quinta-feira, 24 de junho de 2010

NÃO HÁ GENTE SEM IMPORTÂNCIA

Francis Schaeffer é um dos meus mentores teológicos. Confesso que sou devedor a ele e manifesto pública gratidão a Deus por sua vida e ministério. Tive o privilégio de ler várias obras de sua autoria, entre elas: O Deus que intervém, O Deus que se revela, A morte da razão, A obra consumada de Cristo, Como viveremos? Morte na cidade, Poluição e morte do homem, Verdadeira espiritualidade, Josué e a história bíblica, O Manifesto cristão e A Bíblia e a Arte.


No ano passado, a editora Cultura Cristã abençoou o povo de língua portuguesa ao publicar mais um dos livros de Schaeffer: "Não há gente sem importância". Esse livro, originalmente publicado em 1974, contêm dezesseis sermões que, entre outras coisas, exploram a fraqueza e o significado da humanidade em relação ao Deus infinito e pessoal (expressão schaefferiana)


Cada sermão é mais fascinante do que o outro pela capacidade de falar a mente e ao coração. Recomendo a leitura deste livro (e todos outros) com entusiasmo. Quem gasta tempo lendo os livros de Francis Schaeffer aprofunda seu conhecimento teológico, amplia a sua cosmovisão cristã, robustece sua capacidade apologética e aquece o coração com a chama da verdadeira piedade cristã.


Segue abaixo uma parte do 4º. Sermão:


O TRABALHO DO SENHOR DO JEITO DO SENHOR.


“Um dos títulos do Papa é “servo dos servos”. E que título tremendo é esse! Mas em Roma, tradicionalmente, ele é carregado por homens numa cadeira recoberta de ouro. Eu o vi precisar de ajuda ao procurar ficar de pé por causa do peso das jóias e ouro que o adornavam. Homens tiveram que tomá-lo pelos braços paara colocá-lo de pé. Não sei como é o caso hoje, mas no passado, quando o Papa comia, era em cima de uma plataforma mais alta enquanto as outras pessoas comiam abaixo desse servo dos servos.

Podemos ter uma reação negativa diante disso, mas não será verdade que muita gente em nossa própria vida manifestam mais ou menos o mesmo nível de “humildade”? Falamos em humildade e crucificação, mas somos como um Papa, falando em ser servos dos servos e depois sendo levado nas costas (ou às custas) de outros homens. Enquanto falamos em humildade e no poder do Espírito Santo, passamos grande parte da nossa vida na pose de Napoleão. Todas as vezes que buscamos o eu em vez de seguirmos o exemplo de Cristo, estamos caminhando na carne em vez de no Espírito".



Querido leitor, como você deve ter percebido, trata-se de uma solene exortação que exige de nós auto- exame e disposição para mudar possíveis atitudes inadequadas aqueles que de fato são servos dos servos de Deus.

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