terça-feira, 2 de março de 2010

A SANTIDADE DO SEXO


Em 1963, década da famigerada revolução sexual, o cantor americano Bob Dilan expressou através da música a filosofia da época:

Venham mães e pais / Em todo país / E não critiquem o que vocês não conseguem entender/ Seus filhos e suas filhas estão além do seu controle/ Seu caminho do passado está envelhecendo rapidamente,

A canção de Bob Dilan é um eco do movimento hippie que dizia:

FORA COM O VELHO: FAÇA AMOR NÃO FAÇA GUERRA.
Por trás de todos esses movimentos revolucionários havia uma clara intenção: abolir a velha moralidade sexual judaico cristã, que ainda norteava boa parte do ocidente, e implantar a nova moralidade, que consistia em normalizar o anormal.

Em 1948 Alfred Kinsey publicou o livro: A conduta sexual do macho humano. Esse livro com a sua militância ideológica, o elevou a categoria de pai da revolução sexual. Kinsey era darwinista devoto e acreditava que o homem era um animal com um grau elevado de inteligência, logo nenhuma prática sexual poderia ser considerada imoral. Tudo era válido, tudo era permitido. Como Bob Dilan cantou o caminho do passado envelheceu rapidamente dando lugar a um tempo não apenas de relativismo moral, mas de amoralidade – com total ausência de absolutos morais.

A questão importante a entender é que essa revolução não implantou nada novo. O que houve foi uma substituição. Foi abolida a moralidade sexual cristã e em seu lugar entrou a visão pagã greco-romana de sexualidade, prevalecente até hoje.

CONTEXTO GRECO ROMANOGregos e romanos andaram de mãos dadas no modo de pensar e agir no que tange a sexualidade. Na Grécia havia o deus Eros, o deus do sexo, cultuado por milhões.

Platão, o famoso filósofo grego, propõe abertamente, em duas de suas principais obras, Leis e República o fim do casamento e a livre expressão sexual. Ele defende a pedofilia e o homossexualismo.

O termo lésbica deriva da história da poetisa grega Safo, que vivia na ilha de Lesbos no 6° século A.C Ela escrevia poemas pornográficos que exaltava a relação sexual entre as mulheres.

Outro grego, um homem chamado Sólon, foi o primeiro a legalizar a prostituição e a abrir prostíbulos do Estado, o lucro era usado para construir templos aos deuses. Em Corinto o templo da deusa Afrodite, tinha 1200 prostitutas de plantão.

Ao estudar a história desse tempo é raro encontrar um grande personagem que não tivesse a sua hetaira, a sua amante.

Demóstenes, o maior orador grego, declarou que “os gregos têm prostitutas para o prazer, concubinas para as necessidades diárias do corpo e esposas para procriar filhos”.

O clima moral do Império Romano era absolutamente degradante, um caos sem leis e sem limites. A imoralidade era algo comum em todas as camadas da sociedade. A luxúria estava presente nos palácios e nas choupanas. Era um tempo similar ao nosso, onde havia uma palavra de ordem: É PROIBIDO PROIBIR.

As mulheres eram terrivelmente sensuais e promíscuas. Sêneca diz que as mulheres casavam-se para divorciar e se divorciavam para casar. Juvenal diz que a própria imperatriz romana Messalina, esposa de Cláudio, deixava o palácio à noite para servir a prostíbulos.

Gibbom, afamado historiador afirma que dos 15 imperadores romanos, 14 eram homossexuais. Calígula vivia em um incesto habitual com a sua irmã Drusila. A sociedade greco-romana era vergonhosamente imoral.

A IGREJA DE JESUS CRISTO
Em meados da década de 50 do 1° século, Paulo implantou a igreja de Jesus Cristo na cidade de Tessalônica. A cidade recebeu esse nome em homenagem a irmã de Alexandre, o grande, e era a capital da Macedônia. Uma das maiores cidades do mundo antigo com 200 mil hab. ainda hoje é a 2° maior cidade da Grécia.

