segunda-feira, 30 de março de 2009

QUATRO VERDADES SOBRE A MORTE

Sermão pregado na Igreja Batista Betel de Mesquita
Data: 15-03-2009

Pr. Judiclay Silva Santos


Na semana passada eu estive por duas vezes no cemitério acompanhando duas famílias no velório de seus entes queridos. É duro constatar que pessoas amadas, parentes e amigos, sejam tomados da vida antes de nós. Quem passa por essa experiência sente a falta da pessoa e lamenta.

As pessoas que nós amamos podem morrer antes de nós, mas o nosso dia também chegará. Ontem foram eles. Amanhã seremos nós. Nossa vida é como uma neblina passageira, que surge, e logo depois desaparece (Tiago 4.14).

A realidade da morte tem sido ao longo desses séculos a mais preocupante questão que o homem enfrenta. Antigamente se pensava mais sobre a morte, hoje em dia, com os avanços da medicina moderna, a maioria das pessoas vive como se a morte fosse algo que só acontecesse com os outros. Mas o fato inegável é que todos nós morreremos. A morte é uma universal e inevitável realidade.

O QUE É A MORTE?

Uma pesquisa realizada na França abordou essa questão com uma pergunta bem direta: “Para você, o que é morte?” Vejam o resultado publicado no famoso jornal francês Le Mond.

8% das pessoas declararam-se sem opinião.
37 % disseram que a morte é o fim de tudo, que depois dela não existe nada.
33% falaram de uma passagem para qualquer coisa, mas não sabem dizer do que se trata; lá chegando, se verá.
22% declarou que a morte é a entrada na vida eterna.

Segundo essa pesquisa há quatro tipos de pessoas:

1) Gente que não tem opinião formada, que se mostra até mesmo indiferente.
2) Gente que afirma que a morte é o fim da existência. A morte é o ponto final.
3) Gente que acredita em alguma realidade pós-morte, mas não sabe o que.
4) Gente que vê a morte como porta de entrada na vida eterna.

Como é que você encara a morte?

Paulo escreveu aos crentes de Tessalônica, para trazer-lhes entendimento e conforto, pois estes estavam muito entristecidos com a morte de seus irmãos em Cristo.

“Irmãos, queremos que saibam a verdade a respeito dos que já morreram, para que não fiquem tristes como aqueles que não tem esperança”. 1 Tessalonicenses 4.13

Com estas palavras e em todo o contexto dessa passagem, Paulo abre as cortinas do futuro e nos mostra que o amanhã não está envolto em trevas. A caminhada cristã não é em direção ao desconhecido. Nosso destino é certo e glorioso. Há luz no fim do túnel.

Duas considerações preliminares:

1) A tristeza e a desesperança são comuns entre os que não conhecem a Deus.

No mundo pagão não havia esperança. O futuro era incerto, sombrio e ameaçador. A reação face à morte era de profunda tristeza. O verbo empregado por Paulo aqui denota “tristeza contínua”. Esse tipo de tristeza é comum entre aqueles que não conhecem a Deus. Esse tipo de tristeza é filha da desesperança.

Os crentes de Tessalônica, egressos de uma cultura sem Deus e sem esperança estavam se entristecendo porque achavam que os irmãos que haviam morrido tinham perecido. Entre os que não conhecem a Deus, que vivem à parte das gloriosas bênçãos que há em Cristo Jesus, de fato não há esperança. Tudo é incerto e sombrio. Mas aquele que está em Cristo tem um futuro maravilhoso. Seu destino é a glória por meio de Jesus Cristo.

2) A revelação de Deus em sua Palavra nos dá uma firme e segura esperança.

Nosso Pai celestial providenciou através de sua fidedigna Palavra, suficiente informação para que pudéssemos estar seguros quanto ao nosso destino. Não estamos perdidos e inseguros diante do desconhecido. Não precisamos sucumbir às especulações dos homens que inventam respostas fantasiosas. Paulo escreve para abrir os olhos deles e oferecer uma sólida base para a esperança cristã em reposta ao o dilema da morte.

O Senhor Jesus disse ao algo maravilhoso: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. De fato a verdade tem o poder de libertar.

Quero compartilhar com você quatro verdades sobre a morte.

