Um estudante de psiquiatria foi visitar um hospício
acompanhado de um médico professor. Era um hospício enorme e eles adentram um
dos pavilhões. Os pacientes eram distribuídos no pavilhão de acordo com a
gravidade de sua doença mental e todos usavam um uniforme azul. O estudante de
psiquiatria e médico professor estavam usando jalecos brancos. De repente o
estudante começou a ficar preocupado porque eles estavam no meio de todas
aquelas pessoas com distúrbios mentais. Ele se dirige ao professor e assustado
pergunta: O senhor já pensou se eles se unissem contra nós? Somos apenas dois e
eles dezenas. O medico esboçou um sorriso tranqüilo e disse: fique em paz, os
loucos nunca se unem.
A igreja é uma comunidade de pessoas redimidas por
Cristo chamadas por Deus para viver em comunhão, no poder do Espírito. A vida
em comunidade é o projeto de Deus para a humanidade. Todos nós precisamos uns
dos outros. Todavia, temos a pecaminosa e insana tendência de achar que somos
auto suficientes. Charles Schultz, um cartoonista americano, criador da série
de figurinhas do "Snoopy” colocou nos lábios do personagem Linus uma frase
que permeia muitas mentes: “Eu amo a humanidade. O que eu não consigo suportar
são as pessoas.”
Há muita gente adoecida e destituída de juízo, que
nunca se une e jamais se mostra aberta a comunhão. Por conta da imaturidade, da
meninice, do orgulho, da amargura e outras mazelas da alma cria-se abismos
existenciais quando o ideal é construir pontes relacionais de afeto e amizade.
O amor é vulnerável. Quem escolhe amar assume riscos.
Convivência e conflitos são inevitáveis, mas também são necessários e
pedagógicos. A igreja é uma comunidade de pecadores suscetíveis a desgastes e
frustrações que podem ferir o coração. Trata-se de uma via de mão dupla:
ferimos e somos feridos. C. S. Lewis disse que “só
há dois lugares onde estaremos salvo das decepções do amor. No inferno, por sua
ausência e no céu, por sua perfeição”. Preservar
a unidade da igreja no vínculo da paz e fortalecer a comunhão em Cristo é a
vocação dos remidos. Os loucos não se unem, mas os crentes vivem na comunhão
dos santos.
Pr. Judiclay S. Santos
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