e insatisfeita, aprisionadas pelas algemas do consumismo e atrás das grades da vaidade. Um contingente expressivo de pessoas vive na mediocridade porque desconhece os bons, perfeitos e agradáveis propósitos de Deus, o Pai de amor. Há crentes que na ânsia de buscar o pão nosso de cada dia se esquecem do Pai nosso que está nos céus.

Meu amigo, sua capacidade de ler indica que você é mais feliz do que 2 bilhões de pessoas que são analfabetas. Se você tem qualquer dinheiro, ainda que centavos em sua carteira, você está entre os 8% de pessoas mais ricas do mundo.

Portanto, deveríamos levar a sério o que diz a Palavra de Deus: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as cousas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma, te deixarei, nunca jamais te abandonarei”. Hebreus 13.5

Os quatro mais notáveis escritores anglicanos

C. S. Lewis (1898-1963)
Foi um dos gigantes intelectuais do século 20 e talvez o mais influente escritor cristão de sua época. Lecionou literatura inglesa na Universidade de Oxford e inglês medieval e renascentista na Universidade de Cambridge. Escreveu mais de trinta livros, entre eles a famosa série “As Crônicas de Nárnia”, “O Problema do Sofrimento”, “A Anatomia de uma Dor”, “Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz”, “Os Quatro Amores” e “Cristianismo Puro e Simples”. Este último foi o livro que mais levou intelectuais a se tornarem verdadeiramente cristãos na história da literatura. A vasta cultura e a grande projeção de Lewis não o impediram de declarar: “Meu bem maior está em outro mundo e o meu único e verdadeiro tesouro é Cristo”.


John
Stott (1921- )
É umas das pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista “Time”. Foi pastor da All Souls Church, em Londres, capelão da rainha Elizabeth II e presidente do London Institute for Contemporary Christianity. Redigiu o pacto de Lausanne, o mais importante documento de missiologia do século 20, e é o pregador e escritor mais cristocêntrico da atualidade. Essa relação pessoal com o Senhor começou em fevereiro de 1938, há 72 anos, quando Stott abriu a porta para Jesus, com a idade de 17 anos. Para ele, Jesus “é o nosso destino e também o nosso predecessor, nosso acompanhante e a nossa senda”. Os mais conhecidos livros de Stott são Cristianismo Básico, Por que Sou Cristão, “A Verdade do Evangelho”, “Homens com uma Mensagem”, “O que Cristo Pensa da Igreja” e “Eu Creio na Pregação”.



J. I. Packer (1926- )
Quando estudante em Oxford, Packer ouviu as primeiras palestras de C. S. Lewis, 28 anos mais velho, e foi fortemente influenciado por ele. Ordenado ministro da Igreja da Inglaterra aos 27 anos, logo se associou ao movimento evangelical. Mudou-se para o Canadá em 1979 e se tornou professor e uma das pessoas mais influentes do Regent College, em Vancouver, onde permaneceu até 2004. Packer é um dos editores associados da Bíblia de Genebra e da revista “Christianity Today”. Sua obra principal e mais conhecida é “O Conhecimento de Deus”, publicado também na forma de devocionário (O Conhecimento de Deus ao Longo do Ano).



N. T. Wright (1948- )
É um dos mais conhecidos e respeitados estudiosos do Novo Testamento da atualidade. Certo do chamado de Deus para o ministério quando era um menino de 7 anos, ordenou-se aos 28 e sagrou-se bispo aos 55. Escreveu mais de quarenta livros, três deles publicados no Brasil (O Mal e a Justiça de Deus, Simplesmente Cristão e Surpreendido pela Esperança), é articulista de jornais como “The Times”, “The Independent” e “The Guardian”, e pregador televisivo. Tem nove títulos honorários de doutor em divindade, é membro do Parlamento Britânico e professor visitante de várias universidades, entre as quais se destacam a Harvard Divinity School (Estados Unidos), a Universidade Hebraica (em Jerusalém) e a Universidade Gregoriana (em Roma). É um especialista em escatologia (principalmente no que se refere à ressurreição) e costuma dizer que “Deus quer endireitar o mundo e para isso colocou em prática esse dramático projeto através de Jesus”.

