sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

LUZ PARA A SEGURANÇA PÚBLICA


A estatística oficial da violência no Estado do Rio de Janeiro revela que estamos vivendo uma grave crise social que demanda uma reavaliação da relação do governo com a sociedade. Provavelmente já chegamos à marca de 16. 000 mortes violentas em apenas 2 anos e um mes – cifra que causa espanto a povos desenvolvidos. Digna da nossa atenção. Considere sua magnitude, pense no valor que profana e procure mensurar a dor dos parentes das vítimas dessas mortes.

Num cenário como esse a sociedade tem o direito de exigir informação por parte dos seus governantes: “Todos têm o direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral...”. Somente com transparência por parte da Secretaria de Segurança Pública poderemos saber para onde a vida de milhares de pessoas está sendo conduzida, num contexto de conflitos sociais que têm características de guerra civil.
O que temos o direito de saber? Conhecer as repostas de 3 perguntas: Qual a meta do governo para a diminuição das mortes violentas? Como o governo pretende alcançar essa meta? O governo tem recursos para cumprir seus objetivos?

É dever também da autoridade pública nesse cenário de luto, perda do domínio de espaço público para o crime organizado, rajadas de fuzil em pessoas que estão na rua, execuções extra-judiciais e famílias dilaceradas pelo luto, tornar os números das mortes violentas conhecidos diariamente pelo todo da sociedade. A Secretaria de Segurança e o próprio governador têm a obrigação de conceder entrevistas coletivas regulares respondendo perguntas da sociedade civil e jornalistas. Essas questões seriam levantadas com base na meta e planejamento do governo. E caso perceba-se que os cronogramas não estão sendo alcançados, cabe por direito a essa mesma sociedade exigir o que se exige em toda qualquer empresa: revisão dos planos e/ou demissão dos ocupantes dos cargos. Queremos gestão.

Estamos enfrentando um problema social que exige a união da sociedade com os seus governantes. Temos que reconhecer que precisamos do governo, pois num estado democrático de direito as coisas estão dispostas de uma tal maneira que não se consegue nada sem o poder público. Temos que admitir, contudo, que bons governos salvam e maus governos matam. Por isso, somos inevitavelmente levados a reconhecer que o grande pensador suíço J. J. Rousseau estava certo ao dizer: “Quando alguém diz dos negócios do Estado que me importa? deve-se entender que o Estado está perdido”.

Há muito temos dito: “Que me importa?” As pessoas estão morrendo e não cobramos transparência por parte do governo. Por isso esses últimos meses tem sido os mais amargos da vida de milhares de conterrâneos nossos. Famílias inteiras arrasadas pela saudade do parente querido assassinado. Não sei como conseguimos conviver com isso. E na escuridão.

Antônio C. Costa
Presidente do Rio de Paz

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

TERMÔMETRO OU TERMOSTATO?

O termômetro é um instrumento inventado por Galileu no século 16. Trata-se de um aparelho que registra a temperatura, mas não pode alterá-la. O termômetro não tem poder de mudar o ambiente, muito pelo contrário, é afetado por ele. Está sempre subindo ou descendo de acordo com a temperatura. Mas o termostato, usado em aparelhos de ar condicionado e aquecedores, é um instrumento que tem a extraordinária capacidade de regular a temperatura ambiente impedindo-a de sofrer variação.

No que tange a vida cristã, somos termômetro ou termostato. Se você é termômetro, viverá sempre em altos e baixos espirituais, de acordo com as situações, ao sabor das circunstâncias. Mas o crente do tipo termostato, não vive de acordo com a inconstância das circunstâncias, mas, apesar delas, e acima delas.

O apóstolo Paulo era um crente do tipo termostato. Isso fica evidente quando ele mesmo diz: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”. Filipenses 4.11 Ao fazer essa extraordinária declaração Paulo não está assumindo a postura dos estóicos que aspiravam a auto-suficiência. Para o estóico a eliminação de todo desejo e emoção era uma conquista humana que lhe permitia viver acima das circunstâncias. Todavia, não é isso que Paulo pretende. Ao tomar emprestada a palavra contente (autarkes), ele a transformou em algo totalmente diferente do homem auto-suficiente dos estóicos. O contentamento de Paulo mesmo em meio a circunstâncias terrivelmente desfavoráveis era um dom de Deus e não uma conquista humana. A capacidade de ser termostato é uma graça de Deus para todos quantos desfrutam da suficiência que há em Cristo.

