A cruz é o símbolo maior e o mais sublime da fé cristã. O conteúdo
principal do cristianismo está depositado na cruz central do Calvário. A cruz
representa o coração do evangelho.
A cruz não foi o primeiro símbolo visual do cristianismo. Foi evitada a
princípio não somente por causa da sua associação direta com Cristo, mas em
virtude de sua ligação vergonhosa com a execução de um criminoso comum. Por
conta disso, outros símbolos eram usados pelos cristãos, como por exemplo, o
peixe (que no grego, Icktus forma um acróstico que diz: Jesus Cristo Deus Filho
Salvador).
Mas, a partir do segundo século o uso da cruz se tornou cada vez mais
comum até se tornar o emblema universal da fé cristã. O que antes era símbolo
de ultraje, desprezo, vergonha e maldição passou a ser, a partir de Cristo e em
Cristo, o estandarte da fé, a bandeira do amor e a logomarca da esperança.
Houve uma profunda mudança no modo de se enxergar a cruz. Antes de ser o
símbolo maior da nossa salvação e servir como algo de valor para piedade, para
liturgia e a teologia cristã, a cruz era símbolo de desprezo e vergonha. Existe
uma distância cultural entre o primeiro século e século 21 que precisa ser
encurtada a fim de entendermos porque a cruz é o maior símbolo e a glória da
vida cristã.
Vejamos dois casos hipotéticos que ilustram essa questão. Suponhamos que
uma mulher japonesa foi encontrada usando brincos que estampassem uma imagem da
nuvem de cogumelo, da bomba atômica lançada sobre Hiroshima e Nagasaki, ela
seria duramente repreendida (no mínimo).
Se um judeu adornasse a sua casa com afrescos, quadros das inúmeras
vítimas do campo de concentração de Auschwitz, ele sofreria uma justa execração
pública e se tornaria proscrito entre os seus irmãos.
A cruz e a crucificação simbolizavam esse tipo de horror inaceitável.
Não havia nada mais repugnante para um romano do que uma cruz. Os judeus viam a
cruz como uma maldição de Deus. A cruz que hoje adorna edifícios, que decora
casas, que brilham nas lapelas de bispos, que é usada até no mundo fashion, era
algo abominável e impronunciável.
Paulo era um judeu que tinha cidadania romana. Ele conhecia tanto o
mundo judaico e quanto o mundo romano. Ele sabia que judeus e gentios
desprezavam a cruz. “Certamente a palavra da cruz é
loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus”.
(1 Co 1.18)
O ponto de transição se dá com a morte e a ressurreição de Cristo. A
cruz deixou de ser um símbolo infame e vergonhoso para ser algo glorioso e
desejável. A cruz de Cristo é a base da redenção e a razão da glória cristã.
A cruz foi o recurso de Deus para anular a sabedoria dos sábios e
destronar a arrogância deles. O Deus Todo Poderoso usou o que era mais
desprezível para ser canal do que existe de mais glorioso: a salvação do
perdido.
A cruz de Cristo é a maior expressão maior do amor e da justiça de Deus.
A Bíblia inteira aponta para a Verdade da Cruz.
Na próxima sexta-feira, dia 2 de setembro de 2011, nossa igreja
celebrará o seu 49º aniversário. Todos os cultos dominicais serão alusivos ao
tema PROCLAMANDO A VERDADE DA CRUZ. Creio que será um tempo de grande
edificação. Peço a Deus que nos dê toda graça necessária para conhecer o
“evangelho das insondáveis riquezas de Cristo”.
2 comentários:
"A cruz ainda firme está, Aleluia!
"...MAS EU AMO ESSA CRUZ PORQUE NELA JESUS, DEU A VIDA POR MIM PECADOR..."
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