terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

MUDANÇA DE HÁBITOS

Por Israel Belo de Azevedo

Há pessoas tão concentradas em si mesmas, que não se importam com as vidas dos outros. Jamais falam dos outros, nem bem, nem mal, simplesmente porque as outras pessoas não lhes importam. O sofrimento delas não lhes importa. A dor delas não lhes importa. A fome delas não lhes importa. O drama delas não lhes importa. A salvação delas não lhes importa. As vidas dos outros lhes são estranhas.

Como pode alguém assim ser cristão, se, segundo as próprias palavras do Mestre, "não existe mandamento maior do que estes” (Marcos 12.31): “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento, e ame o seu próximo como a si mesmo” (Lucas 10.27)?

Os cristãos temos sofrido de um hábito terrível, que nega as bases da fé. Temos nos fechado. Nosso Evangelho é para nós mesmos. Em muitas situações, há diferença entre um clube e uma igreja cristã é meramente estética.

Um clube pode ser solidário, mas a igreja tem que ser solidária.Um clube não é missionário, mas a igreja tem que ir por todo o mundo, começando por seu bairro, ou não é uma igreja.

Um clube promove shows, em que as pessoas aplaudem quando gostam e se retiram quando não gostam, mas uma igreja se reúne para adorar a Deus. E esta adoração -- para não ser também clubística -- deve ser uma turbina que dá força para o cristão se lançar ao mundo cheio do amor de Deus para dar.

Um clube tem política, com situação e oposição, com disputa pelo poder, mas uma igreja, para ser mesmo igreja, tem que ter apenas uma missão, desenvolvida por todos, líderes e liderados, que são todos iguais, e só têm um lado: a cruz de Jesus Cristo.

Um clube é humano e pode fechar; uma igreja é divina e contra ela as porta do inferno não podem prevalecer.

Um clube visa o bem estar dos seus associados; uma igreja quer abençoar os não fazem parte dela, mesmo que nunca venham fazer. (É por isto, por exemplo, que mantemos nosso programa de rádio: para abençoar seus ouvintes, a maioria de não-membros da igreja; há conversões, que não convergem para cá, em função de onde moram.)

Como igreja precisamos de ações mais concretas para fora e de menos programas para nós mesmos. E os programas para nós mesmos é para nos capacitar para atuar onde Deus quer chegar.

Para tanto, precisamos de mais ministros, voluntários em determinadas áreas, apaixonados por Jesus.

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