quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A PARABOLA DO FILHO PRÓDIGO


Charles Dickens considerava a parábola do Filho Pródigo como "a maior de todas as pequenas histórias já contadas". De fato esta pequena parábola é a maior de todas porque revela o grande amor de Deus pelo ser humano.

Um experiente teólogo disse “que a chave da parábola esta pendurada na porta da frente”. A chave para compreender a mensagem central dessa parábola nos é oferecida nos dois primeiros versículos do capítulo: “Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os escribas e fariseus dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.”

A gloriosa verdade que brilha nesta parábola, e que deve penetrar o nosso coração é o maravilhoso e incompreensível amor de Deus.

Na cultura judaica, mais especificamente na mentalidade religiosa dos escribas e fariseus, era quase inimaginável Deus perdoar e aceitar pecadores, incluindo os piores, os publicanos – estigmatizados como sendo a escória da sociedade.

A parábola do Filho Pródigo é uma ilustração do contraste que há entre o céu e terra. No céu há grande festa e irradiante alegria com o arrependimento dos pecadores, mas na terra, na sociedade dos homens, era inconcebível Deus buscando pecadores. Observem que o verbo murmurar é enfático e denota a idéia de que eles estavam criticando a atitude de Jesus com muita persistência.

Mas o Senhor Jesus diz que a alegria de Deus com a salvação de um único pecador é uma alegria muito maior do que existiria se houvesse 99 “justos que não precisam arrepender-se”.

O elemento principal é que há esperança para todos. O amor de Deus alcança o mundo inteiro, até mesmo publicanos e pecadores, aqueles que nós julgamos como sendo os piores. A graça de Deus é a revelação do seu amor aos que não merecem.

A parábola do Filho Pródigo revela de maneira surpreendente a gloriosa verdade de que Deus recebe pecadores e esta verdade é que possibilidade de um novo começo, a possibilidade de um novo início, uma nova oportunidade, uma nova chance.

Não podia haver caso pior do que o do Filho Pródigo. Todavia até mesmo ele pode começar de novo. Ele chegara ao fim de si mesmo, tinha tocado os limites máximos da degradação, caindo tanto que não podia descer mais! Não há quadro mais desesperador do que o desse jovem, num país distante, em meio aos porcos, sem dinheiro e sem amigos, desesperançado e miserável, abandonado e desalentado.

Mas até mesmo ele tem a oportunidade de um novo início; até mesmo ele pode começar outra vez. Há um ponto decisivo que pode resultar em êxito e felicidade, até mesmo para ele. O evangelho é a boa notícia de que Deus em Cristo salva o pecador. O evangelho é a boa notícia para um mundo sem esperança. O Senhor Jesus trouxe uma nova e real esperança para a humanidade.

O ensino de Jesus atraía as pessoas. Os publicanos e pecadores “chegavam-se a ele para ouvir” — pois sentiam que havia uma oportunidade até mesmo para eles e que nos ensinos desse homem havia uma nova e viva esperança. Isso irritava os fariseus. Eles sempre tinham considerado tais pessoas como irrecuperáveis, sem qualquer esperança de redenção. Essa era a opinião da maioria dos líderes religiosos. Mas Jesus era diferente deles todos. Ele recebe pecadores e isso torna possível um novo começo. Louvado seja Deus.

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