Paulo era tão humano quanto nós. Homem de carne e osso que viveu situações difíceis, entretanto não se comportou como um termômetro. Seu contentamento incondicional era uma evidência de que em Jesus Cristo há força “termostática”, razão pela qual ele podia dizer: “tudo posso naquele que me fortalece”.
Que tipo de crente você é? Termômetro ou termostato?

COOPERADORES DA VERDADE

A terceira Carta de João é dirigida a Gaio, um respeitado presbítero da igreja, um excelente exemplo de atitude correta em relação aos missionários. A declaração de João é inspiradora:

“Amado procedes fielmente naquilo que praticas para com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros, os quais, perante a igreja, deram testemunho do teu amor. Bem farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus... para nos tornarmos cooperadores da verdade” III João 5-6,8a

João faz um sincero elogio a hospitalidade de Gaio para com os missionários itinerantes. Desde o primeiro século era muito comum aos evangelistas deixarem suas cidades para pregar o evangelho em outras regiões. No entanto, não havia uma “rede hoteleira” que pudesse recebê-los dignamente, mas apenas pequenas hospedarias insalubres, perigosas por conta dos assaltantes e de má reputação devido a freqüência de prostitutas. Assim sendo, a hospitalidade era um ministério de apoio à obra missionária, razão pela qual João encoraja tal prática em suas cartas. Gaio assumiu esse compromisso e os missionários voltavam dando testemunho do seu amor. Tratava-se de um cristão empenhado da proclamação do evangelho. Há um princípio aqui: Nosso envolvimento é proporcional ao nosso amor.

É curioso notar a recomendação do apóstolo João: “Bem farás encaminhando-os em sua jornada por modo digno de Deus”. Segundo Charles Dodd, um dos mais notáveis teólogos do século 19, a expressão “encaminhando-os em sua jornada” contêm um verbo que era “algo como um termo técnico das missões cristãs primitivas”, e isso implicava na “responsabilidade financeira pela viagem dos missionários”. A hospitalidade de Gaio, a sua disposição apoiar financeiramente os missionários evidencia o seu amor pelo Rei e pelo reino.

Meu querido irmão siga o exemplo de Gaio. Dê o seu apoio aos nossos missionários. Seja você alguém que “procedes fielmente naquilo que praticas com os irmãos”. Queira Deus que todos possam dar “testemunho do teu amor”. Seria uma bênção para sua própria vida se você estivesse engajado nesse ministério. Saiba de uma coisa, agindo assim, nos tornamos COOPERADORES DA VERDADE.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

CARNAVAL - A FESTA DA CARNE

A palavra carnaval deriva da expressão latina carne levare, que significa abstenção da carne. Este termo começou a circular por volta dos séculos XI e XII para designar a véspera da quarta-feira de cinzas, dia em que se inicia a exigência da abstenção de carne. Assim sendo, passou a significar a despedida da carne. Este significado indicava que no carnaval o consumo de carne era considerado lícito pela última vez antes dos dias do jejum quaresmal.

Historiadores vinculam a sua procedência às festas populares em honra aos deuses pagãos Baco e Saturno. Em Roma, realizavam-se comemorações em homenagem a Baco. Os famosos bacanais eram festas acompanhadas de muito vinho e orgias, e também caracterizadas pela alegria descabida, eliminação da repressão e da censura e liberdade de atitudes críticas e eróticas.

À luz das Escrituras o carnaval é uma festa pagã que celebra as paixões carnais. Muitos, por ignorância, não vêem problema algum por se tratar apenas de uma “festa cultural”. Todavia um exame criterioso indicará que o carnaval está associado à desordem, às drogas e à imoralidade (entre outras coisas que embora lícitas, não convém). No carnaval só há uma regra: É proibido proibir! Os antropólogos consideram-no "rito de inversão", momento em que valores e hierarquias são contravertidos. Dicionários registram que a palavra "carnaval" significa confusão, desordem, orgia, inconseqüência e irresponsabilidade.

