"Deus Meu! Deus Meu! Por que me abandonaste? Mt 27.46
Judiclay Santos
O bispo John Ryle disse que “existe um mistério nessas palavras que nenhum mortal é capaz de sondar.” Lutero, o gigante do protestantismo perguntou: “Deus abandonando Deus, quem pode compreender isto”?
Estudiosos afirmam que a coisa mais terrível na crucificação eram os gritos de desespero das vítimas. Pessoas crucificadas gritavam em alta voz. Eram gritos de dor, de desespero e de raiva. A morte na cruz era “sadismo legalizado”, disse Sêneca. Mas o grito de Jesus não foi de dor, nem de raiva e muito menos de desespero. O grito de Jesus foi de alguém abandonado por Deus.
Leiamos o que diz Sproul, em seu livro, A Verdade da Cruz:
“Tenho ouvido sermões sobre pregos e espinhos. Com certeza, a agonia física da crucificação foi algo terrível. Todavia, milhares de pessoas sofreram morte de cruz e outras tiveram mortes mais excruciantes e mais dolorosas do que aquela. Mais somente Um recebeu a plena medida da maldição de Deus enquanto esteve na cruz. Na cruz ele estava no inferno, destituído da graça e da presença de Deus, totalmente separado de toda bênção do Pai. Esta é a realidade categórica: se Deus não tivesse abandonado Jesus na cruz, ainda estaríamos em nossos pecados”.
Maldição é o oposto de bênção. Maldição é o Senhor virar as suas costas para uma pessoa e trazer juízo sobre ela. Toda ira de Deus foi derramada sobre Jesus, porque naquela cruz ele se tornou um amaldiçoado em nosso lugar. Para que fôssemos aceitos por Deus, Cristo teve que ser abandonado.
Jamais devemos nos esquecer que a cruz é a maior expressão da ira de Deus contra o pecado e ao mesmo tempo é o estandarte supremo do seu amor. A cruz revela que Deus é justo e não poderia deixar impune o transgressor da lei. A cruz revela que ele nos ama tanto que fez o maior dos sacrifícios: Ele ofereceu seu Filho como sacrifício vivo pelos nossos pecados. “
Aquele que não conheceu pecado, ele (Deus) o fez pecado por nós; para que Nele, fôssemos feitos justiça de Deus” 2 Co 5.21
Glória a Deus ao Eterno!
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