Por J.I. Packer
A verdade é que muitos de nós têm perdido a capacidade de ler a Bíblia. Quando abrimos nossas Bíblias, nós o fazemos com uma atitude mental que levanta uma barreira insuperável à leitura correta da mesma. Isso parece ser um pouco alarmante, mas não é difícil mostrar que é verdade.
A verdade é que muitos de nós têm perdido a capacidade de ler a Bíblia. Quando abrimos nossas Bíblias, nós o fazemos com uma atitude mental que levanta uma barreira insuperável à leitura correta da mesma. Isso parece ser um pouco alarmante, mas não é difícil mostrar que é verdade.
Quando você toma qualquer outro livro, trata-o como uma unidade. Você procura o enredo ou a linha principal do argumento e o segue até o fim. Deixa que a mente do autor conduza a sua. Pouco importa se se permitir algumas olhadelas em várias partes antes de se dedicar à real leitura do livro, você sabe que não o terá entendido até que o tenha percorrido do início ao fim, e, se é um livro que você deseja entender, arranjará tempo para lê-lo inteiramente.
Mas, quando se trata das Escrituras Sagradas, nosso comportamento é diferente. Em primeiro lugar não estamos habituados a tratá-las como um livro, uma unidade, de modo algum, mas simplesmente como uma coleção de provérbios e histórias separadas. Nós supomos, antes de olhar para os textos, que o conteúdo deles (ou, pelo menos, dos que nos afetam) é uma advertência moral ou conforto para os que estão em tribulação.
Portanto os lemos (quando lemos) em pequenas doses, só alguns versículos de cada vez. Não atravessamos um livro todo, muito menos os dois Testamentos como um todo... O resultado é que nunca conseguimos ler a Bíblia. Presumimos que estamos manejando as Escrituras Sagradas de maneira verdadeiramente religiosa; mas na verdade nosso uso delas é bastante supersticioso...
Portanto os lemos (quando lemos) em pequenas doses, só alguns versículos de cada vez. Não atravessamos um livro todo, muito menos os dois Testamentos como um todo... O resultado é que nunca conseguimos ler a Bíblia. Presumimos que estamos manejando as Escrituras Sagradas de maneira verdadeiramente religiosa; mas na verdade nosso uso delas é bastante supersticioso...
Deus não quer que a leitura da Bíblia funcione simplesmente como um analgésico espiritual para mentes conturbadas. A leitura das Escrituras tem o propósito de despertar nossas mentes e não de fazê-las dormir. Deus nos pede que nos aproximemos das Escrituras como a Sua Palavra (uma mensagem endereçada a criaturas racionais, homens com inteligência) uma mensagem que não podemos esperar compreender sem meditar sobre ela...
Também Deus pede que leiamos a Bíblia como um livro, como uma única história com um único tema. Temos de lê-la como um todo e enquanto lemos precisamos perguntar a nós mesmos: Qual o enredo deste livro? Qual seu verdadeiro tema? Do que ele realmente trata? A menos que façamos essas perguntas, nunca alcançaremos o ponto do qual podemos ver o que ela está nos dizendo sobre nossas próprias vidas.
Quando chegarmos a esse ponto, descobriremos que a mensagem de Deus para nós é mais severa e ao mesmo tempo mais animadora do que qualquer coisa que a religiosidade humana poderia conceber.
Quando chegarmos a esse ponto, descobriremos que a mensagem de Deus para nós é mais severa e ao mesmo tempo mais animadora do que qualquer coisa que a religiosidade humana poderia conceber.
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