O Brasil é mundialmente conhecido como o "País do Carnaval". Muitos se orgulham disso. É lamentável que essa "festa carnal" seja definida como cultural, uma espécie de identidade nacional. Para nós, os cristãos, a tristeza é ainda maior, porque sabemos que essa festa deriva da homenagem a um falso deus, Baco, patrono da orgia, da embriaguês, dos excessos da carne, cujas conseqüências são sempre danosas.

A Palavra de Deus diz que "os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz". (Rm. 8.5-6).

A GLOBO E O SEU JORNALISMO PRECONCEITUOSO

Durante a semana, a Rede Globo levou ao ar reportagens sobre os 200 anos de Darwin. Foi a “darwinlatria” esperada, com textos de louvor e nada de contestação séria ao “maior cientista de todos os tempos”. Hoje o Bom Dia Brasil levou ao ar um compacto da reportagem apresentada no Globo News, procurando - como faz a maior parte dos meios de comunicação - polarizar a discussão entre ciência e religião, evitando manter o assunto nos domínios da ciência empírica. Com isso, a emissora do BBB deixou mais do que evidente seu preconceito e falta de interesse em se aprofundar em certos temas desconhecidos e já cristalizados na cabeça dos editores. Infelizmente, eles não conhecem o criacionismo. Pensam que todos os criacionistas são fixistas e querem unir a Igreja e o Estado. Dão a impressão de que os maiores (e únicos) exemplos de criacionistas são os evangélicos da linha George Bush. Isso não é verdade. Infelizmente, nenhum meio de comunicação, nenhum repórter ainda se deu ao trabalho de investigar as nuances do assunto e abordá-lo com a seriedade e o mínimo de imparcialidade que ele requer.

O jornalista e professor Ruben Holdorf, do Unasp, enviou o seguinte e-mail à redação do Bom Dia Brasil:

“A ‘reportagem’ opinativa de Uchôa transmite a impressão preconceituosa de que os criacionistas não atuam na ciência, não fazem ciência, não acreditam na ciência. Tendenciosa e debochada, a dita ‘matéria’ não cumpriu com os requisitos básicos de um jornalismo que se preze. Deveria ouvir os dois lados. Não foi isso o que se percebeu. Nas matérias a respeito do darwinismo, muitos ‘cientistas’ foram ouvidos, mas na abordagem de hoje, o que se viu foi uma vergonhosa tentativa de ridicularizar o criacionismo. Por que Uchôa não foi à Universidade de Loma Linda verificar a engenharia de combate ao câncer desenvolvida pelos professores criacionistas? [Ou então, por que não conversou com o Dr. Ben Carson, um dos maiores neurocirurgiões do mundo, que faz boa ciência e é adventista e criacionista?] E que tal citar Harvard, Yale, Cornell e tantas outras como centros do saber com raízes confessionais no criacionismo? Por que a Globo não enjaulou Bento XVI entre os evolucionistas, também? Qual é o receio de se praticar um jornalismo de credibilidade com dignidade? O que se testemunhou nesta semana denigre ainda mais a imagem da profissão. É bem verdade que os repórteres e editores recebem ordens. Neste caso, todos os deméritos aos diretores e patrões. PS: Não foi a primeira vez que Uchôa se demonstra debochado com assuntos sérios. Quando da invasão do Iraque, ele afirmou ‘ser um prazer’ se encontrar naquela guerra. Lamentável!”

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

JOÃO CALVINO: SÍNTESE BIOGRÁFICA

Por Alderi Souza de Matos

1509: João Calvino nasceu em Noyon, nordeste da França, no dia 10 de julho. Seu pai, Gérard Cauvin, era advogado dos religiosos e secretário do bispo local. Sua mãe, Jeanne Lefranc, faleceu quando ele tinha cinco ou seis anos de idade. Por alguns anos, o menino conviveu e estudou com os filhos das famílias aristocráticas locais. Aos 12 anos, recebeu um benefício eclesiástico, cuja renda serviu-lhe como bolsa de estudos.

1523: Calvino foi residir em Paris, onde estudou latim e humanidades no Collège de la Marche e teologia no Collège de Montaigu. Em 1528, iniciou seus estudos jurídicos, primeiro em Orléans e depois em Bourges, onde também estudou grego com o erudito luterano Melchior Wolmar. Com a morte do pai em 1531, retornou a Paris e dedicou-se ao seu interesse predileto – a literatura clássica. No ano seguinte, publicou um comentário sobre o tratado de Lúcio Enéias Sêneca De Clementia.

