quinta-feira, 2 de agosto de 2012

AMARGURA: UMA DOENÇA DA ALMA!


Por Judiclay S Santos

AMARGURA: UMA DOENÇA DA ALMA!

A amargura é uma doença na alma. O amargurado é o tipo de pessoa cujo coração não bombeia sangue, mas veneno. Tudo que ela faz ou fala é contaminado pelo vírus da infelicidade e do descontentamento. Suas memórias são amargas e desagradáveis. Suas emoções falidas e sem vida. Seus olhos... uma vitrine da tristeza em seu mais elevado grau. Sua língua é uma máquina de matar. Ninguém presta. Tudo é ruim. Nada é bom. 

A presença de uma pessoa amargura contamina o ambiente e o torna tão sombrio que até os pássaros deixam de cantar. As plantam murcham e sonegam o seu perfume. Assombradas, as crianças se afastam de tais pessoas como se fossem monstros vestidos de gente. A amargura é a morte lenta de uma pessoa que não vive, mas apenas sobrevive em um estado de deplorável miséria existencial.

O que me impressiona é que existem muitas pessoas assim. Gente de mal com a vida. Pessoas que há muito tempo não tem o prazer de sorrir e se alegrar. Gente que perdeu a capacidade de admirar, de elogiar, de se encantar, de amar... O por do sol, o brilho das estrelas, o sorriso de um bebê... nada mais o encanta. Tudo  o irrita, até mesmo o canto dos pássaros e o brilho da lua. Na angústia do seu travesseiro, toda noite é um pesadelo, uma tristeza mórbida. 

Tenho encontrado pessoas amarguradas nos mais variados lugares, nas mais distintas classes sociais e econômicas. Vejo essa amargura no semblante de médicos, que embora sejam capazes de tratar a doença de outros, vivem emocionalmente enfermos e espiritualmente falidos. No supermercado, vejo moças cujo olhar comunica a morte do ser e falência dos sonhos. 

Gente cujo corpo está ali, mas a alma já está em estado de putrefação. São pessoas azedas, de linguagem cáustica e vida infeliz. Algumas são assim por conta de experiências traumáticas, cujas marcas são tão profundas que fazem a alma sangrar. Mulheres mal amadas, meninas violentadas, filhos rejeitados, rapazes desprezados, homens fracassados, esposas traídas, maridos abandonados. Por todo lado vemos miséria, desolação, decepção, frustração, abandono e pecado. 

Quando o coração é ferido, mutilado em mil pedaços, a tendência humana, é juntar a sobra, escondê-lo e torná-lo inacessível. Cria-se uma blindagem emocional tornando o coração refratário ao amor. Quando isso acontece a morte é apenas uma formalidade, pois a vida já não existe.

Se você está vivendo no submundo da amargura, escravizado pelo rancor, dominado pela tristeza, subjugado pelo desespero e refém da desesperança, quero lhe encorajar a falar com Deus: “Senhor, cura a minha alma; faz de mim uma nova pessoa”. Medite na Palavra de Deus, que diz: “Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente”. Salmo 16.11

2 comentários:

Rev. Gerson disse...

Gostei muito do seu texto. Muito bom. Todos precisamos ouvir mais sobre a amargura, porque muitas vezes, o sorriso no rosto é só pra disfarçar a amargura! Deus te abençoe!

Judiclay Silva Santos disse...

Rev. Gerson, obrigado por suas palavras de encorajamento. Deus o abençoe também.