1) A MORTE TEM A SUA ORIGEM COM O PECADO.

Ao criar o homem e concede-lo a gerência da criação, Deus fez um pacto como homem. Esse pacto é chamado na teologia reformada de “aliança das obras”.

Ela começa com uma condicional. Se o homem vivesse em obediência ao Criador, cumprindo a vocação para a qual ele foi criado: viver para o louvor da glória de Deus, ele desfrutaria de um estado de bem aventurança e felicidade eterna. Mas, a violação do pacto, a desobediência a Deus implicaria na justa punição, uma conseqüência inevitável.

A Bíblia diz que a pena de morte (em todas as suas dimensões) seria a conseqüência da desobediência. Observe o ensino bíblico em Gênesis 2.15-17

“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e guardar. E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Gênesis 2. 15-17

O desenrolar dessa história nós sabemos. Adão e Eva, nossos primeiros pais pecaram contra o Senhor; eles caíram e com eles toda sua descendência. Assim sendo, Deus fez justiça, aplicando as penalidades anunciadas.

A morte física é um dos aspectos da penalidade. No conjunto de maldições decretadas e aplicadas por Deus está a morte física e não apenas a morte espiritual, que também é uma realidade tendo em vista que o pecado faz separação entre o homem e Deus, fonte da vida.

“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. Romanos 5.12

O pelagianismo, uma corrente teológica herética que nasceu no 5o século e continua viva em muitos círculos, dizia que a morte não era conseqüência do pecado, mas o curso natural da vida. A igreja combateu fortemente essa heresia, sobretudo através de Agostinho que se opôs veementemente aos ensinos de Pelágio, um monge britânico.

O pelagianismo, entre outras coisas, ensinava que a morte é natural. Para Pelágio a morte não tem relação direta com o pecado, mas é o curso natural da vida. Adão e Eva morreriam quer pecasse ou não. Todavia, o que a bíblia ensina é que a morte tem a sua origem no pecado.

No concílio de Cartago em 418, no norte da África, a igreja lançou um anátema, uma maldição contra quem quer que diga: “Que Adão, o primeiro homem, foi criado mortal, de maneira que, pecasse, ou não, morreria, não como salário do pecado, mas por necessidade da natureza”.

Ao fazer isso, a igreja estava preservando o ensino bíblico que afirma que a morte é a conseqüência do pecado e não o curso natural da existência humana. Paulo estava certo ao dizer: “Porque o salário do pecado é a morte”. Romanos 6.23 “

Comentando esta passagem bíblica, Matthew Henry disse: “A morte é devida ao pecador como o salário é devido a um trabalhador”.

A ciência moderna, influenciada por filósofos naturalistas que ignoram a doutrina cristã, tem dito que a morte física é um fenômeno natural do organismo. Isso é um erro. A própria experiência humana confirma que a morte é algo estranho à nossa natureza.

ILUSTRAÇÃO: Certa vez oficiei a cerimônia fúnebre de um garoto de 7 anos de idade, vítima de uma doença crônica. Foi duro ver os irmãos e primos em volta do caixão chorando sem entender a razão da morte de seu querido. Meu coração foi esmagado ao ver essa cena. No cemitério o que vermos no rosto das pessoas é que a morte é antinatural.

O testemunho das Escrituras é suficiente para crermos que a morte, física e espiritual, é uma conseqüência direta do pecado. O pecado é o vírus da morte que contaminou toda humanidade. “A própria existência do medo da morte, que é a raiz de praticamente todos os temores humanos, é uma clara indicação de que a morte não é um fato natural, embora sua incidência seja universal”. Akbar Abdul-Haqq

O pecado afetou todo homem e o homem todo, não apenas alguns homens ou partes do homem. Assim sendo, a morte agora é uma realidade que afeta todo homem e o homem todo. O pecado e a morte estão interligados. Se não fosse por causa do pecado, a morte nunca teria tido um princípio; se não fosse por causa da morte, o pecado nunca teria fim. Willian Dyer

Estejamos certos de que a morte é uma penalidade aplicada ao homem por causa do pecado.

2) A MORTE É INEVITÁVEL, MAS NÃO É O FIM DA EXISTÊNCIA.