1533: converteu-se à fé evangélica, provavelmente sob a influência do seu primo Robert Olivétan. No final desse ano, teve de fugir de Paris sob acusação de ser o co-autor de um discurso simpático aos protestantes, proferido por Nicholas Cop, o novo reitor da universidade. Refugiou-se na casa de um amigo em Angoulême, onde começou a escrever a sua principal obra teológica. Em 1534, voltou a Noyon e renunciou ao benefício eclesiástico. Escreveu o prefácio do Novo Testamento traduzido para o francês por Olivétan (1535).

1536: no mês de março foi publicada em Basiléia a primeira edição da Instituição da Religião Cristã (ou Institutas), introduzida por uma carta ao rei Francisco I da França contendo um apelo em favor dos evangélicos perseguidos. Alguns meses mais tarde, Calvino dirigia-se para Estrasburgo quando teve de fazer um desvio em virtude de manobras militares. Ao pernoitar em Genebra, o reformador suíço Guilherme Farel o convenceu a ajudá-lo naquela cidade, que apenas dois meses antes abraçara a Reforma Protestante (21-05). Logo, os dois líderes entraram em conflito com as autoridades civis de Genebra acerca de questões eclesiásticas (disciplina, adesão à confissão de fé e práticas litúrgicas), sendo expulsos da cidade.

1538: Calvino foi para Estrasburgo, onde residia o reformador Martin Bucer, e ali passou os três aos mais felizes da sua vida (1538-41). Pastoreou uma pequena igreja de refugiados franceses; lecionou em uma escola que serviria de modelo para a futura Academia de Genebra; participou de conferências que visavam aproximar protestantes e católicos. Escreveu amplamente: uma edição inteiramente revista das Institutas (1539), sua primeira tradução francesa (1541), um comentário da Epístola aos Romanos, a Resposta a Sadoleto (uma apologia da fé reformada) e outras obras. Em 1540, Calvino casou-se com uma de sua paroquianas, a viúva Idelette de Bure. Seu colega Farel oficiou a cerimônia.

1541: por volta da ocasião em que Calvino escreveu a sua Resposta a Sadoleto, o governo municipal de Genebra passou a ser controlado por amigos seus, que o convidaram a voltar. Após alguns meses de relutância, Calvino retornou à cidade no dia 13 de setembro de 1541 e foi nomeado pastor da antiga catedral de Saint Pierre. Logo em seguida, escreveu uma constituição para a igreja reformada de Genebra (as célebres Ordenanças Eclesiásticas), uma nova liturgia e um novo catecismo, que foram logo aprovados pelas autoridades civis. Nas Ordenanças, Calvino prescreveu quatro ofícios para a igreja: pastores, mestres, presbíteros e diáconos. Os dois primeiros constituíam a Venerável Companhia e os pastores e presbíteros formavam o controvertido Consistório.


Por causa de seu esforço em fazer da dissoluta Genebra uma cidade cristã, durante catorze anos (1541-55) Calvino travou grandes lutas com as autoridades e algumas famílias influentes (os “libertinos”). Nesse período, ele também enfrentou alguns adversários teológicos, o mais famoso de todos sendo o médico espanhol Miguel Serveto, que negava a doutrina da Trindade. Depois da fugir da Inquisição, Serveto foi parar em Genebra, onde acabou julgado e executado na fogueira em 1553. A participação de Calvino nesse episódio, ainda que compreensível à luz das circunstâncias da época, é triste mancha na biografia do grande reformador, mais tarde lamentada por seus seguidores.

1548: nesse ano ocorreu o falecimento de Idelette e Calvino nunca mais tornou a casar-se. O único filho que tiveram morreu ainda na infância. Não obstante, Calvino não ficou inteiramente só. Tinha muitos amigos, inclusive em outras regiões de Europa, com os quais trocava volumosa correspondência. Graças à sua liderança, Genebra tornou-se famosa e atraiu refugiados religiosos de todo o continente. Ao regressarem a seus países de origem, essas pessoas ampliaram ainda mais a influência de Calvino.

