População
Apesar da grande extensão, a Líbia é pouco povoada. Entre os seus 6,3 milhões de habitantes, cerca de 1,5 milhão é estrangeiro, vindo de países árabes e africanos.
Um terço da população líbia tem menos de 15 anos e a maioria dos líbios reside em áreas urbanas. Etnicamente, 97% da população constitui-se de árabes e berberes. Os outros 3% são bem diversos, formados por gregos, malteses, italianos, egípcios, paquistaneses, turcos, indianos e tunisianos.
A qabilah, ou tribo, é a base da estrutura social da Líbia, cujas famílias têm em média cinco membros.
A educação é pública e gratuita, e 85% da população é alfabetizada. A assistência médica também é gratuita e bastante acessível, mas ainda é deficiente nas áreas rurais.
História
Na Antiguidade, a área foi habitada por fenícios, gregos e romanos. A queda do Império Romano deu início ao longo controle do islamismo na região, que caiu sob domínio do Império Turco-Otomano em 1517, assim permanecendo até a invasão italiana.
Em 1911, a Líbia é invadida e dominada pela Itália, apesar de forte resistência. Finalmente, o país obtém sua independência em 1951 e logo se torna um Estado rico com a descoberta de suas abundantes reservas de petróleo.
Em 1969, o coronel Muammar Qadhafi assume o controle do país por meio de um golpe militar. O sistema implementado passa a ser uma combinação de socialismo e práticas islâmicas derivadas das tradições tribais.
Governo
Dentro de sua atuação política, Qadhafi tem financiado a propagação do islamismo como forma de obter poder na região. Devido ao apoio do governo líbio aos terroristas, as relações com o ocidente têm se deteriorado. Como consequência, o país já sofreu bombardeios e enfrenta sanções aéreas e comerciais. Em dezembro de 2003, a Líbia anunciou que aceitava revelar e destruir seus programas para desenvolver armas de destruição em massa e renunciar o apoio ao terrorismo.
O islamismo chegou à Líbia proveniente da Arábia e do Egito no fim do século VII. Atualmente, 97% dos líbios são muçulmanos, quase todos de tradição sunita. Alguns grupos da população muçulmana lutam pela instituição de um Estado islâmico.
A economia líbia depende principalmente do setor petrolífero, que corresponde a aproximadamente 95 % da exportação. O país tem uma das maiores rendas per capita na África, mas pouco disso é repassado às camadas mais baixas da sociedade.
A Igreja
O cristianismo possui raízes antigas na Líbia. Mas a fraca evangelização inicial, em conjunto com o enfraquecimento causado pelo cisma donatista, deixou o país à mercê do avanço islâmico no século VII.
O cristianismo foi praticamente eliminado e, atualmente, há apenas alguns milhares de cristãos líbios, a maioria constituída de trabalhadores estrangeiros.
Os líbios são um dos grupos mais não-alcançados com o evangelho. A maior parte dos líbios da etnia árabe não sabe em que os cristãos realmente creem. Por causa de suas fortes raízes muçulmanas, não considerariam a mensagem do evangelho como algo dirigido a eles.
Nenhuma forma de evangelismo ou trabalho missionário é permitida. Apenas os estrangeiros podem se reunir, contudo, eles são monitorados. Assim, os líbios não participam desses cultos por medo de serem vigiados, delatados, presos e até mesmo assassinados.
A perseguição
Ainda que a Líbia seja um Estado laico, seus líderes prestam grande respeito ao islamismo, conferindo-lhe papel ideológico na sociedade. O governo exige respeito às normas e tradições muçulmanas e a submissão de todas as leis à sharia (lei islâmica).
O governo proíbe a conversão de muçulmanos e, por isso, proíbe atividade missionária. Ele também exige que todos os cidadãos sejam muçulmanos sunitas "por definição".
Há organizações secretas e redes de espiões que monitoram possíveis rebeldes e também os estrangeiros. Essa situação faz com que seja praticamente impossível evangelizar na Líbia.
As pessoas raramente são perturbadas por causa de suas práticas religiosas, a menos que tais práticas fossem percebidas como tendo dimensão ou motivação política. O governo controla e restringe toda atividade política. Ele também monitora a literatura religiosa, inclusive a literatura islâmica, publicada ou importada ao país. A importação das Sagradas Escrituras em árabe ainda é estritamente controlada.
É proibido evangelizar muçulmanos. Os muçulmanos que se convertem são sujeitos à pressão e ostracismo social. Muitos deles consideram abandonar a pátria.
Em fevereiro de 2006, uma igreja e um convento católicos da cidade de Benghazi foram roubados e incendiados. O bispo e as freiras ficaram em Trípoli durante algumas semanas, até que os prédios fossem restaurados.
Motivos de oração
1. Os convertidos se sentem isolados. Ore para que haja mais abertura e possibilidade de os líbios cristãos se reúnam para terem comunhão e louvarem Deus juntos.
2. Missionários não são permitidos. Existem áreas em que há espaço e abertura para profissionais cristãos e missionários que tenham uma profissão. Ore para que cristãos de todo o mundo tornem-se profissionais destas áreas e busquem servir aos líbios no amor de Jesus Cristo.
3. A Igreja resiste a um governo que financia a propagação do islamismo. O governo líbio dá à religião islâmica um papel de destaque e contribui com missões muçulmanas em todo o mundo. Ore para que os líderes da Líbia conheçam a Cristo.
4. É arriscado para um líbio confessar sua fé em Jesus. Peça a proteção e a sabedoria de Deus para todas as conversas e relacionamentos dos convertidos.
Fonte: Missão Portas Abertas
Nenhum comentário:
Postar um comentário