“O Senhor levanta os abatidos” (Sl 146.7)
Händel nasceu em Halle, na Alemanha, a 23 de fevereiro de 1685. Filho de
um cirurgião-barbeiro começou a tocar cravo às escondidas do pai, que não
queria vê-lo músico. Aos sete anos, aprendeu vários instrumentos, entre eles,
violino e oboé; concomitantemente continuava seus estudos no ginásio luterano
de sua cidade. Aos 12 anos fez sua estréia como músico na Corte de Berlim.
Tocou nas orquestras de Hanover e Hamburgo.
Atendendo às exigências paternas, Händel fez estudos jurídicos na
universidade de Halle, doutorando-se em direito. Ma sua vocação era musical. Em
1706, aos 21 anos, saiu da Alemanha e foi para a Itália, onde aprofundou os
seus estudos e se tornou amplamente conhecido em todo universo musical. Na
Inglaterra, aonde viveu a maior parte de sua vida adulta, consolidou sua fama
como brilhante músico, chegando a ser líder da Real Academia de Música. Ao todo
escreveu cerca de 42 óperas, mundialmente conhecidas.
No ano de 1741, aos 56 anos de idade, Haendel enfrentou uma aguda
crise. Depressivo e emocionalmente esgotado, viveu uma fase que muitos julgavam
irreversível. Tudo começou a mudar quando Haendel entendeu que “o Senhor
levanta os abatidos” (Sl 146.7). Durante 23 dias Haendel permaneceu isolado em
sua casa. As refeições trazidas eram devolvidas sem sequer serem tocadas.
Haendel estava na sala de cirurgia do Médico da alma. Seus amigos disseram que
às vezes “era possível ouvi-lo soluçando, aos prantos – profundamente tocado
pelos textos bíblicos e por seu amor a Jesus”. Foi nesse período que, pela
graça de Deus, Haendel foi restaurado. Inspirado e cheio da alegria dos céus,
ele compôs a sua mais bela e famosa obra: O Messias. Quanto à sua experiência
naqueles dias, ele disse: “Eu sentia como se visse todo o céu diante de mim,
bem como o próprio Deus”.
Todos nós estamos sujeitos as mesmas lutas. A questão é como reagimos a
esses períodos de crise. Haendel buscou a cura em Deus e por isso pôde fazer
coro com o salmista: “Tu me verás ver os caminhos da vida; na tua presença há
plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente”. Sl 16.11
Nenhum comentário:
Postar um comentário