1555: os partidários de Calvino finalmente derrotaram os “libertinos.” Os conselhos municipais passaram a ser constituídos de homens que o apoiavam. Embora não tenha ocupado nenhum cargo governamental, Calvino exerceu enorme influência sobre a comunidade, não somente no aspecto moral e eclesiástico, mas em outras áreas. Ele ajudou a tornar mais humanas as leis da cidade, contribuiu para a criação de um sistema educacional acessível a todos e incentivou a formação de importantes entidades assistenciais como um hospital para carentes e um fundo de assistência aos estrangeiros pobres.

1559: nesse ano marcante, ocorreram vários eventos significativos. Calvino finalmente tornou-se um cidadão da sua cidade adotiva. Foi inaugurada a Academia de Genebra, embrião da futura universidade, destinada primordialmente à preparação de pastores reformados. No mesmo ano, Calvino publicou a última edição das Institutas. Ao longo desses anos, embora estivesse constantemente enfermo, desenvolveu intensa atividade como pastor, pregador, administrador, professor e escritor.

1564: João Calvino faleceu com quase 55 anos em 27 de maio de 1564. A seu pedido, foi sepultado discretamente em um local desconhecido, pois não queria que nada, inclusive possíveis homenagens póstumas à sua pessoa, obscurecesse a glória de Deus. Um dos emblemas que aparecem nas obras do reformador mostra uma mão segurando um coração e as palavras latinas “Cor meum tibi offero Domine, prompte et sincere” (O meu coração te ofereço, ó Senhor, de modo pronto e sincero).

MUDANÇA DE HÁBITOS

Por Israel Belo de Azevedo

Há pessoas tão concentradas em si mesmas, que não se importam com as vidas dos outros. Jamais falam dos outros, nem bem, nem mal, simplesmente porque as outras pessoas não lhes importam. O sofrimento delas não lhes importa. A dor delas não lhes importa. A fome delas não lhes importa. O drama delas não lhes importa. A salvação delas não lhes importa. As vidas dos outros lhes são estranhas.

Como pode alguém assim ser cristão, se, segundo as próprias palavras do Mestre, "não existe mandamento maior do que estes” (Marcos 12.31): “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento, e ame o seu próximo como a si mesmo” (Lucas 10.27)?

Os cristãos temos sofrido de um hábito terrível, que nega as bases da fé. Temos nos fechado. Nosso Evangelho é para nós mesmos. Em muitas situações, há diferença entre um clube e uma igreja cristã é meramente estética.

Um clube pode ser solidário, mas a igreja tem que ser solidária.Um clube não é missionário, mas a igreja tem que ir por todo o mundo, começando por seu bairro, ou não é uma igreja.

Um clube promove shows, em que as pessoas aplaudem quando gostam e se retiram quando não gostam, mas uma igreja se reúne para adorar a Deus. E esta adoração -- para não ser também clubística -- deve ser uma turbina que dá força para o cristão se lançar ao mundo cheio do amor de Deus para dar.

Um clube tem política, com situação e oposição, com disputa pelo poder, mas uma igreja, para ser mesmo igreja, tem que ter apenas uma missão, desenvolvida por todos, líderes e liderados, que são todos iguais, e só têm um lado: a cruz de Jesus Cristo.

Um clube é humano e pode fechar; uma igreja é divina e contra ela as porta do inferno não podem prevalecer.

Um clube visa o bem estar dos seus associados; uma igreja quer abençoar os não fazem parte dela, mesmo que nunca venham fazer. (É por isto, por exemplo, que mantemos nosso programa de rádio: para abençoar seus ouvintes, a maioria de não-membros da igreja; há conversões, que não convergem para cá, em função de onde moram.)

Como igreja precisamos de ações mais concretas para fora e de menos programas para nós mesmos. E os programas para nós mesmos é para nos capacitar para atuar onde Deus quer chegar.

Para tanto, precisamos de mais ministros, voluntários em determinadas áreas, apaixonados por Jesus.

O JARDIM DE ORAÇÃO

Não conseguia dormir. Meu coração estava inquieto e a minha mente demasiadamente cansada. As inquietações da alma assaltaram a minha paz. Terrível coisa é a ansiedade.