Quem há que viva e não veja a morte?
Ou que livre a sua alma das garras do sepulcro? Salmo 89.48


A ironia é que o fato mais certo da vida é a morte. Todos nós iremos morrer. É só uma questão de tempo. Embora exista divergência quanto ao significado da morte, trata-se de uma realidade incontestável. Ninguém pode negar a realidade da morte. Ela chega para todos. Em todo o mundo, morrem milhares de pessoas todos os dias.

A morte é inevitável; é só uma questão de tempo. Mas, o que muitos negam e tantos outros ignoram é que a morte física é aplicação da penalidade. Imposta por Deus. No conjunto de maldições decretadas e aplicadas por Deus, consta a morte física.
No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás. Gênesis 3.19

ILUSTRAÇÃO: Os habitantes de Esparta, cidade da antiga Grécia, certos de que o fim de seus dias também chegaria, homenageavam seus mortos, cantando assim:
“Nós somos o que vocês foram. Nós seremos o que vocês são”.

Estamos todos na fila da morte. Não sabemos qual o nosso lugar, quem está à frente ou vem atrás de nós. A cada dia, hora e minuto, nossa vez se aproxima mais. Um relógio implacável e invisível bate impiedosamente, assinalando o tempo, cada vez menor, que falta para nosso encontro com a morte. A morte não falha, não falta ao compromisso. Ele vai chegar.

SIM, A MORTE É INEVITÁVEL. NO ENTANTO, MORRER NÃO É DEIXAR DE EXISTIR.

Há quem pense que depois da morte não há mais nada. Muitos acreditam que ao morrer a pessoa deixa de existir. O poeta gaúcho, Mário Quintana dizia: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." Por trás dessas palavras está a idéia muito comum de que tudo termina no cemitério. A morte é vista como o fim da existência.

Todavia não é isso o que a bíblia ensina. A morte não significa fim da existência. Não se trata de cessação da vida.

O renomado teólogo Louis Berkhof define a morte como sendo, “o fim da vida física, a separação do corpo e da alma”. Wayne Gruden, outro notável teólogo diz que “a morte é a interrupção temporária da vida no corpo e a separação da alma do corpo.”

A bíblia ensina que há uma realidade após a morte. Cada pessoa irá comparecer diante de Deus para prestar contas de sua vida.
“Desta mesma forma, como o homem está destinado morrer uma só vez e depois disso enfrentar o juízo”. Hebreus 9.27

Segundo as Escrituras, o corpo e a alma são separados pela morte. O corpo volta ao pó da terra, e aguarda a ressurreição. A alma é levada a um lugar intermediário até o dia do juízo. O crente em Cristo desfruta da presença de Deus. Como o Senhor disse ao ladrão arrependido, crucificado ao seu lado: Hoje mesmo estarás no paraíso comigo. Os ímpios sofrem castigo logo após a morte, como o Senhor Jesus ensinou na passagem acerca do destino de Lázaro e o homem rico. Lázaro vai para o seio de Abraão, mas o homem rico que não temia ao Senhor vai para o Hades, um lugar de tormento.

“Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e horror eterno”. Daniel 12.2

Há um profundo mistério acerca da morte e são muitas as interrogações sobre o que acontece depois da morte. A morte é mais do que simplesmente morrer. A morte não é o fim de todas as coisas. Embora o cristão esteja sujeito a morte física, por causa do que Cristo fez em seu favor, a morte passa a ser lucro.

Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Fp 1.21 Isso porque morrer é estar com Cristo eternamente. O teólogo Karl Rahner: “A morte é uma queda, que a fé interpreta como queda nos braços de Deus, nosso Pai”.

3) A MORTE MEXE COM AS NOSSAS EMOÇÕES PROVOCANDO TRISTEZA E DOR.

Cemitério é lugar lamento e choro. Quem ama sofre a dor provocada pela morte de um ente querido. A morte tem sido a causa de muita tristeza.

Uma das mais profundas e comoventes passagens do NT está registrada em João 11. Muitas preciosas verdades foram ensinadas no velório de Lázaro.