FONTE: Ultimato
http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/323/os-quatro-mais-notaveis-escritores-anglicanos

quarta-feira, 27 de abril de 2011

SERVIÇO FARISAICO X SERVIÇO VERDADEIRO

Por Richard Foster

Se o verdadeiro serviço deve ser entendido e praticado, é preciso distingui-lo claramente do "serviço farisaico". Segue abaixo um excelente texto do Foster sobre esse fundamental aspecto da vida cristã.

O serviço farisaico é prestado pelo esforço humano. Ele gasta somas imensas de energia calculando e planejando como prestar o serviço. O verdadeiro serviço provém de um relacionamento com o Outro divino em nosso íntimo.

O serviço farisaico impressiona-se com a "aparência". Ele está interessado em registrar lucros impressionantes no "placar" eclesiástico. Gosta de servir, especialmente quando o serviço é titânico.

O serviço verdadeiro acha quase impossível distinguir entre serviço pequeno e serviço grande.

O serviço farisaico demanda recompensas exteriores. Ele precisa saber que as pessoas vêem e apreciam o esforço. Ele busca o aplauso dos homens com a devida modéstia religiosa, é claro. O verdadeiro serviço descansa contente no anonimato. Ele não teme as luzes e o frêmito da atenção, mas também não os busca. Uma vez que ele vive a partir de um novo Centro de Referência, o aceno divino de aprovação é quanto basta.

O serviço farisaico está muitíssimo preocupado com os resultados. Ele espera ansiosamente para ver se a pessoa servida retribui na mesma moeda. Amargura-se quando os resultados ficam aquém das expectativas. O verdadeiro serviço está livre da necessidade de calcular resultados. Ele deleita-se apenas no serviço. Pode servir os inimigos com a mesma liberdade com que serve os amigos.

O serviço farisaico escolhe minuciosamente a quem servir. Às vezes os nobres e poderosos são servidos porque isso trará certa vantagem. Às vezes os humildes e indefesos são servidos porque isso garantirá uma imagem humilde. O verdadeiro serviço não discrimina em seu ministério. Ele ouviu a ordem de Jesus de ser "servo de todos" (Marcos 9:35).

O serviço farisaico é afetado por estados de ânimo e caprichos. Ele só pode servir quando há um "sentimento" de servir ("movido pelo Espírito", conforme dizemos). Saúde ruim ou sono insuficiente controlarão o desejo de servir. O verdadeiro serviço ministra simples e fielmente porque há uma necessidade. Ele sabe que o "sentimento de servir" pode, muitas vezes, constituir-se em obstáculo ao verdadeiro serviço. Ele recusa permitir que o sentimento controle o serviço, mas

permite que o serviço discipline os sentimentos.

O serviço farisaico é temporário. Funciona somente enquanto se executam os atos específicos do serviço. Havendo servido, pode descansar sossegado. O verdadeiro serviço é um estilo de vida. Ele atua a partir de padrões arraigados de vida. Brota espontaneamente para satisfazer a necessidade humana.

O serviço farisaico não tem sensibilidade. Ele insiste em satisfazer a necessidade mesmo que o resultado seja destrutivo. Ele exige a oportunidade de ajudar. O serviço verdadeiro pode deixar de prestar o serviço tão livremente quanto executá-lo. Pode ouvir com ternura e paciência antes de atuar. Pode servir enquanto espera em silêncio. "Servem, também, aqueles que apenas ficam firmes e esperam."

O serviço farisaico fratura a comunidade. Na análise final ele se concentra na glorificação do indivíduo. Portanto, ele coloca os outros a nosso débito e se torna uma das mais sutis e destrutivas formas de manipulação conhecidas. O resultado é a ruptura da comunidade. O verdadeiro serviço, por outro lado, edifica a comunidade.

“Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas”. 1 Pedro 4.10

“Como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". Mt 20.28


quarta-feira, 20 de abril de 2011

JESUS NÃO É NENHUM SALADIM.


ELE É O CHRISTUS VICTOR!

Um dos mais famosos líderes militares do século 12 era um sultão egípcio chamado Saladim. Foi ele quem derrotou os cruzados na III Cruzada (1189-1192) também denominada Cruzada dos Reis por conta da participação dos três principais soberanos europeus da época: Filipe Augusto (França), Frederico Barbaruiva (Sacro Império Romano-Germânico) e Ricardo Coração de Leão (Inglaterra). Ele é um dos personagens que aparece no filme Cruzada, de Ridley Scott.