Logo de manhã, peguei a minha agenda. Para minha surpresa, no meio das páginas que pontuavam as demandas do dia, estava um recorte de uma canção. Creio que pela providência chegou as minhas mãos a letra da música “Jardim de oração”, do cantor capixaba, Isaías Mendes. Ao ler essa canção, fui confortado. O Senhor fala ao coração dos seus filhos.

Compartilho com você a fim de que de igual modo você também seja confortado por Deus em seus momentos de crise e tenha a sua paz, alegria e esperança renovadas no Senhor.

O JARDIM DE ORAÇÃO

O jardim onde Cristo me espera; é lugar de delícia e paz.
A certeza de sua presença dá-me vida feliz e eficaz.

Oh! Que lindo jardim, o jardim de oração,
Onde Cristo me vem esperar; Perto dele estarei e contente serei.
De minha alma a seus pés derramar.

O jardim onde Cristo me espera, eu deponho meus males e dor;
E por bênção de Deus confortado dou louvores ao meu Redentor.

No jardim onde Cristo me espera, quer também de acolher meu irmão.
Vem fruir incessante bondade que promana do seu coração!

Oh! Que lindo jardim, o jardim de oração, onde as flores são graça e poder;
Onde Cristo o Senhor, abre as portas do amor
E eu me sinto feliz em viver!

Há um tipo de cansaço que só pode ser removido quando nos curvamos junto ao trono da graça. Em oração diante do Pai é que recebemos ânimo para continuar a jornada de fé.

Ore ao Senhor. Abra o seu coração. Lance sobre Ele toda a sua ansiedade. Deus tem cuidado de você.

Nunca se esqueça do jardim de oração. O Senhor lhe espera diurnamente para ter com você encontros especiais onde fluem abundante graça e amor.

Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade. Hebreus 4.16

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A LEI DA HOMOFOBIA

Por Rubens Amorese

“Dentro do cine Gay Astor, você encontra na parte de baixo filmes hetero, na de cima, os de temática gay. Dentro do dark room e no banheiro, além das famosas pegações, ocorre também sexo de dupla e grupal. Por apenas cinco reais, a diversão vai até as dez da noite. Não esqueça de levar camisinha e gel.” Léo Mendes

O convite acima foi publicado num domingo, na “Coluna do Meio” do jornal goiano Diário da Manhã, voltada para o público gay. Léo Mendes é o jornalista Liorcino Mendes Pereira Filho, presidente da Associação de Gays, Lésbicas e Transgêneros de Goiás e membro titular da Comissão Nacional de Aids do Ministério da Saúde.1
Enquanto o PL 1.151/1995, da então deputada Marta Suplicy (PT-SP), que disciplina a união civil entre pessoas do mesmo sexo, permanece à espera de um descuido dos contrários à sua aprovação, prospera, em paralelo, a chamada “Lei da Homofobia” (PL 5.003/2001), que, aprovada em plenário, seguiu para o Senado. A última ação sofrida pela “Lei do Casamento Gay” foi o requerimento do deputado Celso Russomanno (PP-SP) que solicitava sua inclusão na ordem do dia, em 14 de agosto de 2007. Ainda não foi dessa vez.
A leitura do convite acima gera inquietação sobre as reais intenções dos gays ao proporem a “Lei da Homofobia” (PLC nº 122/2006, no Senado). O projeto, de autoria da deputada Iara Bernardi (PT-SP), altera a Lei 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, dá nova redação ao § 3º do art. 140 do Decreto-Lei 2.848/1940 (Código Penal), e ao art. 5º do Decreto-Lei 5.452/1943 (Consolidação das Leis do Trabalho – CLT), e dá outras providências. Sua relatora é a senadora Fátima Cleide (PT-RO).
A modificação pretendida à citada Lei 7.716/89 (chamada “Lei do Racismo”) é simples: equiparar a condição homossexual àquela de raça e cor. Advogam que ser homossexual é como ser branco, negro, judeu ou mesmo idoso; um fato não-moral (por não haver escolha envolvida; não existiria a opção de não ser gay). Alguns chegam a afirmar a existência do gene da homossexualidade. Pretendem, com isso, que qualquer crítica a um homossexual seja vista como violência homofóbica, crime semelhante ao racismo. Outros afirmam que eles desejam instaurar o delito de opinião.
Pretende-se modificar, também, a CLT, tipificando a discriminação ou preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. No caso, as penas são duríssimas.
No dia 24 de outubro de 2007, a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) acolheu questão de ordem do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), para o adiamento da matéria.
Os defensores desse Projeto de Lei afirmam que ele não atingirá as entidades religiosas. Dizem que a Constituição Federal garante a liberdade de crença, credo e culto. Entretanto, a Carta Magna fala em proteção “na forma da lei”. Com efeito, alguns tribunais brasileiros já baseiam as suas decisões no “princípio da dignidade e igualdade humanas”. Lembro um caso conhecido: em novembro de 2006, o jornal O Tropeiro, da cidade de Rancho Queimado, SC, publicou uma matéria em que promovia o homossexualismo. O pastor luterano Ademir Kreutzfeld, preocupado com seus fiéis, ligou para os comerciantes locais questionando seu patrocínio para aquele tipo de reportagem, e estes cortaram as verbas.
O responsável pelo jornal, um ativista gay, deu queixa contra o pastor numa delegacia, alegando “homofobia”; o delegado, aceitando a queixa, intimou o pastor a se explicar. O reverendo Ademir está sendo processado por homofobia, antes da aprovação da lei.
Por outro lado, conta-se que, durante a visita do papa ao Brasil, o líder gay Luiz Mott queimou, acintosamente, na porta da Catedral da Sé, em Salvador, fotos de Bento 16.2 Que punição esse ato de violência simbólica lhe valeu? Nenhuma. Um último registro: toda vez que o PLC 122/2006 entra na pauta da CDH, as caixas postais dos senadores são abarrotadas de e-mails de protesto. A ponto de tirar do ar, por mais de 24 horas, o site do Senado.

