Certo homem, muito rico, sentindo que ia morrer, pediu papel e caneta e escreveu assim: “Deixo os meus bens minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres”. Não teve tempo de pontuar – e morreu. A quem ele deixava a fortuna que tinha? Eram quatro os concorrentes.
Chegou o sobrinho e fez a seguinte pontuação: “Deixo os meus bens minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.
A irmã do morto chegou em seguida, com outra cópia do documento e pontuou-o deste modo: “Deixo os meus bens minha irmã.Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.
Surgiu o alfaiate que, pedindo uma cópia do original, fez estas pontuações: “Deixo os meus bens a minha irmã? A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”.
O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade, e um deles, mais sabido, tomando outra cópia, pontuou-a assim: Deixo os meus bens a minha irmã? A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres.
Seria esta apenas uma historieta ou uma instrutiva ilustração da realidade humana? Creio que o egocentrismo é a causa primária do conflito nos relacionamentos humanos. É por causa do amor próprio, do amor ao dinheiro e do amor aos prazeres que a sociedade padece uma aguda crise relacional. A pessoa egoísta é a melhor amiga de si mesma.
No universo há Deus, pessoas e coisas. Nós devemos adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. Se começamos adorando a nós mesmos, nós iremos ignorar Deus, amar as coisas e usar as pessoas. O egoísmo é o amor mal direcionado. O amor próprio no lugar errado abre caminhos para todas as falhas humanas. O egocentrismo é um ato de impiedade. Buscar apenas os seus interesses próprios sem se importar com o outro é andar na contramão do evangelho. Os discípulos de Jesus Cristo, adoram a Deus, amam as pessoas e usam as coisas. Eles vencem o egoísmo.
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