Lázaro adoeceu e depois venho a falecer. O Senhor Jesus o amava, mas isso não o isentou de ficar doente e de vir a falecer. A morte é inevitável. Ela chega mesmo para aqueles servem ao Senhor e às vezes pode chegar abruptamente.

Lázaro estava morto e todos aqueles que o amavam estavam entristecidos. Quando o Senhor Jesus chegou ali ele viu uma família esmagada pela dor e sufocada pela tristeza.

Francis Schaeffer faz notáveis observações sobre a reação de Jesus diante do sofrimento daquela família. Ao chegar naquele velório o Senhor reagiu de duas maneiras ante a morte de Lázaro.

DOIS SENTIMENTOS TOMARAM O CORAÇÃO DO SENHOR.

1) INDIGNAÇÃO
“Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se”. João 11.33

“Ele se agitou em espírito”. Outra versão diz que “ele ficou perturbado”, no sentido de irado, indignado. Sua ira acendeu-se contra o pecado, que é a causa primária da morte. O Senhor sentiu indignação contra os efeitos terríveis do pecado. A dor e a tristeza que as pessoas estavam sentindo naquele velório tinham como causa primária o pecado. A ira do Senhor é contra o pecado que trouxe a morte e conseqüentemente tanto sofrimento.

2) COMPAIXÃO
“Jesus chorou”. João 11.35

Diz o texto que “Jesus chorou”. O menor verso da Bíblia é ao mesmo tempo grande na revelação do coração de Jesus. Por que chorar se ele sabia que dentro de alguns instantes Lázaro estaria vivo?

Penso que Jesus chorou porque compartilhou da dor daquela família. Ele chorou com os que choravam embora soubesse que a tristeza não tinha a última palavra. Ele revelou o seu coração cheio compaixão pelos que sofrem.
Com isso nós aprendemos o valor do luto. Respeitar a dor provocada pela morte de uma pessoa querida. O cristão não deve adotar uma postura estóica que suprime a dor. Quando Estevão morreu, Lucas narra que “alguns homens piedosos fizeram grande pranto sobre ele”. A morte traz dor e tristeza. O Senhor Jesus lamentou a morte de seu amigo. O choro de Jesus dá legitimidade ao nosso pranto.

Por fim, a última verdade é uma boa notícia, na qual nos regozijamos.

4) A MORTE FOI DERROTADA POR JESUS CRISTO

Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?
O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a Lei. 1 Coríntios 15.55-56


Paulo faz alusão ao texto de Oséias 13.14, para falar sobre a vitória de Cristo sobre a morte. Estes versos, segundo muitos estudiosos foram usados na igreja primitiva como uma canção triunfante. É uma canção de vitória porque Jesus Cristo derrotou a morte.

Paulo pergunta: Onde está, ó morte a tua vitória? Onde está o teu aguilhão? A palavra aguilhão é uma tradução da palavra grega kentron que pode significar “a ferroada de um escorpião sem veneno”. Ora, se o aguilhão da morte é o pecado e se os nossos pecados foram perdoados por Cristo na cruz, a morte pode ser comparada a um escorpião sem veneno, fere, mas não mata.

Paulo está dizendo que a única arma que a morte tem para aplicar um golpe fatal é o pecado, mas se o pecado foi pago por Cristo, a morte não pode mais nos ferir fatalmente. João Calvino comparou a morte a uma espada embotada, que fere, mas não mata.

A morte ainda é uma realidade. A Palavra diz que “o último inimigo a ser destruído é a morte” (1 Co 15.26) Mas Deus, soberanamente, usa até a morte para cumprir os seus propósitos e exaltar a sua majestade e glória.
Por conta disso, Paulo declara: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. 1 Coríntios 15.57

Como povo do Senhor, devemos ser gratos a Ele pela vitória que temos em Cristo. A vitória que temos em Cristo a que Paulo se refere aqui envolve a pagamento dos nossos pecados com o seu sangue; a libertação da culpa que é a maldição da lei; a satisfação da lei que é imputada a nós e nos torna justos diante de Deus e todos os demais benefícios que fluem de Cristo a nós por meio do qual somos vitoriosos.

No século 17, John Owen escreveu um livro que causou um grande impacto. O título do livro: “A morte da morte na morte de Cristo”. A morte de Cristo na cruz derrotou a morte e garantiu a nossa vitória.