Com a vitória sobre os cruzados, Saladim impôs a hegemonia islâmica na região. Mas o grande militar vitorioso teve que enfrentar um inimigo invencível aos mortais: a morte. Quando Saladim percebeu que estava para morrer, chamou seu porta-bandeira e ordenou a ele que erguesse a mortalha de seu sepultamento na ponta de uma lança e desfilasse com ela ao redor do acampamento. Embora Saladim não soubesse aquele ritual não era um sinal de honra, mas um atestado de sua miséria. Depois de tantas batalhas, vitórias, glórias e triunfos tudo que ele tinha era um lençol branco para embrulhar seu corpo para ser sepultado. Quando Saladim terminou a sua vida tudo que ele tinha era uma mortalha.



Jesus não é nenhum Saladim. Jesus Cristo é nosso Christus Victor. Nosso adoramos o Cristo Vencedor. Aquele que foi morto está vivo e reina como soberano do universo. Uma das sete declarações de Jesus na cruz foi uma proclamação de vitória: Está consumado! (Jo 19.30) Cristo deu um brado de vitória. A palavra grega usada aqui é TETELESTAI. Seu clamor triunfante significava que o trabalho que o Pai havia lhe dado para fazer estava completo. Essa única palavra fez o céu ficar em silêncio e o inferno tremer.



Não são poucos os que lêem o relato da crucificação ou assistem um filme sobre a paixão de Cristo e sentem pena de Jesus. Elas vêem a cruz de Cristo como uma tragédia na vida de um bom homem. Se nós não compreendermos o significado da palavra TETELESTAI, veremos a morte de Cristo como um trágico desperdício e um retumbante fracasso.



Considere que, enquanto muitos daqueles homens ímpios e tolos o viam como uma vítima patética, Cristo celebrou o triunfo da redenção. TETELESTAI. O plano de salvação, projetado na eternidade pela Trindade santa, estava realizado. A expiação tinha sido consumada; a justiça de Deus satisfeita; O resgate pelo pecado foi pago integralmente. O novo e vivo caminho estava aberto aos pecadores, graças ao perfeito sacrifício do Cordeiro de Deus, o Christus Victor.


Cristo Jesus, ...embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.
E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! 


Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome,para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. Filipenses 2.6-11




terça-feira, 19 de abril de 2011

A COMPLETA DESGRAÇA HUMANA




Por Judiclay Santos


O ser humano foi criado por Deus e para Deus. Foi criado bom, mas com a possibilidade de pecar. A palavra QUEDA, tão importante no contexto da teologia cristã e usada como referencia ao pecado original, não faz justiça ao salto das alturas da glória às profundezas abissais. Foi mais do que uma queda, foi a total e completa desgraça e ruína da raça humana. Só não foi definitiva e irreparável, por causa da soberana graça e infinita misericórdia do Deus Altíssimo.


O notável Schaff comenta a trágica queda de nossos pais, a qual trouxe maldição à toda humanidade.


"A queda de Adão se apresenta como a maior e a mais digna de castigo se considerarmos, primeiramente a altura que ele ocupava, a imagem divina na qual ele foi criado; então, a simplicidade do mandamennto, e a tranquilidade de obecedecê-lo, na abundância de todos os tipos de frutos no paraíso; e finalmente a sanção do mais terrível castigo do seu Criador e mais formidável do seu Benfeitor".


A Confissão de Fé de New Hampshire, traduzida para o português por Zacarias Taylor, ilustre pioneiro da igreja batista no Brasil, em seu artigo sobre a doutrina da Queda, declara:


Cremos que o homem foi criado em santidade, sob a lei de seu Criador; mas por transgressão voluntária caiu daquele santo e feliz estado; em conseqüência do que todos os homens são agora pecadores, não por constrangimento, mas por escolha; sendo por natureza completamente destituídos daquela santidade requerida pela Lei de Deus, inegavelmente inclinado para o mal, e por isso sob justa condenação à ruína eterna, sem defesa ou desculpa.




Bendito seja Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, que por meio de seu sangue vertido na cruz nos resgatou da escravidão do pecado e da tirania de satanás. Graças a Deus por Jesus Cristo, que nos amou e por nós quis morrer. Bendito Cordeiro, que através de seu sangue nos redimiu da escravidão do pecado, da culpa e da condenação.