Todo trabalho do povo brasileiro, do dia 1 de Janeiro até ontem, dia 29 de maio, foi para pagar a execrável carga tributária imposta pelo nosso querido governo. Trata-se de um completo absurdo. A Folha Online, publicou uma interessante matéria que apresenta aos leitores a pesadíssima carga tributária, a maior do planeta.
A carga tributária brasileira atingiu 36,56% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2008, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).
Com isso, a participação dos impostos no total produzido no país apresentou alta de 1,02 ponto percentual sobre 2007, quando fechou em 35,54% do PIB.
Com isso, a participação dos impostos no total produzido no país apresentou alta de 1,02 ponto percentual sobre 2007, quando fechou em 35,54% do PIB.
O montante de impostos arrecadados em 2008 foi de R$ 1,056 trilhão, enquanto o PIB ficou em R$ 2,889 trilhão. Segundo as contas do IBPT, cada brasileiro pagou cerca de R$ 5.572 em impostos em 2008, contra R$ 4.920 no ano anterior.
"O crescimento da arrecadação federal foi de R$ 88,70 bilhões (13,63%), dos Estados R$ 36,55 bilhões (15,66%) e dos municípios R$ 8,02 bilhões (20,64%), crescimento que gerou acréscimo de 13,24% na carga tributária per capita de 2008", informa o estudo.
A crise financeira global faz o IBPT prever que a arrecadação de impostos no primeiro semestre sofrerá retração. "Se isto se confirmar, será a primeira vez desde 2003 que a arrecadação tributária cai no primeiro semestre do ano, fato que nos últimos 20 anos ocorreu apenas em 1991, 1992,1996 e 2003", informa o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.
A previsão é de arrecadar R$ 505 bilhões no período, contra R$ 516,07 no primeiro semestre do ano passado --uma queda nominal de 2% e de 7% se deflacionado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Marco Túlio, respeitado economista, comenta a carga tributária brasileira:
"Diria apenas, chega. Chega de tanto imposto! Ainda mais depois de analisar mais detalhadamente os dados desagregados referentes aos resultados do PIB do último trimestre do ano passado. A leitura de tais dados permite constatar que, enquanto o PIB cresceu apenas 1,3% no 4o trimestre de 2008 em relação ao 4o trimestre de 2007, na mesma base de comparação, os impostos líquidos sobre produtos cresceram 2,6%, exatamente o dobro do ritmo do PIB. E o pior, é que este aumento da carga tributária é apenas para alimentar os gastos cada vez mais perdulários, ineficazes e antropofágicos da paquidérmica máquina pública do estado. Digo antropofágicos porque vivemos sim, numa antropofagia tributária no país. Cada vez mais, os governos nas suas diversas esferas abocanham o bolso do cidadão, das famílias contribuintes e o caixa das empresas. Decididamente, o governo não cabe dentro do PIB. Enquanto que nos últimos 5 anos o PIB do país cresceu 28%, as despesas de custeio cresceram 74% e as despesas com pessoal e encargos sociais aumentaram 32%. O mais nefasto no entanto, é que além de gastar muito, o governo gasta muito mal, não há qualidade no gasto público. Bastar ver os péssimos serviços que são prestados pelo Estado em contrapartida aos impostos, nas áreas da saúde, segurança, educação e justiça. Se considerarmos o que gastamos com planos de saúde, educação em escolas privadas para nossos filhos e segurança privada, a carga de impostos que recai sobre os ombros da sociedade contribuinte salta para algo próximo a 70%! Um verdadeiro assalto. Governo, antropófago tributário, para de morder"!
ACLAME: UMA ORGANIZAÇÃO QUE LUTA CONTRA OS IMPOSTOS ABUSIVOS
Criada em junho de 1999, em Porto Alegre, a Associação da Classe Média – ACLAME é uma ONG apartidária com atuação na valorização da livre iniciativa, no desenvolvimento sustentável e na promoção da justiça tributária, idéia de um grupo de cidadãos indignados com o comodismo e o isolamento assumido pela classe média brasileira, principalmente nas últimas décadas.
Tendo à frente o arquiteto Fernando Bertuol, a ACLAME organiza ações e campanhas para conscientizar as pessoas sobre seu papel na sociedade, especialmente no que diz respeito ao pagamento de impostos e o retorno destes para a população. Foi adotado o bordão Chega de Tanto Imposto, que rapidamente recebeu a aceitação do público e ganhou as ruas em adesivos e cartazes.
Em 2005 a ACLAME realizou o primeiro Dia da Liberdade de Impostos, evento onde promove ações de consciência tributária em diversas cidades e a venda de produtos com o desconto dos respectivos impostos, para reforçar o peso dos tributos embutidos no preço de diversos produtos e serviços. Com ações como estas em quase uma década de existência, a ACLAME segue empenhada em seu papel de ser um espaço de formação e opinião para as pessoas da classe média, que contribuem significativamente para a manutenção do status social, político e econômico do país e que não estão tendo seus direitos devidamente atendidos.
DIA DA LIBERDADE DE IMPOSTOS.
O Dia da Liberdade de Impostos é a data em que os brasileiros “param de pagar impostos” e começam a trabalhar para si próprios – calcula-se que o valor médio recebido pelo trabalho de cerca de cinco meses é o equivalente ao que cada cidadão paga de taxas todo o ano, uma média de 40% dos seus vencimentos. “Não somos contra os impostos. Queremos é despertar a consciência da população para o quanto realmente pagamos de imposto - que está embutido em todos os produtos e serviços que compramos e utilizamos - e como este dinheiro é mal aplicado, isso quando é!”, explica o presidente da entidade, Fernando Bertuol.
Desde 2004 são realizadas ações refentes à carga tributária para marcar esta data, sempre com iniciativa da ACAME em parceria com entidades diversas. Nos dois primeiros anos a sede foi Porto Alegre, com venda de combustível sem a incidência de impostos - o que atraiu milhares de pessoas e chamou a atenção dos grandes meios de comunicação. Surgiu na capital, também, a iniciativa de vender um automóvel zero quilômetro sem impostos através de um leilão, onde a diferença arrecadada fosse destinada a uma associação de caridade da cidade. Em 2006 o evento foi para o interior gaúcho, em Lajeado, onde novamente a venda de produtos sem imposto de utensílios ao combustível, fez grande sucesso. O ano de 2007 foi em Novo Hamburgo, onde o envolvimento da rede escolar do município (que trabalha questões sobre impostos em sala de aula) foi o grande destaque.
O Dia da Liberdade de Impostos em 2008 ocorreu no dia 27 de maio, nas cidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Lajeado (incluindo cidades da região, como Estrela, Teutônia, Arroio do Meio e Encantado), Pelotas e Cachoeira do Sul, além de outras 20 espalhadas pelo Rio Grande participaram com ações específicas para marcar a data.
Acesse o site: http://www.aclame.com.br/ e confira quanto custaria os produtos, se não houvesse taxas tão abusivas, muitas vezes recolhidas para sustentar a ganância e corrupção política.
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