AGORA PERMITA QUE EU COMPARTILHE DUAS GRANDES VITÓRIAS QUE TEMOS EM CRISTO.

1) LIBERTAÇÃO DO MEDO DA MORTE.

No fundo o homem teme a morte. A humanidade passa pela vida como escrava desse permanente temor. As pessoas não gostam de pensar acerca da morte muitos menos de falar sobre esse assunto. Muitos não reconhecem, mas a morte provoca medo em muita gente. O autor de Hebreus nos traz uma profunda verdade na qual nos gloriamos.

“Visto que nós, os filhos de Deus, somos seres humanos feitos de carne e sangue. Ele se tornou carne e sangue também pelo nascimento em forma humana; Pois somente como ser humano ele poderia morrer, e morrendo esmagar o poder do diabo, que tinha o poder da morte. Só dessa maneira é que Ele poderia libertar aqueles que, pelo medo da morte, tem passado a vida toda como escravo de um permanente temor”. Hb 2.14-15 (Bíblia Viva)

Essa é uma passagem riquíssima. Seu ensino pode ser sumariado da seguinte maneira:

1) A encarnação do Filho de Deus foi necessária para que Ele se fizesse gente e assim pudesse morrer em nosso favor.
2) Em sua morte Cristo destruiu o poder do diabo, que tinha o poder da morte.
3) A morte de Cristo nos liberta do medo da morte e nos garante vida eterna.

Evidente que dependendo das circunstâncias em que a pessoa morre, até o cristão pode ser tomado por certas inquietações diante da morte. Mas o pavor, o medo que a incerteza quanto ao seu destino após a morte pode trazer já não existe.
“Não temas, eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.” Ap 1.1.17ª-18

2) CERTEZA DA RESSURREIÇÃO
A redenção do corpo é uma doutrina bíblica. Receberemos um corpo semelhante ao corpo glorioso de nosso bendito Senhor Jesus Cristo. A bíblia não ensina que seremos almas desencarnadas no céu. Haverá ressurreição do corpo.

“Aquele que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará os vossos corpos mortais através do seu Espírito que habita em nós”. Romanos 8.11

“A nossa pátria está nos céus de onde aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo vil à semelhança do seu corpo glorioso”. Fp 3.20

“A hora vem em que todos os que estiverem no túmulo ouvirão a sua voz e sairão, os que estiverem feito o bem para a ressurreição da vida, e os que tiverem feito o mal para a ressurreição do juízo” (Jo 5.28-29)

CONCLUSÃO:
As verdades aqui expostas à luz da Palavra de Deus, nos trazem consolo e advertência.

1) SIM! Há esperança para o povo de Deus.

“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá”. Jo 11.25
Jesus Cristo é soberano. Toda autoridade lhe foi dada no céu e na terra. Quem crê em Jesus e vive nele não tem o que temer. Somos filhos da esperança. Cremos na vida eterna em Cristo. Portanto, “Cuide de sua vida, e o Senhor cuidará de sua morte”. George Whitefield

2) CUIDADO! Esteja preparado.
Que é a sua vida? Vocês nem sabem o que sucederá amanhã! Vocês são como neblina que aparece por um tempo e depois se dissipa. Tiago 4.14

A brevidade da vida deveria levar homens e mulheres a serem mais vigilantes e a buscar se prepararem para a morte.

Em uma entrevista a prestigiada revista americana Time, o evangelista Billy Graham fez uma contundente declaração:

“É estranho que os homens se preparem para tudo, exceto para a morte. Nós nos preparamos para a instrução. Preparamo-nos para o trabalho. Preparamo-nos para nossa carreira. Preparamo-nos para o casamento. Preparamo-nos para a velhice. Preparamo-nos para tudo, menos para esta hora tão certa como o agora”.

“Preparar-nos para o último dia deve ser a ocupação de todos os dias”. Matthew Henry


Ora, Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos; porque para ele todos vivem. Lucas 20.38

Como Jô, no Antigo Testamento, os discípulos de Jesus Cristo podem dizer:

“Verei a Deus. Eu o verei, eu mesmo o verei, meus olhos o contemplarão”. Jó 19,27:






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