Notas 1. José Maria e Silva, “A ditadura da depravação”. Jornal Opção, edição on-line, 17-23 jun. 2007. (www.jornalopcao.com.br/index.asp?secao=Reportagens&idjornal=242&idrep=2312) 2. Adaptado de José Maria e Silva, op. cit.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Vem aí o II Simpósio sobre Darwinismo no Mackenzie

Por Augustus Nicodemus Lopes
Vai acontecer no Mackenzie em abril desse ano.A realização da segunda edição do Simpósio Internacional “Darwinismo Hoje” se justifica, não somente por causa do 150º. aniversário da publicação do livro de Darwin “A Origem das Espécies” em 2009, como também por causa do sucesso do I Simpósio.
Realizado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie com o objetivo de promover um amplo debate sobre as interpretações do Darwinismo, do Design Inteligente e do criacionismo, o I Simpósio atraiu a atenção da mídia, dos estudiosos do assunto e de todos os interessados em questões como a origem da vida e o seu funcionamento.
O II Simpósio trata basicamente dos mesmos temas, mas avança um pouco, ao ampliar o número de palestrantes e debatedores representantes do Darwinismo, do Design inteligente e do criacionismo. Dessa forma, o Mackenzie procura manter o espírito da Academia como o local adequado para o debate, para o contraditório.
Não se pode mais, diante do avanço científico e das recentes descobertas da bioquímica, insistir-se numa única teoria como a explicação exclusiva da realidade. É necessário que todas as vozes sejam ouvidas nessas questões fundamentais, que tocam praticamente em todas as áreas do conhecimento e nos mais diversos setores da nossa vida.
O evento realizar-se-á nos dias 13 a 16 de abril de 2009, nos campi São Paulo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
As inscrições para participação estarão abertas a partir de 20/01/2009 até a data do Evento. Os participantes receberão certificados de participaçãoDetalhes e inscrições aqui.
Vejam algumas das palestras:-
Dr. John Lennox (Design Inteligente): “A Origem da Vida e os Novos Ateus”.-
Dr. Aldo Mellender (evolucionismo): “Darwin Ontem e Hoje – 150 anos de Origem das espécies”.-
Dr. Paul Nelson (Design Inteligente): “A Árvore da Vida de Darwin”.-
Dr. Gustavo Caponi (Evolucionismo): “A Origem das Espécies – O livro”.-
Dr. Marcos Eberlin (Design Inteligente): “Fomos Planejados – A maior descoberta de todos os tempos”.-
Jornalista Maurício Tuffani – “Tendências da Mídia quanto ao ensino de Design Inteligente nas Escolas e Universidades Públicas e Privadas”.-
Ms. Adauto J. B. Lourenço – “Criacionismo”.Todos os palestrantes são nomes de peso aqui e no exterior.
Entre eles destacamos Dr. John Lennox, professor de matemática na Universidade de Oxford, que se tornou conhecido pelos debates com ateus famosos, como Richard Dawkins. Veja no Youtube vídeos desses debates (foto).
O II Simpósio promete receber atenção da grande mídia por causa do "ano de Darwin" e por causa da polêmica sobre o ensino de criacionismo nas escolas confessionais acontecido no final do ano passado.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

