sexta-feira, 25 de abril de 2014

A TRISTEZA DELE GARANTIU A NOSSA ALEGRIA

por Judiclay Santos

No jardim do Getsêmani se dá um dos acontecimentos mais importantes na vida de Jesus e de grandes implicações sobre a humanidade. O Senhor Jesus pronunciou uma das frases mais fortes do Novo Testamento: “A minha alma está profundamente triste até a morte”(Mt 26.38). A Sociedade Bíblica do Brasil traduziu bem esse verso: “Sinto no meu coração uma tristeza tão grande, que parece que vai me matar” (BLH). A tradução literal seria: “Oprimida está a minha alma ao ponto da morte”. Jesus estava no Getsêmani onde as azeitonas eram apertadas ao máximo para que delas saísse o óleo. Agora, ele teria que decidir: desistir ou aceitar ser esmagado para que dele saísse o óleo da vida. Angustiado, Ele clamou: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26.39). Ninguém pode mensurar a aflição do Salvador.


Jesus sabia o propósito da sua missão. Ele havia dito aos seus discípulos que veio a este mundo para morrer. Mas agora, chegada a hora, ele é tomado de pavor e por três vezes ora ao Pai, suplicando que, se possível, passasse dele aquele cálice. Só há uma resposta bíblica para a tristeza de Jesus. Ela não era fruto de temor da cruz, um gênero terrível de morte. Incontáveis pessoas, incluindo muitos mártires da fé cristã já haviam enfrentado mortes violentas sem emitir sequer um gemido, nosso Senhor também poderia fazê-lo. O peso real e a carga terrível que abatia o coração do Senhor e que o deixou profundamente triste era a culpa dos pecados da humanidade. Ele assumiu o compromisso de “tornar-se maldição em nosso lugar” e aceitou que sobre ele fossem lançadas as iniquidades de todos nós (Isaías 53). 


Nosso Senhor escolheu a cruz, ele bebeu o cálice da justa ira de Deus a fim de que o seu povo eleito fosse redimido.  Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeira” (Gl 3.13). O paradoxo da graça está no fato de que a tristeza dele tornou-se a nossa alegria. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma”.1 Pe 1.3,8,9                                                                  


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