segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A VERDADE DA CRUZ



A cruz é o símbolo maior e o mais sublime da fé cristã. O conteúdo principal do cristianismo está depositado na cruz central do Calvário. A cruz representa o coração do evangelho.


A cruz não foi o primeiro símbolo visual do cristianismo. Foi evitada a princípio não somente por causa da sua associação direta com Cristo, mas em virtude de sua ligação vergonhosa com a execução de um criminoso comum. Por conta disso, outros símbolos eram usados pelos cristãos, como por exemplo, o peixe (que no grego, Icktus forma um acróstico que diz: Jesus Cristo Deus Filho Salvador).

Mas, a partir do segundo século o uso da cruz se tornou cada vez mais comum até se tornar o emblema universal da fé cristã. O que antes era símbolo de ultraje, desprezo, vergonha e maldição passou a ser, a partir de Cristo e em Cristo, o estandarte da fé, a bandeira do amor e a logomarca da esperança.

Houve uma profunda mudança no modo de se enxergar a cruz. Antes de ser o símbolo maior da nossa salvação e servir como algo de valor para piedade, para liturgia e a teologia cristã, a cruz era símbolo de desprezo e vergonha. Existe uma distância cultural entre o primeiro século e século 21 que precisa ser encurtada a fim de entendermos porque a cruz é o maior símbolo e a glória da vida cristã.

Vejamos dois casos hipotéticos que ilustram essa questão. Suponhamos que uma mulher japonesa foi encontrada usando brincos que estampassem uma imagem da nuvem de cogumelo, da bomba atômica lançada sobre Hiroshima e Nagasaki, ela seria duramente repreendida (no mínimo).

Se um judeu adornasse a sua casa com afrescos, quadros das inúmeras vítimas do campo de concentração de Auschwitz, ele sofreria uma justa execração pública e se tornaria proscrito entre os seus irmãos.

A cruz e a crucificação simbolizavam esse tipo de horror inaceitável. Não havia nada mais repugnante para um romano do que uma cruz. Os judeus viam a cruz como uma maldição de Deus. A cruz que hoje adorna edifícios, que decora casas, que brilham nas lapelas de bispos, que é usada até no mundo fashion, era algo abominável e impronunciável.

Paulo era um judeu que tinha cidadania romana. Ele conhecia tanto o mundo judaico e quanto o mundo romano. Ele sabia que judeus e gentios desprezavam a cruz. “Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus”. (1 Co 1.18)

O ponto de transição se dá com a morte e a ressurreição de Cristo. A cruz deixou de ser um símbolo infame e vergonhoso para ser algo glorioso e desejável. A cruz de Cristo é a base da redenção e a razão da glória cristã.

A cruz foi o recurso de Deus para anular a sabedoria dos sábios e destronar a arrogância deles. O Deus Todo Poderoso usou o que era mais desprezível para ser canal do que existe de mais glorioso: a salvação do perdido.

A cruz de Cristo é a maior expressão maior do amor e da justiça de Deus. A Bíblia inteira aponta para a Verdade da Cruz.

Na próxima sexta-feira, dia 2 de setembro de 2011, nossa igreja celebrará o seu 49º aniversário. Todos os cultos dominicais serão alusivos ao tema PROCLAMANDO A VERDADE DA CRUZ. Creio que será um tempo de grande edificação. Peço a Deus que nos dê toda graça necessária para conhecer o “evangelho das insondáveis riquezas de Cristo”.

2 comentários:

Eliane disse...

"A cruz ainda firme está, Aleluia!

Eliane disse...

"...MAS EU AMO ESSA CRUZ PORQUE NELA JESUS, DEU A VIDA POR MIM PECADOR..."