Os crentes de Tessalônica viviam, obviamente, no contexto greco-romano, caracterizado pelo baixíssimo nível moral. Era uma igreja na sua maioria composta de novos crentes que precisavam, entre outras coisas, receber orientação acerca da santidade do sexo, a fim de viverem de modo agradável a Deus. Egressos de uma cultura pagã e alienada de Deus, na condição de novos crentes, eles precisavam, entre outras coisas, orientação acerca da sexualidade sadia. Paulo, sob a graça de Deus, faz uma exortação que aos longos dos séculos tem sido uma diretriz para todos quantos querem preservar a santidade do sexo.

1 Tessalonicenses 4.1-8:

Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais; porque estais inteirados de quantas instruções vos demos da parte do Senhor Jesus.

Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição;que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador,porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação.Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.
Tanto quanto os tessalonicenses do primeiro século, quanto nós hoje, precisamos ser instruídos na Palavra de Deus. Entender a santidade do sexo é de vital importância tendo em vista que vivemos em um contexto tão devasso quanto àquele em que Paulo viveu.

Vivemos em uma cultura sexólatra que presta culto ao corpo. Existe uma forte idolatria ao corpo, que é adorado por milhões de pessoas. Nudismo agora é arte e a pornografia é uma indústria que cresce com a conivência das autoridades públicas. Esse é o tempo do império do hedonismo, do prazer barato. Pudor, vergonha e respeito são cada vez mais palavras que parecem fazer parte de uma fraseologia ultrapassada.

Meus queridos, à luz das Escrituras Sagradas o sexo puro, bom e deleitoso foi criado por Deus. Todavia, por conta da corrupção do coração humano o sexo está sendo banalizado, comercializado e ultrajado. Os cristãos são alvos de zombaria e de preconceito por defender a pureza sexual, a monogamia, a castidade, a fidelidade conjugal. Enquanto isso, a moralidade é celebrada, o adultério é estimulado e a homossexualidade é aplaudida. A ditadura homossexual segue recebendo o apoio político do governo federal. Como disse alguém: “Na Monarquia o homossexualismo era proibido, na República passou a ser tolerado, hoje em dia é incentivado, vou embora do Brasil, antes que seja obrigatório”.

Movimentos filosóficos questionam os absolutos morais e propõe a relativização de tudo. Há muitos parlamentares, deputados e senadores, em muitas nações do mundo, que estão legislando contra a família. Em nome de uma falsa liberdade a humanidade está sendo escravizada por suas paixões carnais e sofrendo assim as conseqüências do abandono da verdade. Assim sendo, cada um faz o que quer.

A sexualidade é uma das áreas mais sensíveis da vida humana. Nós precisamos tratar sobre este magno assunto na perspectiva bíblica e buscar orientação verdadeira e segura para nossa vida. Peço a Deus que sejamos todos assistidos pelo Espírito Santo da verdade e que nossos corações e mentes estejam inclinados para ouvir a Palavra do Senhor.

Em sua exortação aos tessalonicenses, Paulo indica o caminho de Deus para preservar a santidade do sexo, puro, santo e deleitoso, como foi criado por Deus. Para preservar a santidade do sexo Paulo faz três exortações:

1) ABSTINÊNCIA DA IMPUREZA SEXUAL“A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham si da imoralidade sexual”. 1 Ts 3.1 (NVI)

2) CONTROLE DO CORPO (4.4)Que cada um de vós saiba possuir o corpo em santificação e honra.

3) REJEIÇÃO DOS DESEJOS LASCÍVOSNão com desejos de lascívia como os gentios que não conhecem a Deus, que, nesta matéria, ninguém ofenda, nem defraude a seu irmão. 1 Ts 4.5,6b

Quem pratica a impureza menospreza o recurso que Deus oferece para uma vida santa: O Espírito Santo nos foi dado como santificador. Andar em impureza é entristecer o Espírito Santo, é apagar o Espírito Santo, é ultrajar o Espírito Santo.
Deus não apenas nos chama para a santidade, mas nos dá poder para vivermos uma vida santa.

“Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua palavra. Eu te busco de todo coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos. Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti”. Sl 119.

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