QUAL É O SEU MINISTÉRIO NA IGREJA?

A igreja é um corpo e cada membro tem uma função. Todos os membros são importantes e para que o corpo cresça saudável é preciso que cada membro exerça o seu papel. Todos os crentes são capacitados por Deus com dons espirituais. Esses dons são distribuídos pelo Espírito Santo e visam a edificação de todo o corpo. Assim, não existe membro auto-suficiente nem membro desamparado. Não cabe na igreja o complexo de superioridade nem o complexo de inferioridade. O que deve existir na igreja é a mutualidade.

Dados fidedignos revelam que, na igreja, vinte por cento dos membros trabalham e oitenta por cento assistem. Há mais expectadores do que trabalhadores. Poucos são os que entram em campo e muitos são aqueles que da arquibancada aplaudem ou vaiam o desempenho dos trabalhadores. Há aqueles que passam a vida toda se preparando e jamais entram em campo para trabalhar. São como aqueles atletas que vivem se aquecendo, mas jamais entram em campo para jogar. São crentes “promessa” e nunca crentes “realidade”.

Uma igreja que não evangeliza precisa ser evangelizada. Uma igreja que não é uma agência missionária precisa ser um campo missionário. A igreja não deve ser uma platéia de expectadores, mas uma equipe de trabalhadores. Quando nos envolvemos no trabalho, empregamos nossas energias fazendo a obra, em vez de criticar os obreiros. Quando saímos da arquibancada para o campo, descobrimos que trabalhar é mais compensador do que apenas assistir. Deus não nos chamou para sermos expectadores, mas trabalhadores em Sua seara.
Muito dessa mentalidade de expectador é ainda um resquício da equivocada teologia do sacerdócio profissional. A Reforma Protestante enfatizou a doutrina do sacerdócio universal dos crentes. Na igreja não existe hierarquia. Todos têm o mesmo acesso a Deus e todos estão habilitados para fazer a obra. A idéia de que uns fazem e os outros pagam, assistem ou criticam não é um conceito bíblico. A igreja precisa ser mais efetiva e eficaz em sua ação e isso só poderá acontecer quando todos os seus membros se envolverem, se engajarem, vestindo a camisa e entrando em campo para trabalhar. Há muita obra a ser feita. Há muitas vidas a alcançar com o evangelho. Há muitos ministérios a serem realizados. Há muitas portas abertas que precisam ser aproveitadas, mas, infelizmente existem ainda muitos dons e talentos enterrados.

Quem é você: um expectador ou um trabalhador? Você está dentro do campo ou na arquibancada? É tempo de mudar! É tempo de se envolver! É tempo de agir! Deus espera isso de você. Sua igreja precisa de você. Seja um trabalhador e não apenas um expectador. Realize o seu ministério!

TNT lança filme sobre o Dr. Ben Carson

O filme conta a história do menino pobre que se tornou neurocirurgião de fama mundial. Ben Carson era um menino pobre de Detroit, desmotivado, que tirava notas baixas na escola. Entretanto, aos 33 anos, ele se tornou o diretor do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário Johns Hopkins, em Baltimore, EUA. A história desse médico adventista é realmente inspiradora, e nessa versão para TV (pena que é exclusiva para exibição no canal TNT) quem faz o papel dele é o premiado ator Cuba Gooding Jr.
O título do filme é Gifted Hands: The Ben Carson Story. Carson também é autor de best-sellers como Ben Carson (sua biografia) e Sonhe Alto, e recebeu a Presidential Medal of Freedom. O filme foi ao ar ontem e espero que algum dia chegue às locadoras.
Fonte: Criacionismo